Caveira narrando
Continuação
Juro por tudo que é mais sagrado, quem teve a ousadia de pisar na minha favela, encostar um dedo na minha irmã e levar a Lisandra vai conhecer o inferno em vida, a frase ecoava na minha mente como um mantra de vingança, quinze minutos de agonia se arrastaram até que a médica finalmente apareceu, aliviando um pouco do meu tormento.
— Paciente levou uma pancada forte na cabeça, mas está bem. Vai ficar em observação hoje.
Respirei fundo, um alívio momentâneo em meio ao caos.
— Vou ver minha irmã – falei, e a médica assentiu. Juninho me seguiu pelos corredores até o quarto. Tati dormia, serena, alheia à tempestade que se formava. Aproximei-me e beijei sua testa.
— Eu juro, o filho da p**a vai pagar caro por isso.
Olhei para Juninho, firme e falei
— Fi
