O escritório de Lucas Almeida estava silencioso, exceto pelo som das teclas de computador e do vento que soprava pelas janelas altas. Sofia Monteiro entrou, equilibrando a câmera e o caderno de anotações. Sabia que aquele encontro não era apenas profissional. O clima carregado no ar lembrava o último evento: cada gesto, cada palavra, cada olhar parecia calculado para provocar tensão. Lucas ergueu os olhos de um contrato importante, seu olhar cravado nela com intensidade quase dolorosa. — Você chegou cedo — disse ele, a voz grave, carregada de ironia. — Não sei se deveria elogiar ou desconfiar. Sofia manteve a postura firme, apesar do coração disparado. — Apenas cheguei no horário — respondeu, com firmeza, tentando não demonstrar nervosismo. — O horário não é seu problema. — Não? — Ele s

