Capítulo 02

982 Words
Isabela De Lucca A pasta que estava em minhas mãos juntava todas as informações que a máfia tinha juntado no último ano sobre Kade e seu passado, ele não tinham se aprofundado nem um pouco e tudo o que tinha ali era raso demais. Grunhi, eu mesma teria que procurar saber. Queria saber do meu pai, queria ver se isso me levava até ele, queria olhar dentro dos olhos de Carlo e perguntar o motivo dele ele ter nos tratado com tão pouco caso. Eu não aguentava essa sensação de abandono que parecia crescer a cada dia mais no meu ombro. Eu queria gritar com Carlo, queria que ele me explicasse o porque ele não nos queria de jeito nenhum, porque eu fui a sua filha menos favorita e por qual motivo ele amou mais a Kade que a mim e as minhas irmãs. Kade não tem culpa de nada, não tem culpa do pai horrível que temos e menos ainda tem culpa de toda a merda que aconteceu conosco, mas meu pai tem. Eu sei que a vida nunca vai ser fácil para ninguém, eu sei que as coisas que aconteceram tiveram algum propósito e eu sei que tenho pessoas que me amam do meu lado, mas nunca vou entender o motivo da pessoa que deveria me amar, me rejeitar tanto, como se eu não valesse nada. Eu nasci dele, eu era a sua filha, o que eu tinha de tão r**m para que ele não criasse o mínimo de afeto paramim? Eu bufei, deixando a pasta de lado, tentada a procurar qualquer coisas que fosse. Peguei um bloco e uma das inúmeras canetas de Vicent — que eu, sinceramente, não sei para que ele precisa de tantas — e comecei a anotar informações que eu pudesse julgar importante. Eu sei que poderia ter acesso a essas informações quando quisesse, mas ainda sentia uma necessidade de deixar tudo guardado em algum lugar. Anotei seu nome completo, sua idade, data de nascimento — ele nasceu antes de mim e de Nina —, cidade de nascimento e algumas informações mais avulsas, como familiares avulsos, qualquer um que pudesse me dar um norte. Ainda esperava que isso me levasse a algum lugar ou a localização do meu pai, e sentia que isso podia mesmo acontecer — mesmo que eu não entendesse o motivo da minha intuição estar gritando tanto isso, mas eu tentaria ignora-la, meu pai era inteligente demais e eu sabia disso e era por esse motivo que eu sabia que ninguém o encontraria tão rápido. Grunhi, me levantando da mesa. Podia escutar o chorinho de Mathew em algum lugar da casa — ele estava com a babá. Andei até a saida com a página rasgada em minhas mãos e andei até o meu quarto, enfiei na mesinha de cabeceira que ficava do meu lado da cama e sai do meu quarto. O quarto de Mattew era perto do meu, abri a porta com delicadeza, observando a babá tentando ninalo por alguns segundos. Eu costumava observar quando elas não viam, queria ter a certeza de que o meu filho seria bem cuidado e que ele teria um lar maravilhoso e bem construido. Sabia que algumas pessoas não tinham sorte com babás e queria que elas fossem para Mattew o que eu sou, não exijo que elas sejam mães dele, mas quero que eles sejam protegidos enquanto eu não estiver aqui. — Oi, pode deixar comigo agora. — Murmurei. Mattew sorriu e se jogou nos meus braços, seus olhos estavam cansados e ele esfregou o rostinho' na minha blusa. Me sentei na poltrona e puxei a blusa para cima, revelando o meu seio. Ele abacanhou e sugou com força, dei um sorrisinho' e acariciei suas bochechas vermelhas. Fiquei ali até que ele pegasse no sono e somente uma hora depois ele soltou o meu peito, me levantei tomando bastante cuidado para não acorda-lo, andei calmamente até o berço e o depositei ali, puxei uma mantinha' sobre o seu corpo e beijei sua testa. Liguei a babá eletrônica e sai do quarto com cuidado, dando de cara com Vicent. — Podemos conversar? — Ele perguntou, parecendo um pouco chateado. — Claro, aconteceu alguma coisa? — Vamos ao meu escritório. — Ele se virou, andando a passos rápidos. Admito que eu estava bastante preocupada jáque ele parecia bastante preocupado também. Andei atrás dele tentando ser rápida e quando entrei no escritório, bati a porta com força. — Você sabe que eu liberei você para investigar sobre o seu irmão ontem e eu sinto muito, mas vou ter que pegar todos os arquivos. — Ele disse, suspirando. Ele pegou a pasta, enfiando em sua bolsa. — Porque? O que aconteceu? — Perguntei. — Aparentemente, precisamos descobrir algumas coisas mais a fundo, algumas pessoas estão contra Vicent e tem algumas coisas que precisamos descobrir, ou tentar... — ele disse, passando a mão na testa. — Como? Ele fez um silêncio por alguns segundos, respirando. Ele estava nervoso e não queria dar explicações, eu o conhecia, mas ele precisava me dar as informações. — Coisas como... como a minha mãe sabia dele? Como o encontrou? — ele disse, explicando. — E mais algumas outras coisas, não quero explicar sobre isso, estou muito cansado. — Eu entendo... — suspirei. — Eu juro que quando tudo terminar, eu deixo você fazer o que quiser, tudo bem? — Ele murmurou. — Sim, amor. — Eu me aproximei dele e o beijei. — De qualquer maneira, você tentou, obrigada. — Você é maravilhosa. — Ele sussurrou. — O que eu fiz para conhecer essa mulher maravilhosa? — Hmm, não sei também, viu? — Brinquei. Ele segurou a minha b***a e me beijou. É, acho que posso conviver com o fato de que vou ter que esperar por mais algum tempo. Acho que posso aguentar. — x — Me sigam no insta, nenéns.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD