34. Mariana

1325 Words

Marreco estava deitado de lado, apoiado no braço, olhando pra mim como se estivesse estudando cada detalhe do meu rosto. Eu, encolhida dentro da camisa larga dele, tentava fingir costume, mas cada vez que os olhos dele me prendiam, meu peito se apertava. — Cê pensa muito, né? — quebrou o silêncio, a voz baixa, rouca, como se tivesse medo de espantar o momento. — Não sei parar de pensar. É como se minha cabeça não desligasse nunca. — Suspirei, olhando pro teto. — E o que tá martelando agora? — No futuro. No que vai ser da minha vida. No que vai ser da vida dele. — Demorei alguns segundos antes de responder. Minhas mãos instintivamente foram até a barriga, acariciando o volume que crescia. O olhar dele acompanhou o gesto. Houve uma pausa pesada no ar, como se cada palavra que viesse d

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