Antônio Matolly Narrando
- Esses dias tem sido um verdadeiro inferno, não obtive nenhuma informação a respeito da Caroline. Se eu colocasse a polícia no meio, já teria encontrado. Mas não quero chamar atenção da delegacia e nem puxar a mídia pra mim, vou agir do meu jeito e ela vai se arrepender, disso eu tenho certeza.
- O Otávio já deve saber que ela sumiu, Luana deve ter falado. Mas ele não chegou até a mim pra falar nada, não vai ser eu que vou em cima dele. Até porque ele não pode me ajudar em p***a nenhuma, só vai ser mais um curioso.
- Fiquei pensando sobre entrar em contato com a maldita da mãe dela, Caroline deve ter ligado pra ela e é só eu fazer algumas ameaças que ela vai abrir o bico rapidinho. Mulher frouxa, fazia e acontecia e nunca me peitou, ficava chorando pelos cantos, se fazendo de vítima como sempre. E por isso a Caroline esta assim, era pra ela criar a menina nas redias, porque eu trabalhava e quase não tinha tempo. Mas mimou demais e agora quem está colhendo os frutos dessa má criação foi eu.
- Nunca precisei mostrar meu outro lado pra Caroline, ela entendia muito bem que comigo tinha que andar na linha, mas será um prazer me apresentar.
- O que ta me deixando maluco é que ela não tinha muitos amigos, o que dificulta em achar ela. Não passa pela minha cabeça aonde ela possa estar, mas tenho certeza que a Luana e a mãe dela sabe, mas a Luana não vai falar e se eu impressar a mãe dela contra a parede, vai acabar soltando tudo e é isso que eu fazer. Vou ficar soldando a casa delas e quando ver a Luana saindo, vou entrar na casa e a Carine vai me falar tudo.
- Já to cansado disso, assim que eu achar Caroline boto ela em um vôo clandestino direto pra França, ela me tirou tanto do sério que não vou mandar dinheiro e ela não vai levar nada daqui, vai se virar lá pra sobreviver até essa minha raiva passar.
- Fiquei sentado na sala tomando uma dose de whisky e pensando se ligo ou não pra vagabunda e resolvi ligar.
- Ligação On.
Cláudia: Alô, quem é?
Antônio: Já esqueceu da voz do teu homem?
Cláudia: O que você quer seu monstro?
Antônio: Saber da vagabunda da tua filha, ela sumiu igual a você, duas safadas.
Cláudia: Como assim minha filha sumiu? O que você fez seu nojento?
Antônio: Para de fazer a sonsa, ela provavelmente já entrou em contato e você sabe aonde ela está. Acho melhor você me falar se não quiser que aconteça alguma coisa com ela. Eu não estou pra brincadeira.
Cláudia: Não sei aonde ela está, mas você não vai fazer nada com ela se não vai me conhecer. Não tenho mais medo de você e agora vou te enfrentar da mesma maneira. Ela é sua filha seu i*****l e pra ela ter fugido alguma coisa você fez, ela nunca foi disso. Nunca nos deu trabalho em relação a nada, então eu acho melhor você me falar tudo que tá acontecendo, antes que eu perca a merda da minha paciência com você.
Antônio: Agora você quer bancar de mãe heróina? Acho que você sabe do que sou capaz, então não vem com abusos. Ela foi sequestrada e eu tive que tomar algumas medidas para que liberassem ela, logo depois decidi mandar ela pra França e voltar a fazer o que já deveria ter feito a muito tempo, mas não poderia fazer com ela aqui, ela descobriu e fugiu. Mas quem manda nela sou eu, quem decidi por ela sou eu, já que ela depende de mim. Assim como você.
Cláudia: Você não tem jeito, acha que pode mandar na vida das pessoas e decidir as coisas por ela. Ainda bem que ela fugiu, ta mais que certa. Ela é maior de idade, ela sabe o que é melhor pra ela. E ela só foi sequestrada por alguém que queria te parar e eu já imagino de onde deve ser essa pessoa, não sei o que te faz querer perseguir esse pessoal do Alemão, você já matou o dono e agora você quer mais o que? Deixa esse povo em paz, você não ver que está colocando a vida da Caroline em risco mexendo com essa gente? Não sei que obsessão é essa que você tem, sempre voltando pro mesmo lugar, sempre mexendo com as mesmas pessoas.
Antônio: Tenho meus motivos e você não tem nada com isso, tá defendendo porque você vivia lá no meio deles, rata de esgoto igual. Quem te deu vida foi eu, se não era mais uma marmita de bandido como aquela sua amiga safada que morreu tarde. Quanto a Caroline, eu vou achar ela e ninguém vai me impedir de mandar ela pra França.
Cláudia: Ela não vai, tira isso da sua cabeça, deixa de ser narcisista. Você não manda nela, não mais. E minha amiga era uma mulher íntegra e do bem, nunca entendi essa implicância mas acho que essa tua raiva fala por si só. Vou desligar que não vou ficar batendo boca com um desequilibrado, vai se tratar seu louco. Não toca em um fio de cabelo da minha filha, se não eu vou fazer o inferno na sua vida e principalmente profissional.
- Ligação Of.
- Ela não esperou nem eu responder e desligou, filha da p**a. Ta perdendo a noção do perigo e do respeito, deixa ela comigo.
- Fiquei pensando sobre o que ela disse, nada me abalou, exceto a parte que ela fala daquela morta desgraçada. Acabei bebendo meu whisky na garrafa mesmo, é tanto ódio que eu sinto que ta difícil viver sóbrio. Caroline vai me pagar por me colocar nessa situação.