Capítulo 1

1775 Words
Bruna narrando. Dirley vai sair da cadeia daqui 2 semanas, até lá, estou me produzindo toda para o grande dia, e ainda assim, não vou deixar de ir visitar ele nesses dois fins de semana. Ele me faz feliz demais, e estou com ele para sempre. Não ligo para o que as pessoas falam a respeito disso, até porque cuidam muito da minha vida, mas nunca me deram nada. Sinceramente, não ligo mesmo. Conheço meu marido, e sei que ele me ama mais do que o suficiente. Como todos sabem, conheci o Dirley quando eu tinha 15 anos e ele 27 anos de idade. Sempre fui aquele tipo de menina iludida por traficantes, bandidos e etc. Eu tinha aquela obsessão de ser chamada de "mulher do chefe", "patroa" e tudo mais. Eu morava em São Paulo, e acabei conhecendo uma menina pela internet que conversa vai e vem, ela me apresentou o primo do marido dela, que por sinal também estava preso. Foi o que aconteceu, comecei a conversar com ele e aos poucos, fui me apegando ao mesmo. Ele era gerente da favela da praia linda em São Pedro da Aldeia, Rio de Janeiro, e conversávamos tanto que acabou virando rotina, era todos os dias, toda hora, e aos pouquinhos ele foi pegando confiança em mim. Ele me provava que só falava comigo, que eu era a única mulher em que ele se interessava, e, quando ele demorava para responder ou algo do tipo, era porque o celular estava com outro preso, ou porque ele estava resolvendo as coisas da boca de droga. E, sim, ele me mandava print do que estava resolvendo, com quem estava falando, e fazia o possível para me dar atenção. Depois de um tempo, ele pediu para que eu fosse visitá-lo, e eu com 15 anos, não tinha nem como, né? Então prometi para ele que eu iria esperá-lo, e que não importava o tempo, eu honraria com a minha palavra. Quando eu fiz 16 anos, Dirley me disse que se minha mãe assinasse, eu poderia fazer a carteirinha para ir vê-lo. Minha mãe sempre foi bem conservadora, e nem sonhava que eu conversava com um presidiário, não tinha nem como eu falar sobre isso com ela, seria completamente fora de cogitação. Resumindo, ele implorou para que eu desse um jeito, e eu naquela época, toda apaixonada, e, digamos, iludida, só tentei achar uma forma de conseguir fazer o que ele pedia. Eu sentia muita carência nele, e comecei a mandar fotos íntimas, depois começamos a fazer chamada de vídeo, e tudo o que tinha direito eu fazia, para agradá-lo, mas parecia que era tudo em vão, porque ele ficava feliz, mas depois vinha com os mesmos papos de eu ir visitar ele, conversar com a minha mãe e etc. Era tudo mais fácil para ele, claro, mas para mim era bem complicado, até que um dia ele me fez a seguinte proposta, de ele arrumar uma casa para mim lá no Rio, e eu ir morar lá, com ele me sustentando e me dando de tudo. A única coisa que eu não poderia fazer, seria ir para bailes ou ficar com outros homens. Pensei e repensei sobre isso, até eu colocar na minha cabeça que iria sim, fazer isso. Pois bem, dei um jeito de conseguir a carteirinha virtual, e falsifiquei a assinatura da minha mãe, pela internet. Ele me mandou um dinheiro, e eu fiz o combinado. Cheguei na casa dele, e fui super bem recebida pela mãe dele, lá. Realmente, até hoje foi a melhor escolha da minha vida. Pedi ajuda para a Grazi, aquela minha amiga que me apresentou para o Dirley, e ela me ajudou com tudo para eu fazer uma surpresa de visita para ele. No fim, deu tudo certo, consegui conhecê-lo, perdi minha virgindade com ele, e confesso que ele era e sempre foi, um verdadeiro príncipe encantado comigo. Sempre me tratando bem, me ligava todos os dias, me mandava dinheiro, eu andava do jeito que eu achava que merecia, e eu tinha aquela fama de "mulher do gerente", não era muito, mas já era o bastante para eu ser muito respeitada, na favela. Minha mãe, antes de eu vir, deixei uma carta, dizendo que eu estava indo embora para seguir meu sonho, e que, não era para ela ficar preocupada comigo. Desde então, nunca mais tive contato, dei um jeito de trocar de número, desativar minhas redes sociais e fazer tudo de novo. Sei que ela iria me manipular a ponto de eu voltar para a casa, e acabar não seguindo minha vida, e no final ter a vida que ela planejou para mim, sem seguir meu sonho sozinha, então prefiro longe. Resumindo, quatro anos se passaram e eu continuo aqui, junto com o Dirley, correndo junto com ele, e tendo a melhor vida que alguém poderia ter. Nesses quatro anos, não mudou quase nada, apenas o fato de que ele subiu de cargo e agora, ele literalmente é dono da favela, e com toda a certeza tenho tudo o que eu sempre pedi, dinheiro, poder e fama. Mudei tudo, estou morando numa casa nova, e quem me vê, até pensa que sou patricinha. Como ele consegui isso? Não faço a mínima idéia, e também não faço muita questão de saber. Ele me diz que tem assuntos que é melhor eu não saber para não me prejudicar no futuro, e eu compreendo e respeito isso. Eu não trabalho porque o Dirley não deixa, ele diz que é perigoso demais para mim que sou a mulher dele, mas por mim está tudo bem, faço cursos com o dinheiro que ele me dá, e é aquele ditado, as pessoas pagam pelo seu conhecimento. Se algum dia eu e ele vier a separar, pobre e ferrada na vida, eu não estarei, pelo menos comprei algumas casas e coloquei no meu nome. Mas acho que isso é outra questão que é fora de cogitação, e é um homem fiel e verdadeiro, e para mim, isso é a única coisa que basta. Até porque eu ando tão feliz, tão alegre, sinto que tudo finalmente está encaixado, tudo em seu devido lugar, definitivamente não existe vida melhor. Principalmente agora que o alvará dele saiu, e que daqui duas semanas ele estará aqui, junto comigo. Não sei como vai ser, mas acredito que não muda quase nada, meu amor por ele continua o mesmo e tenho certeza que o dele por mim, também. Ajeitei as sacolas na mão e entrei dentro do presídio. É um sufoco passar por tudo isso, eles revistam suas partes íntimas, reviram a comida que você faz com tanto amor, e nem me fale do jeito que te olham, como se você estivesse fazendo algo de errado. De errado eu não estou fazendo nada, até porque não é proibido casar com preso. Bandido também é gente, e tem o direito SIM de ter alguém que ame, uma família e até mesmo uma base. Passei por toda a humilhação, e fui andando até o pátio. Apoiei as sacolas na mesa e sentei no banco de pedra. Fiquei procurando o mesmo com o olhar até conseguir achá-lo, ele estava vindo junto com outros presos ao lado. Pretinho, magrelo, alto e tatuado, do jeito que eu sempre quis, sempre gostei, esse é o meu marido. Dei um sorriso vendo o mesmo se aproximar e já fui levantando. Ele acelerou os passos e, veio até mim, me pegou no colo e me girou, me beijando. Me abraçou forte e, me continuou me beijando sem parar. Bruna: Amor, chega. - Dei um sorrisinho enquanto me afastava um pouco. - Olha o que eu trouxe para você, sua comida preferida. - Tirei os potes da sacola. Dirley: Pô amôr, tu tá lindona, mulherão, minha mulher...- Abriu um sorriso me olhando. - Te amo pá porr*. Bruna: Eu também te amo, agora come. - Apontei e ele começou a comer. - Mas então, está cantando a tão sonhada liberdade, né? Dirley: Porr*, nem fala... Tô felizão, mané, não vejo a hora de voltar para a casa, ficar contigo o dia inteiro, voltar para o meu morro e pá. - Assenti. Bruna: Mas então, vai rolar visita íntima, hoje? - Mudei de assunto. Dirley: Pô amor, dei uma vacilada esses dias, pegaram maconha no meu travesseiro e pá, nem sei se vai dar, tô put* e bolado com isso, sem neurose. - Respirei fundo. - Mas se tu quiser, a gente pode dar uma passada no queto. - Me olhou safado e eu neguei com a cabeça. Bruna: Ah Dirley, nem vem, você sabe que eu odeio aquilo, coisa mais ridícula, fazer amor com um monte de gente perto, e fazendo o mesmo ainda por cima. Dirley: É o que tá tendo, pô, tu tem que entender, mano... Infelizmente, a situação que eu me encontro não é das melhores, pô, tu sabe disso. Bruna: Não quero. Dirley; Aqui na cadeia o bagulho é louco, mano, e fica pior ainda quando minha mulher n**a me dar a bucet*.- Fez cara de triste e eu ignorei. - Qual foi Bruna, só umazinha, pô. - Revirei meus olhos. Bruna: Termina de comer e vamos logo. Ele terminou de comer, ajeitei minha sacola e ele foi ao banheiro escovar os dentes. Quando ele voltou, me deu a mão e fomos em direção à cela. Queto é uma cela onde eles usam para t*****r, o problema é que tem mais de 20 camas e em cada cama tem alguém metendo ao mesmo tempo que você. Não pode gemer alto e não pode fazer barulho, odeio isso. Deitei na cama e ele veio por cima, não deixei ele me chupar, eu só queria fazer o que tem que ser feito e pronto. Ele deslizou a cabecinha na minha entrada que já estava molhada e, começou a meter devagarinho. Minha respiração começou a ficar ofegante e eu comecei a estimular meu c******s ao mesmo tempo. Não demorou e eu gozei, logo em seguida ele tirou e gozou também. Arrumei minha calcinha e desci da cama, logo atrás ele veio. Fui ao banheiro, me lavei, e depois começamos a andar juntos no pátio. Dirley: Mas fala aí, amor, como estão as coisas? Precisando de algum bagulho, para tu? Bruna: Jamais meu amor, só preciso de você em casa, comigo. - Ele colocou meu cabelo atrás da orelha e riu de lado. Dirley: Logo menos, minha princesa, pode crer que logo menos. Informaram que o tempo da visita tinha acabado, me despedi do DIrley e sai do presídio. Esperei a van e logo em seguida entrei com rumo para a casa.
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