Na faculdade me encontro com minha amiga Claire que é uma beta e ama homens alfas. Então pensei que seria uma boa ideia contar para ela sobre o que rolou.
— Calma, quer dizer que ele foi o primeiro cara que você dormiu?
— Sim, eu já tentei fazer isso com outras pessoas mas eu nunca consegui, em um ponto que eu me sentia mal fisicamente e mentalmente.
— Isso só pode dizer que…. VOCÊS SÃO PREDESTINADOS! — perfeito, era só o que eu precisava ouvir.
— Não começe com suas fantasias, você sabe que isso não era para ter acontecido além de que atualmente eu não desejo me envolver com ninguém.
— Pelo menos você tem o número dele?
— Ele me deu seu cartão de visitas.
— Cartão? Quer dizer que ou ele trabalha em uma grande empresa ou é dono de algum lugar, como ele era?
Penso um pouco antes de responder.
— Ele era bem alto e tinha um corpo bem trabalhado mas não exagerado, era moreno de olhos escuros…
— Tá que ele é incrivelmente lindo eu já sei, mas como ele se vestia?
— Um terno.
— Então ele é de uma grande empresa! Eu sabia, tirou uma sorte das grandes.
— Você sabe que não é isso, eu não quero me envolver com ele…
— Sei… E teve química?
— Muita… — ela deu um leve grito abafado.
— Sério, você é impossível, da próxima vez tenha certeza de agarrar ele bem!
Reviro os olhos e no exato momento que terminamos de falar a professora chega. Quando ela entra alguém em seguida abre a porta.
— Wendell, está atrasado — ele escuta calado — mas como eu também cheguei atrasada pode entrar — ele agradeçe e senta na frente.
Wendell Trairor ele era meu amigo de infância e um dos únicos alfas da nossa escola, por isso as pessoas sempre circulam ele apesar de ele ser mais reservado, as pessoas o confundem muito por ser o do tipo carinhoso, eu também já confundi.
Eu conheci ele quando tinha 8 anos, nossas mães eram vizinhas e com o tempo ficaram amigas, isso também aconteceu futuramente para nós dois, no coneço nós nos odiávamos ou eu odiava ele, em um ponto que um não podia ver o outro, por isso nossas mães não tinha uma oportunidade de conversar, isso mudou no dia em que fui em sua casa.
— Wendell, leva ele pra conhecer o seu quarto.
— Tudo bem — ele nunca ia contra a sua mãe e como ele não necessariamente me odiava, ele aceitou.
Eu não gostava dele mas no momento que eu entrei no seu quarto eu descobri que possuíamos o mesmo amor, por jogos. Ao entrar no seu quarto vi um paraíso de jogos, ele tinha muitos consoles diferentes e vários jogos além de vários personagens espalhados pelo seu quarto. A partir daí passávamos todos os dias juntos, íamos para a mesma escola e depois eu ia para a casa dele jogar até a noite
Aos 14 anos estávamos entrando na fase do descobrimento de nossos sexos secundários* e ele descobriu ser alfa antes de mim, nós continuamo nossas vidas sem saber que mais tarde isso nos afetaria, ele acabou tirando um cochilo na cama enquanto eu jogava, mas a curiosidade falou mais alto naquele momento. Desliguei o console me sentei do lado da cama e comecei a observar seu rosto de perto, seus cabelos castanhos e seu olho cor de mel, dava uma aparência amigável a ele mas eu enxergava muito mais que isso, comecei a passar meus dedos pelos seus cabelos e ir descendo até chegar a sua boca.
— O que está fazendo? — ele inesperadamente acorda e eu tomo um susto.
— N-nada! — rapidamente me viro de costas para ele.
De repente ele segura minha cabeça e me olha nos olhos, nos encaramos e percebo que ele começa a descer seu olhar para a minha boca, igual a mim ele com seus dedos passa sob os meus lábios e de repente selam nossas bocas e nossas línguas se entrelaçam, eu me sentia ótimo mas pouco tempo depois eu me sentia mal em um ponto que meu corpo ficava doente mas eu não sabia que era por causa disso até depois.
Depois disso ele me perguntou o que havia acontecido comigo já que no outro dia eu não tinha aparecido em suas casa, respondi que estava doente e para provar que eu não estava-o evitando retribuí o seu beijo rapidamente e só me senti mal por um momento.
Aos 16 anos continuamos com nossas curiosidade mas ele foi mais além.
— Minha mãe não está em casa hoje.
— Que foi? Quer virar a noite.
— Eu quero virar a noite com você — ele fala isso e sobe em cima de mim.
— O quê?
— Eu vi, os meninos da sala me monstraram como se faz, era uma mulher no vídeo mas como você é ômega… não deve ser diferente, eu até pesquisei sobre isso e comprei camisinha.
— T-T-tudo bem… — seu jeito meigo de falar com cuidado me fez aceitar seu pedido, além de que eu também queria aquilo apesar do risco de eu poder ficar doente.
E assim nós tentamos mas foi instantâneo, ao tentar colocar rapidamente sobiu um enjoo na minha cabeça e comecei a vomitar, depois disso eu falei que não podíamos continuar com isso e me afastei, foi melhor do que dizer que eu estava com "nojo" dele. E desde então nós nunca voltamos a ser o que éramos, continuamos a nossa amizade mas nunca foi da mesma forma, isso me deixa com arrependimento até hoje por que fui eu que começou com isso tudo e eu dei um fim mas a amizade qur a gente tinha ainda me faz falta.
Quando terminou a aula Claire chamou eu e Wendell para o refeitório.
— Oi Ariel, alguma sorte nas entrevistas? — perguntou ele.
— Nada por enquanto, se continuar assim eu não vou conseguir terminar a faculdade, vou ter que trancar…
— Olha, eu já disse que qualquer coisa você pode trabalhar na empresa do meu pai, você sabe disso.
— Obrigada, mas eu tô bem — recuso sua proposta novamente, por culpa? talvez ainda…
— Wendell eu sei que você é um alfa então você já dormiu com ômegas? — Claire era uma amiga de não muito tempo, ele sabia que eu e ele erámos amigos mas nunca contamos o que aconteceu para ela, consequentemente algumas vezes ela faz perguntar um pouco… desconfortáveis.
— Já. — ele responde.
— E como foi? Sentiu toda aquela parada de feromônios? Sabe é difícil pars um beta entrar nesse mundo.
— Bom, eu já controlo meus feromônios a muito tempo então, é como se você sentisse um cheiro em alguém, um cheiro bom, e cada um possui um diferente é como uma característica individual.
— Então que cheiro o Ariel tem? — olho para ele e ele me encara de volta.
— Ele tem um leve cheiro doce, como mel, mas não forte, agradável. — eu acabo corando levemente com sua resposta.
— E qual o cheiro dele Ariel?
— Pra falar a verdade eu não sei…
— Não sabe? Você já foi no médico? Você deveria sentir feromônios iguais a todos.
— Nem se eu liberar eles assim? — imediatamente sinto uma dor de cabeça e fraqueza nas pernas e uma leve ânsia de vômito.
Ao cair no chão imediatamente os dois levantam preocupados e o Wendell para de liberar feromônios.
— Tá tudo bem Ariel? — pergunta Claire preocupada.
— Estou sim.. — respondo meio abafado com a mão na boca — eu só preciso ir ao banheiro rapidinho… Com licença…
Ando rapidamente para o banheiro, ao entrar dou um grande suspiro e lavo bem o meu rosto para me recuperar.
— Claire está certa, eu preciso de um médico urgente, a última vez foi quando eu descobri ser ômega, eu preciso superar esse trauma…
Saio do banheiro e me sento em uma cadeira no jardim da faculdade, alguém senta do meu lado.
— Eu me limpei dos feromônios. Você está bem?
— O-obrigada, estou bem agora…
— Posso fazer uma pergunta?
— Claro, fique à vontade.
— Você tem nojo de mim?
— O quê? — falo alto por um momento — claro que não, isso é ridículo…
— Então eu estou louco? Isso não pode ser uma coincidência… Toda vez que eu tento avançar isso acontece.
— Avançar?
— Sim, como nas vez em que a gente se beijo, e na outra vez, você ou ficava doente ou parecia enjoado, tem certeza de que não tem nojo de mim?
— Tenho certeza, isso não é por que eu quero, eu gosto de você, a um ponto em que eu também tentei te beijar mas eu não sei por quê isso acontece comigo. Olhe, quando eu cresci eu tentei também ficar com outras pessoas, mas eu sentia o mesmo não importa quem fosse.
— E você já foi ao médico?
— Você sabe que eu tenho trauma de médico desde que eu descobri ser ômega.
— Por causa da separação dos seus pais? Aquilo não foi culpa sua.
Fico em silêncio.
– Promete que vai ver o médico? Você precisa descobrir o que está acontecendo.
— Prometo – dou um longo suspiro mas concordo, já está na hora superar.
Me despedi dele e fui para casa me arrumar para outra entrevista.
Era uma empresa famosa na área de desenvolvimento de jogos que eu nunca havia tentado entrar, afinal, só entra lá quem tem os melhores currículos, mas por conta das pessoas falarem tão bem eu decidir tentat uma vaga. Ao ser entrevistado me supreendo que quando eu entrei ninguém ligou para o fato de eu ser um ômega, nem mesmo na porta havia qualquer olhar sobre mim, como se eu fosse só mais um, e isso apesar de que era pra me aliviar, me causou estranheza, já que isso nunca havia acontecido.
— Obrigada senhor, retornaremos em breve.
— Obrigada — fui apertando a mão de cada mas no final senti um aperto de mão mais forte — Ai! — gemi de dor.
Olho para quem era e me surpreendo em ser o cara que tinha dormido comigo hoje, me viro e vou embora rapidamente.
— Espera — ouço sua voz me chamando, a mesma voz que falou docemente comigo ontem à noite.
— Sim? — meu corpo simplesmente respondeu.
— Me siga.
— Certo… — me sinto completamente desconfortável com o silêncio enquanto caminhávamos pelo corredor da empresa mas não me atrevi a fazer nada para que isso mudasse.
Ele entra numa sala e fecha a porta atrás de mim, a sala era grande e possuia enormes janelas, era uma empresa magnífica.
— Por que veio aqui?
— Por quê? Para uma entrevista de emprego?
— Você olhou o meu cartão?
— Olha foi realmente bom mas eu não quero me envolver com ningu…
— Olhe o meu cartão.
Pego o cartão da minha bolsa e leio.
— Alejandro Min Hoo, você é coreano? Não parece.
— Sou filho de coreano e americano, leia o resto.
— Precidente Alejandro das empresas Min Hoo…
— Então…
— Me desculpe senhor. Eu não sabia que o senhor era o presidente, eu não pretendia vim aqui para isso que o senhor está pensando, eu não vi seu cartão de visitas eu só estava atrás de um emprego…
— Eu acredito em você. Se você soubesse então acho que não teria vindo aqui.
— Sinto muito…
Silêncio…
— Vá para casa.
— Sim senhor — ao sair sinto um peso descarregando do meu corpo, como pude cometer esse engano com um homem de um cargo tão alto eu devo ter ficado maluco mesmo!
Mas o que eu achava que não podia piorar acabou piorando.
Se passou uma semana desde o ocorrido e ao atender meu celular aconteceu o inesperado.
— Ariel certo?
— Sim?
— Então você passou na entrevista……
O QUÊ?