Capítulo 6
IMPERADOR NARRANDO 👑
Acordo sentindo uma sensação fodidä da porrä, pensamentos a milhão, preocupação com a minha filha, cada dia que passa é mais fodä toda a situação.
Hoje ela tem a última sessão na clínica, tem um menino no postinho entre a vida e a morte, porrä eu sei que é errado pra cäralho, ele é só um menino, mais eu nunca pedi tanto a Deus pra fazer o melhor que eles puderem, assim como os pais dele não quer perder ele eu não quero perder minha filha pow.
Não é meu sangue mas é minha, eu que passei madrugada me virando antes de dona Vera chegar, eu que mamava o leite horrível pra ver se tava bom pra ela, eu que ensinei que não pode tocar nas parte dela, é minha princesinha pow.
Aí como você fala pra um pai deixar sua filha morrer que ela vai sofrer menos ?
Não tem jeito mano, eu quero a minha filha viva custe o que custa.
Desço as escadas escutando Liz Maria cantando sem parar uma musiquinha chata da porrä, mas até isso me faz feliz no bagulhö.
Liz - PAPAAIIII ...
Ela vem correndo pular no meu colo, pelo menos hoje não acordou passando mäl, isso já é uma vitória.
Imperador - Fala princesinha do pai tudo bem ?
Ela confirma com a cabeça e volta a comer a frutinha dela, vou na direção da dona Vera já deixar avisado as cosias pra ela.
Imperador - Dona Vera a médica falou pra ela ir caminhando hoje pra pegar o sol da manhã tá, como eu não vou poder ir, fala pra ela que passo lá a noite pra saber como foi.
Vera - Tá bom meu menino, bom trabalho pro ce.
Confirmo, já saindo e deixando um beijinho na minha cinderela, e vou andando mesmo em direção a boca, já chego vendo o Talibã e o Xerecä de conversa fiada.
Talibã - Tu tem que ver o loirão que chegou menor, tá maluco e aquela bundä? Ce tá doido passo fome nunca.
Imperador - A conversa fiada, trabalhar ninguém quer neh vagabundö.
Talibã - Pow chefe foi mäl, mas não dá pra não comentar um loirão daqueles tá maluco.
Negö com a cabeça e entro pra minha sala, loiras só me lembram ela, nunca mais peguei nenhuma loira depois daquela filha da putä, que acabou com a minha vida.
Afasto os pensamentos enquanto vejo o Maquinista entrar com uma papelada na mão, o cara tá com a cara mais estranha que o normal, não é bom sinal
Maquinista - Suave?
Confirmo com a cabeça, e ele começa falar.
Maquinista - Pagode hoje, baile amanhã e domingo brinquedo e piscina liberado na praça pras crianças já é? Pode liberar?
Imperador - Pode, essa parte tu cuida, tem permissão.
Olho no relógio vendo que já são mais ou menos umas onze horas da manhã, passo a mão pelo pescoço e sinto falta da minha corrente, coisa que não saio sem nunca.
Imperador - Segura as pontas aí, esqueci umas coisas em casa e vou lá pegar, já pio aqui.
Maquinista confirma com a cabeça e eu sair disparado em direção ao morrão, subir essa porrä toda de volta porque esqueci minha corrente de proteção.
No meio do caminho um vapor me passa um rádio que tem uma mulher carregando minha filha no colo indo em direção a minha casa, já falei que odeio putä me enchendo o saco.
Custa entender que eu não gosto de envolvimento, o tanto de mulher que já tentou se chegar na Liz pra conseguir algum bagulhö comigo não tá escrito.
Quando eu abro o portão já sinto um bagulhö surreal no meu corpo, assim que eu ando mais alguns passos eu escuto aquela voz, aquela malditä voz que não escuto a 12 anos, respiro fundo pensando que é doideira da minha cabeça, abro a porta num empurrão só, observando ela agachada na frente da minha filha, falando com a dona Vera alguns bagulhös que não consigo prestar atenção, o cabelo loiro bem maior que da última vez que eu vi, o corpo bem diferente do que era, mais o cheiro e a malditä voz não mudou, em 12 anos essa porrä não mudou, vejo ela se levantar e olhar dentro dos meus olhos, ali eu realmente não tenho mais nenhum pingo de dúvida, aqueles olhos azuis como piscina, transparente como água o sorriso dos dentes alinhadinhos.
Ela tenta falar algo comigo mas eu não consigo nem prestar atenção em nada mais, só pensando em que porrä essa mulher ta de volta no meu morro, será que ela é a tal loira que tão falando?
Vejo ela saindo de casa e eu fico sem reação, será que ela não me reconheceu?
Saio dos meus pensamentos com dona Vera me chamando.
Vera: Tudo bem meu fio?
Apenas confirmo com a cabeça, dou um beijo na Liz Maria e subo pro meu quarto, cabeça a milhão, aproveito pra mandar mensagem pro Maquinista pra saber dessa porrä.
📲 Maquinista
Imperador - Koe?
Maquinista- - Fala meu mano.
Imperador - Que porrä é essa da Lachelle tá no morro Bernado, na moral espero que tenha uma desculpa muito boa sem neurose.
Maquinista - Como você ficou sabendo? Ela te viu?
Imperador - Não importa como não porrä, sei que o morro tá mais nas suas mãos devido a situação, mas era sua obrigação me dizer o que essa filha da putä tá fazendo aqui depois de tudo que ela me fez...
Maquinista - Mano não era a intenção, mãe dela tá sendo internada agora pela tarde, tava devendo vinte mil na boca, Lachelle já passou aqui e já acertou tudo, e levou a mãe dela pra internação... Ela disse que ficaria de passagem, ela não sabe quem é você tá ligado, acho que pensa até que tu tá morto...
Imperador — Ela teve aqui em casa, Liz Maria passou mäl na rua e ela socorreu, parece que não sabe quem sou eu mermo.
📲
Desligo o celular pensando em tudo que aconteceu nas últimas horas.