8 - Helena!

1988 Words
A sensação de estar nos braços quentes do meu companheiro era tão boa, tão única e terna que por alguns momentos durante o meu sono achei que estava sonhado. Confesso que está com ele foi umas das sensações mais boa e intensa que já tive, por alguns momentos me arrependi de ter me permitindo tanto contato com ele, mas ao pensar muito achei que foi a melhor escolha em ter deixá-lo me tocar e deitasse para dormimos juntos Aquela sensação gostosa foi agressivamente arrancada de mim no momento em que ouvi batidas apressadas na porta do meu quarto. Acordei assustada e Aron também, nós olhamos rapidamente e ficamos atordoados por um momento, até notarmos que era Brian que batia na porta daquela forma desesperada. - O que houve Brian? - Aron perguntou após ter aberto a porta. Foi aí que me lembrei que acordamos durante a madrugada com Aron transpirando feito uma chaleirar por ter tentado dormi com sua camisa. Por uns rápidos segundos eu o olhei de forma descarada, com seus ombros largos e barriga definida dificultava minha tentativa de ficar longe dele e para piorar minha situação, o filho da mãe possuía pelos ralos e escuros em seu peitoral e barriga. Aron era definitivamente o filho da p**a gostoso do c*****o, o desgraçado tinha uma tatuagem na lateral dos seus quadris e outra embaixo das suas axilar precisamente em seu braço, algo que não dava para identificar naquele momento. A imagem de seu lobo era fatalmente nítida em suas costelas e isso me atraía ainda mais, meus sentidos fora puxado com violência quando sentir a preocupação e desespero que vinha de Brian. — Helena. — Eu o interrompi. — O que houve com ela? — Perguntei tomando a frente. — Onde ela está? — Sentir meus nervos alterarem. — Não sabemos, parece que alguém levou ela. — Brian explicou rápido. — Como assim levaram ela?  — Aron perguntou bagunçando seus cabelos de forma nervosa. — Não sabemos de nada, não conseguimos farejar ela. — Brian suspirou impaciente.  — Já fizemos de tudo e não conseguimos nem saber como alguém possa ter entrada na casa do meu tio.  Comecei a andar de um lado para outro me sentindo impaciente, não entendi como poderia Helena ter saindo ou ter sido levada de dentro da casa de Bruce. É algo impossível, além do mais Helena não deixaria o pai de forma alguma, algo estava extremamente errado. — Droga, droga, droga. — Falo puxando meus cabelos.  Senti às mãos de Aron me puxar, mas dessa vez não foi de forma agressiva. — Acalme-se por favor. Aquela garota não iria embora depois de consegui recupera o pai novamente, algo de muito errado está acontecendo. — Aron passou as mãos em meus cabelos, provavelmente arrumando os fios que eu havia bagunçado. — Helena confia em você como se fosse a mãe dela, vocês têm uma ligação e da última vez você falou a ela que sua conexão estaria aberta caso ela precisasse de você. — Ele passou a segurar meu rosto com as suas duas mãos fazendo-o olhar nos fundos dos olhos dele. — Respire e se concentre que você vai conseguir acha ela. — Finalizou e se afasta do meu corpo, me deixando com a sensação de vazio sem o seu toque. Respire fundo e fechei meus olhos e concentrei meus pensamentos, forcei até onde eu podia ir e não existia nenhum tipo de pedido de ajuda de Helena, era tudo muito frio e silencioso e isso me preocupou mais ainda. Passei as mãos em meus cabelos de forma nervosa. — Não tem nada. — Franzi minhas sobrancelhas e voltei a fita Aron que estava em minha frente. — Use o olfato por favor. — Fiz o que ele pediu. Fechei meus olhos novamente e respirei fundo mais uma vez, puxei o ar e soltei, franzi o nariz logo em seguida. Forcei novamente e sentir meus olhos queimar em sinal de mudança de tonalidade, minha loba estava querendo sair. Me controlei e abrir os olhos. — Acalme-se — Aron falou assim que percebeu meus olhos azuis de mais. Ele sabia que a lobo queria sair. Ainda de olhos aberto forcei novamente e tentei me lembra do cheiro que tinha guardado dela quando era um bebê, ela tinha o cheiro mais delicioso que poderia existir na face da terra. Eu a beijava e fazia carinho em sua face todas as vezes que ela tinha crise de choro, mesmo depois de grande ainda fazia isso quando ela sentia falta de sua mãe e sua tristeza era evidente. Amo aquela menina do fundo de minha alma, ela se tornou parte de mim e jamais deixaria que algo r**m acontecer com ela e com sua inocência. Após lembrar do cheiro dela quando ainda era um beber, sentir meus olhos encherem de lágrimas e logo em seguida arregalei os olhos sentindo o seu cheiro com tanta intensidade — Ela está no riacho. — Explique enquanto pegava uma blusa mais quente. Mesmo que o gelo esteja derretendo nessa época do ano eu preferi me cobrir e garantir certa segurança. — Ela esta apavorada. — Não terminei de fala Aron já estava vestido e já saímos para fora da casa sendo acompanhado por Brian e logo em seguida por Dimitri e Penélope. — É muito longe? — Aron perguntou enquanto tentávamos aumenta os passos. — Não. É perto. — Brian falou. Parei bruscamente por ter sentindo o cheiro de Helena mais forte e também seu medo vinha em minha direção com agressividade. — Ela está aqui. — Sussurrei e andei mais alguns passos. Avistei Helena de longe, vestia um short de moletom amarelo que estava todo sujo de barro, cabelos bagunçados e escondia seus s***s descoberto com seus braços. - Alguém a tocou. - Pensei enfurecida. — Não.... Por favor não. — Pedi em silêncio andando em passos vagarosos em sua direção. — Fiquei aí. — Penélope falou atrás de mim, sentir ela me acompanhado. — Os três. — Ela rosnou em sinal de advertência. — Kathy. — Helena sussurrou enquanto chegava mais perto do seu corpo trêmulo. — Eu não sei o que aconteceu. — A abracei e ela desabou em meus braços. Sentir minhas lágrimas sair de forma desenfreada do meu rosto, tentei ao máximo passar conforto a Helena enquanto a apertava em meus braços. Helena soluçava de forma agressiva e seu corpo balançava em um sinal claro de dor emocional. Não sabia ao certo o que havia acontecido, porém Helena cheirava a macho, alguém se esfregou nela só não sabia ao certo se havia tocado-a profundamente. Afastei meu corpo do seu e abaixei meus olhos por sua barriga e short, puxei seu short para o lado tentando ver algum rastro de sangue, por que a mesma já sangrava em seus supercílios e no canto da boca, alguém a bateu com bastante força. — Dói alguma coisa. — Perguntei. — No meio de suas pernas, dói? — Perguntou novamente e ela confirmo. — Filho da puta.... Eu mato esse desgraçado. — Resmunguei pegando-a em meu colo como se ela fosse minha noiva. — Vamos você precisar tirar o cheiro desse miserável do seu corpo. — Sussurrei. — Vai fica tudo bem boneca. — Sussurrei não tento muita certeza do que acabei de falar. Ainda com Helena em meus braços caminhei em direção ao riacho onde tinha água o mais próximo de mim. Sabia que estava sendo seguida por eles e não fiz esforço nenhum em esconder todos os meus sentimentos, mesmo sabendo que eles 4 e principalmente Aron sentia a dor e culpa que eu estava sentindo naquele momento, provavelmente tenha sentindo a dor que estava guardado a sete chaves em meu peito, sabia que mais tarde teria interrogatório, por que olhando para Helena percebi o quanto ainda me sentia ferida como se fosse eu a ser tocada sem permissão novamente. Sabia o quanto Helena precisaria ser forte de agora em diante e eu me manterei ao seu lado para ajudá-la. Ela ainda é minha menina. A passos vagarosos entrei no rio com Helena ainda em meus braços, agora ela não chorava tanto quanto antes, apenas soluçava. A água do rio era sempre aquecida, isso era um dos motivos para virmos sempre aqui. Soltei Helena dos meus braços assim que a água estava em nossas cinturas, porém ela não me soltou, seus braços se mantinham em meu pescoço em sinal de pedido de proteção, e eu não negaria isso a ela. — Mergulhe. — Pedi sussurrando. Helena negou começando a chora novamente. — Eu sei que isso machuca Helena.... Eu sinto sua dor, seu desespero e sua vontade de sumir no mundo. — Suspirei enquanto boiava meu corpo e o dela para a parte mais funda do Rio. — Por favor não deixe eles tirarem sua força, seu brilho. Não deixe eles te destruir. — Pedi e ela soluçou. — Não deixe isso se torna sua fraqueza. — Como eu faço isso? — Ela perguntou confusa. — Mostrando quer o que eles fizeram com você não foi nada, que isso te fez ser mais forte e que eles são fracos por tocar em uma mulher sem sua permissão. — Explique vendo-o se afasta para mim olhar nos olhos. — O que você fez anos atrás? — Ela perguntou e meu corpo inteiro se arrepiou. Helena sempre soube de tudo que eu passei em minha vida, às vezes que fui estuprada e agredida de várias formas. Ela sabia que sofri tudo sozinha, sabia de todas as vezes que pensei que a única forma de me sentir bem era tirando minha vida. Mais por fim ela sabia também quais foram minhas decisões, o certo para mim era destruir derrotar todo o m*l que me cercava naquela época. — Matei, esquartejei e destruí tudo aquilo que eles mais amavam. — Respirei fundo tentando controla minhas emoções. — Mais isso não significa que foi o certo, mas foi a forma certa que eu encontrei em minha vida.... Eu precisei disso para volta a me sentir limpa, me sentir melhor do que eles fizeram sentir. — E sua dor passou? — Ela perguntou. — Ela nunca passa Helena. — Sussurro passando meu polegar em sua bochecha. — Só substituir a dor por algo bom. — Ela olhou em meus olhos e perguntou. — Onde você encontrou esse algo bom? Demorou muito para encontra? — Sorri puxando ela para meus braços. — Você foi um dos motivos bons que me fez esquecer a dor. — Sorrir para ela enxugando suas lágrimas. — O Brian foi meu maior porto seguro e a Penélope foi minha força a que me mostrou o quanto sou forte. — Passei as mãos em seus cabelos. — Não vai ser fácil Helena, vai ser difícil e você vai acha que não consegue.... Mais eu te peço seja forte, seja destemida mostre para eles que você é maior que tudo isso. — Helena voltou a chorar. — Eu preciso de ajuda Kathy... eu não consigo sozinha. — Explicou abraçando-me novamente. Não sabia ao certo o que aconteceria de agora em diante, Helena é uma mulher forte, mas essa ferida é grande e dolorosa de mais, até para ela, mas eu não a deixarei sozinha por que eu sabia o quanto era difícil está sozinha e com medo do mundo e das pessoas que vive nela. Helena é uma parte importante para mim, ela não saiu do meu ventre mais a amo como se tivesse saído de dentro de mim, a amo como se fosse minha filha e eu sabia que ela sentia isso, assim como ela sabia que eu não abandonaria naquele momento. Irei descobrir quem a machucou, quem a tocou sem sua permissão. Tiraram algo de muito valor dela, tiraram a inocência e a pureza que ainda existia nela. Helena não seria a mesma, porém eu farei de tudo para ela se torna a melhor versão dela mesma.
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