Prólogo

647 Words
Karen "Era seis da manhã quando eu fui acordada da pior forma possível. Sentir um peso em cima de mim e quando eu é quando eu abrir os olhos sua mão estava em cima da minha boca, pressionando e assim me impedindo para que eu não pudesse gritar e nem fazer barulho algum. Minha mãe estava dormindo bêbada após uma noite virada com o seu marido, o mesmo que estava em cima de mim agora, me abusando de todas as formas possíveis e eu não sei o que será de mim daqui pra frente, eu preferia estar morta ou sendo tortura ao invés de estar presa aqui" Esses pensamentos me fodem cada vez que eu me lembro desse maldito dia. Nada é tão r**m que não possa piorar! Sair de casa não por escolha própria mas porque minha mãe me despejou da casa pra rua. Bem... ela preferiu acreditar no crápula que ela chama de marido ao invés da sua única filha. Meu pai morreu, eu ainda era só uma criança, desde então minha vida só foi de mau a pior, mas algum tempo depois minha mãe casou-se novamente, feito uma desesperada que tinha medo de morrer sozinha. Sempre fui uma menina bonitinha que tinha um corpo bonitinho, mas com a idade avançada eu só iria ganhando mais "corpo". Com 15 anos eu já saia pra todos os lugares sozinha, não porque era isso que eu queria, mas eu queria ficar ao máximo longe do marido dela, ele sempre me cercava e com o passar dos anos isso só foi piorando cada vez mais. Quatro anos depois ele me pegou à força, quando contei pra minha genitora o ocorrido ela me deu um tapa no rosto e me chamou de mentirosa, vagabunda e outros palavrões... Abriu a porta da frente e simplesmente me pegou pelos cabelos e me jogou pra fora de casa. Era noite e a chuva estava grossa e o vento muito gelado. Levantei sem ter noção do que eu iria fazer dali em diante e fui pra rodoviária que ficava próxima de onde eu morava, decidir ficar por lá até que a chuva resolveu dar uma diminuída e eu pudesse pensar no que eu iria fazer dali em diante, sentei um pouco afastada dos bancos onde havia pessoas estando suas viagens e sentei, chorei como se não houvesse amanhã. Momentos atual... Com o silêncio que estava no lugar eu pude ouvir o barulho de passos se aproximando, me encolhi o máximo que eu pude enquanto abafava minha boca com a mão pra não fazer barulho algum, mesmo sabendo que seria impossível. – Oi… desculpa perguntar mas você tá bem? – Um cara alto pergunta enquanto me fitava de cima abaixo. Eu tenho que agir como se estivesse tudo bem então vamos lá Karen, você consegue. – E... eu estou bem. – Respondi baixo tentando não olhar pra ele. Ele me olhava com dó, como se eu fosse algum cachorrinho que havia se perdido da sua mãe. Meus olhos inchados de tanto chorar, tenho certeza que minha cara tá parecendo que eu levei uma surra das bravas e quem dera tivesse sido isso mesmo. – Olha confia em mim tá bem, eu não vou te fazer m*l não. Além disso, eu não estou sozinho, e se pensa que eu vou fazer algo de r**m com você pode tirar isso da sua cabeça. Se continuar aqui vai acabar morrendo de frio ou... bom, não vamos pensar no pior. – Aceitei a sua boa vontade e levarei, logo atrás vinha uma mulher correndo em direção a ele, suponho que sejam amigos pelo jeito que se trata. Eu só espero não morrer hoje, enfim... [...] Aqui começa uma nova jornada para ver a vida como ela realmente é de verdade, passarão a dar valor as coisas simples e irão aprender que dinheiro não compra tudo, muito menos felicidade.
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