Capítulo 4

1101 Words
Capítulo 04 IMPERADOR NARRANDO 👑 Me remexo na cama saindo do meu inconsciente, dormi pesadão, acordo de fato escutando o choro da Liz de fundo e levanto sem nem esperar mais nada, já indo na direção do quarto dela, ver que bagulhö que ta acontecendo. Abro a porta do quarto vendo ela remexendo na cama, estreito os olhos e tiro o chinelo pisando no tapete fofinho que ela fez questão que eu colocasse aqui, e vou direto pra caminha dela. Imperador - O que foi que a princesa do pai tá chorando? - me aproximo dela passando minha mãos nos fios loiro, e ela choraminga baixinho. Liz - Dói papaizinho.. - Ela coloca a mão na cabeça e na barriga indicando a dor, me levanto indo na cômoda branca e separo o remédio dela, pra já dar pra ver se ameniza. - não é goxtoso. - ela fala com o x puxadinho e eu sorrio beijando o cabelo lorinho dela . Imperador - Deita aí que papai vai ligar pra médica tá bom. - ela faz uma careta e eu solto um sorriso de lado negandö com a cabeça. - pai já volta. - susurro pra ela que sorrir pra mim fechando os olhos azuis . Dou um beijinho na cabeça dela mais uma vez, e saio do quarto dela, indo pro meu, bater cabeça logo cedo, na vida tu não pode ter paz, eu pelo menos nunca tive. Sento na minha cama de casal e pego o celular na mesinha de canto, respirando fundo e discando o número da Vanessa, que é quem acompanha de perto o caso da Liz hoje. A filha da putä demora uma vida pra atender o celular, quando atende ela fica em silêncio até eu falar o que eu preciso. 📞 Imperador - Já falei, mata alguém se vira, minha filha precisa da porrä do transplante de fígado caralhö. Vanessa - Entendemos senhor Imperador, mas não temos mais o que fazer, nossa maior preocupação é que o câncer no fígado da filha do senhor se espalhe em metástase, aí realmente não teremos nada que fazer a não ser os cuidados paleativos . Imperador - EU QUERO QUE SE FODÄ PORRÄ, É A MINHA FILHA ... Vanessa - Senhor, se acalma, vamos tentar arrumar um doador fora, se conseguirmos entraremos em contato . 📞 Desligo o telefone na cara da médica filha da putä, não presta pra resolver porrä nenhuma, não sei pra que ainda tá cuidando da Liz papo reto . Liz não é minha filha de sangue, por isso o transplante não pode ser feito comigo, não sou compatível com ela, encontrei ela numa sexta feira a noite, jogada dentro de uma caixa de papelão, na encruzilhada da 12 . Tentei de todas as formas possível não adotar a Liz, já era um homem todo födido emocionalmente, o que eu seria pra essa criança? O que eu ia ensinar, que tipo de pessoa ela seria se espelhando em mim . Várias neurose passavam na mente, relutei até o último segundo, mas não teve jeito, rodou, rodou e ela caiu na minha mão, aceitei, não tinha o que fazer, pelo menos fome e miséria igual eu passei um dia ela não iria passar, mais quem dera se dinheiro pudesse comprar tudo . Liz foi diagnosticada a 7 meses atrás como câncer no fígado, para ser resolvido ela precisa de transplante, eu já tentei de tudo, mas não dá, não conseguir, dinheiro nenhum compra essa porrä . Jogo o celular em cima da cama e me levanto indo jogar uma água na cara, e escovar o dente escutando a risadinha vindo de fora do quarto . Volto para o quarto dela já vendo a dona Vera levar ela para o banho, os cabelos dela estão cada dia mais ralinho eu me recuso de qualquer forma a raspa, mais se não fizer o bagulhö do transplante ele vai continuar a cair, até não restar porrä nenhuma mais . Meu morro está cada vez mais firme, sem risco nenhum, consigo focar mais na minha menina e deixar nas mãos do Maquinista, o que de fato é bom pra cäralho, ter um tempo só com a minha menina . Vou aproveitar que hoje a Liz tem médico de novo e dona Vera que leva ela, vou dar uma passada na boca pra ver se tá tudo certo . Termino de me arrumar colocando minhas correntes no pescoço, passando meus óleos na mão, atravesso a bandoleira do fuzil nas costa e desço, deixo um beijinho na Liz, que essa altura do campeonato tá sentada vendo desenho e comendo o misto com o Nescau dela, e saio indo pegar meu rumo . Até nisso a Liz é parecida com aquela filha da putä, se já não bastasse a aparência, branca, loira dos olhos transparentes, ainda tem muitas manias e jeitos, coisa que nem se tivesse nascido dela mesmo capaz de ter . Já desço o morro a pé na atividade, passa anos e nada muda, tudo a mesma coisa no mesmo lugar, e aquilo, mantendo minha essência o máximo que eu posso, nada a reclamar, só agradecer . Paro de frente ao muro que tem de frente a mercearia do seu João e observo o L + R dentro de um coração, e isso me faz ter algumas lembranças . FLASHBACK ON... Renan - Promete que nunca vai me largar Lachelle Luiza ... - eu resmungo pra ela que tá sentada em uma pedra . Lachelle - Lógico que prometo, a gente se ama desde garotinho, ué, lembra que você me prometeu que se casaria comigo e me daria uma casa bemmm grande e com a geladeira cheia de comida? - ela se vira segurando o pedaço de graveto na mão . Eu confirmo com a cabeça, espero um dia conseguir dar uma vida boa pra minha menina, Lachelle é o amor da minha vida, não vejo a gente separado nunca . Renan - Prometo que sempre vai ter doce de banana pra você comer . - Ela abre um sorrisão com os dentes alinhadinhos bagulhö mais lindo, doce preferido dela é bananada . Lachelle - Quando você tiver dinheiro, quero me encher de tatuagem, acho lindo . - Ela fala sorrindo e eu me perco nesses olhos azuis dela . FLASHBACK OFF... Afasto os pensamentos e continuo meu caminho até a boca, tem bagulhö que só passa na mente do sujeito pra pesar o clima, tem nem explicação um bagulhö desse . E coisa demais pra cabeça, uma hora a mente trava e para de vez, dando red geral .
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