Tati narrando Saí de casa já empenhada em uma missão: participar do bailão no Santa Marta. Eu sabia que não ia ser fácil passar pela contenção da favela sem ninguém me encher o saco. Os vapores viviam de olho em cada passo que eu dava, e meu irmão e o Juninho achavam que podiam mandar na minha vida. Só que eu não ia dar mole pra eles. Por isso bolei a ideia mais simples e certeira: pegar a van que os moradores usam pra ir pro asfalto. Entrei misturada no povão, fingindo que tava indo resolver qualquer coisa, e quando vi já tava longe da contenção. O meu coração batia rápido, não de medo, mas de excitação. Eu ia ver ele. O gatinho do Santa Marta que conheci pelo i********:, o tal do Samuel. Sorri sozinha, mordendo o meu lábio. Eu tô louca pra tirar a paz do Juninho e do meu irmão. Só d

