No dia seguinte, John me levou para casa. O silêncio no carro era sufocante, carregado de tudo o que havia acontecido, e de tudo o que não estava sendo dito. Eu olhava para fora da janela, meus pensamentos rodando em um turbilhão enquanto tentava organizar as emoções confusas que me consumiam. Quando o carro parou em frente à minha casa, respirei fundo e olhei para ele, o peso da nossa nova realidade pairando entre nós. — Eu não vou contar nada — murmurei, minha voz baixa, mas firme. Não olhei diretamente para ele, porque sabia que, se o fizesse, minhas emoções poderiam transbordar. — Isso fica entre nós. John não respondeu imediatamente. Ele apenas me olhou, o olhar intenso que eu já conhecia tão bem, como se estivesse analisando cada palavra, cada gesto. Finalmente, ele assentiu leveme

