A Linha que Queima

1078 Words

O silêncio entre eles parecia mais alto que qualquer grito. Sofia ainda sentia o gosto do nome dele preso à garganta, e o corpo inteiro vibrava como se a pele guardasse memória de cada toque, de cada súplica contida. Lucas a observava com os olhos escurecidos, o peito subindo e descendo rápido, os dedos crispados ao lado do corpo — como se lutasse contra o impulso de segurá-la de novo. — Diz alguma coisa… — a voz dela saiu rouca, quase um pedido. Lucas riu baixo, sem humor. — O que você quer que eu diga, Sofia? Que eu perdi o controle? Que te quero de um jeito que me irrita? Ela desviou o olhar, mordendo o lábio. — Você sempre transforma tudo em jogo. — E você sempre foge quando percebe que está ganhando. Os olhos dela voltaram para ele — furiosos, feridos. — Isso não é uma disputa.

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