capítulo 02

1757 Words
Tenebroso narrando Eu sou o Tiago, mas sou conhecido como tenebroso. Ganhei esse vulgo do meu coroa quando eu tinha 12 anos de idade depois de matar um vapor arr.ombado que tentou abusar da minha mãe. Meu pai tinha saído em missão a mando do comando para poder buscar uma carga de drogas no Paraguai, e então o sub dele ficou de frente aqui no morro e eu me lembro como se fosse hoje. Flashback on Tenebroso: mãe porque a senhora está chorando, me fala o que aconteceu, o papai não está aqui mas eu prometo que vou resolver.- eu falo para ela que faça o polegar no meu rosto e dar um sorriso forçado. Eloá: não foi nada meu amor, não precisa se preocupar com nada tá bom, a mamãe vai resolver.- ela fala e mesmo tentando parecer forte eu sabia que ela estava destruída por dentro e mentindo para mim. Fiquei ouvindo atrás da porta e ela ligou para minha tia para contar o que tinha acontecido, quando eu ouvi o nome do vapor, eu não pensei duas vezes e peguei uma das armas do meu pai que ficava no escritório e sai de casa sem ela nem perceber. Parei na porta e chamei um dos vapores para me acompanhar, mesmo ele não concordando, ele veio comigo. Mandei o índio chamar o Betinho no rádio e perguntar para ele aonde ele estava, e quando o Betinho disse que estava na casa dele, eu mandei o índio me levar até lá. Chegando na casa do arrombado, eu bati na porta e tava um barulho do cara.lho lá dentro De mulher gemendo, Ele abriu a porta com a cara boladona e quando viu que era eu, ele sorriu e perguntou o que eu tava fazendo ali. Não dei muita atenção para ele não e já saquei a arma do meu pai atirando no p.au dele. A mulher que estava lá dentro começou a gritar apavorada com medo de eu fazer alguma coisa com ela, só que eu estava lá só para acabar com ele e nada mais. Atirei nas duas mãos dele e deixei bem claro para ele o porquê eu estava fazendo aquilo. Ele gritava de dor agonizando e para finalizar, eu dei um tiro no meio da testa dele. Índio ficou impressionado comigo, e depois desse dia nenhum dos vapores me tratavam mais como um moleque. Conquistei o meu respeito cedo, e hoje que eu comando o morro, eu sou temido porque não dou segunda chances. Meu pai quando voltou da missão e soube o que tinha acontecido, ficou orgulhoso de mim por ter defendido a honra da minha mãe, e também com raiva porque ele queria dar um fim no comédia. Flashback off Olá depois disso, meu pai começou a me treinar e a me ensinar tudo o que ele sabia para mim poder assumir o morro no seu lugar. Indo para um encontro da facção, ele e minha mãe foram perseguidos pela Tenente Sara, que tinha acabado de assumir o batalhão, e tentando dar fuga, ele bateu o carro na traseira de um caminhão e o carro acabou rodando na pista e não sei como, mas eles foram parar debaixo da roda do caminhão. O caminhão passou por cima do carro e eles morreram esmagados lá dentro. Eu fiquei sozinho sem ter com quem contar, e a minha sorte é que eu já tinha 16 anos, Então já sabia muito bem me virar sozinho. Conheci a Isadora eu tinha 17 anos e a mina era tão firmeza, que eu chamei ela para ser minha fiel. Assim como eu a Isadora também não tinha ninguém, e acho que foi isso que deu tão certo entre nós. Ela me entendia, me completava e eu era louco por ela, foi a primeira vez que eu amei na minha vida. No dia do meu baile de dezoito anos, ela me deu a melhor notícia de nossas vidas, eu seria pai. Aquilo me deixou felizão, mais como as paradas pra gente é mais difícil, ela acabou perdendo o nosso bebê em uma invasão que quase me levaram preso, fiquei me sentindo culpado porque eu queria muito aquele bebê. De lá pra cá, passamos 8 anos tentando ter outro bebê e nada de conseguir. Isadora tava frustada já com tudo isso e se sentindo insuficiente pra mim, todos os dias eu falava pra ela que já hora certa Deus iria mandar o nosso bebê. E no ano retrasado, quando ela me contou que finalmente o tão positivo veio, eu dei um baile de tres dias pra comemorar. Todos aqui na comunidade gostava muito dela, ela tava sempre fazendo as paradas pelos moradores e pelas crianças. Eu era feliz, meu morro ia bem, minha família tava crescendo, e eu só conseguia agradecer a Deus por me permitir viver todos esses momentos. Mais a vida mais uma vez me mostrou que quando a gente acha que tudo vai bem, alguma coisa tem que sair fora do lugar. A tenente invadiu meu morro disposta a me prender depois de eu matar o marido dela, Isadora que tinha acabado de entrar em trabalho de parto ficou muito aflita com toda a situação porque eu não estava lá, e eu só queria poder estar presente nesse momento. Mandei as enfermeiras e a médica me avisar assim que minha bebê nascer. Deixei um dos meus lá pra ficar me atualizando das paradas, e quando meu rádio tocou avisando que minha princesa chegou ao mundo, eu fiquei tão feliz que isso me deu o gás que eu precisava pra tirar os botas do meu morro. Deixei meus vapores organizando tudo as paradas, pedi pro tubarão que é meu melhor amigo e sub ver se tava tudo em ordem e meti o pé pro hospital indo conhecer a minha filha e ver se minha mulher estava bem, passei na boca e peguei a aliança que eu comprei pra pedir ela em casamento e chegando no posto eu percebi que tava geral apreensivo. A médica logo veio na minha direção com a minha filha no colo e quando eu peguei a minha princesa eu não sei explicar o que eu senti, só sei que é um sentimento cabuloso. Um amor fora do normal e ali eu prometi pra ela que ia sempre protegê-la de tudo. Perguntei pra doutora da minha mulher e ela abaixou a cabeça com medo. Olhei em volta vendo todas meia assim e perguntei de novo da minha mulher. A médica disse que teve uma complicação no parto e que a Isadora teve uma hemorragia e infelizmente não resistiu, toda a felicidade que eu estava sentindo naquele momento foi indo embora e eu caí no chão com a minha pequena nos braços. Foi a primeira vez que eu chorei em público, e foi ali que eu jurei que nunca mais amaria. Amor e fraqueza e foi isso que eu demonstrei na frente de vários ali naquele dia. Eu e a Isadora já tínhamos preparado tudo pra chegada da Yasmin e agora a minha bebê só tinha eu. Levei ela pra casa e desde então tenho cuidado dela o tempo todo, eu Ia contratar uma babá, mais é f**a, porque essas mina só se aproximam de mim no interesse e se não cuidarem bem da minha filha eu vou matar elas. Acordei com a Yasmin chorando e levantei indo até o quarto dela pegar ela do berço. Minha menina sempre foi tão boazinha, que ela só chora quando tá com fome ou quer trocar. Nós primeiros dias de vida dela, foi tenso o bagulho já que eu não sabia exatamente o que fazer, mais hoje eu já sou melhor que muita mãe por aí. Tenebroso: oi min, papai tá aqui meu amor.- eu falo pegando ela do berço e ela para de chorar na mesma hora. Fui até o banheiro e liguei o chuveiro enchendo a banheira dela, com ela ainda no colo fui pegar a roupa pra ela. Depois do banho, eu troquei ela e descemos para a cozinha para preparar uma mamadeira para ela poder tomar. Depois de alimentar ela, eu coloquei ela no bebê conforto e subimos para o meu quarto. Coloquei um desenho lá que ela gosta na televisão e fui rapidão tomar uma ducha e fazer a minhas higienes para ir pra boca. Saí de casa no meu carro, e fui fazendo uma ronda pelo morro para ver se está tudo bem. Passei em frente a boca da rua 3 e o Samuca me deu um salve e eu parei o carro para ver o que tá pegando. Samuca: aí patrão tenho uma parada para passar para o senhor.- ele fala se aproximando e eu confirmo. Tenebroso: solta a voz .- eu falo para ele Samuca: tá ligado o seu Fernando da rua 2? Ele e a mulher dele pegou uma droga aí falando que ia acertar ontem e até agora nenhum dos dois arrom.bados deram as caras. Tenebroso: espera até o final do dia, e se hoje nenhum dos dois vier dar nenhuma satisfação você me passa a visão que eu vou lá na casa deles cobrar a dívida pode pah, e não vende mais nada para eles até segunda ordem. Samuca: pode pah patrão, aqui tá o valor que os dois estão devendo.- ele fala me entregando um papel e eu vejo que já está em quase 20 mil reais. Tenebroso: vocês também é f.oda né, tá vendo que tá só subindo a dívida e não breca eles. Samuca: eles sempre dava um jeito de pagar, dessa vez coloquei eles no prazo e até agora nada, mais vou esperar até hoje pra ver e aviso o senhor.- eu confirmo e saio dali indo para boca. Estacionei o carro e desci pegando a cadeirinha Yasmin, tubarão saiu de dentro da boca com uma cara nada boa e eu já sei que vem b.o por aí. Tenebroso: qual foi?.- eu pergunto juntando a sobrancelhas. Tubarão: sabiá perdeu a carga agora a pouco, a Tenente já estava esperando ele como se soubesse por onde ele iria passar.- ele fala e eu respiro fundo. Tenebroso: deixa nossos homens em alerta porque ela pode querer usar isso para invadir o nosso morro, já liga pro cigano e passa a visão pra ele, quero minha carga pra ontem.- ele confirma e eu entro indo para minha sala com a Yasmin. O dia hoje vai ser daquele jeito, porque ainda não são nem 8:00 da manhã e já estamos cheio de bucha na mão para resolver.
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