Capítulo 2❤

1674 Words
Anos antes Marcos Pollo  A primeira vez que meu pai me falou que ia me levar em sua fazenda, logo fiquei todo animado, amava saber que teria animais para eu brincar. Logo que cheguei na fazenda fui apresentado a doce Julieta, senti meu coração bater mais rápido, com apenas meus 10 anos de idade, não sabia bem o que era amor, porém, mesmo assim meu coração pulava desenfreado, como se ficar perto dela fosse a melhor das alegrias que um garotinho de apenas 10 anos poderia ter. Meu pai tinha um canivete em seu escritório e eu sabia onde o mesmo guardava, ele só não sabia que eu sabia onde era seu esconderijo e então eu peguei escondido e quando Julieta e eu saímos e sentamos embaixo de uma grande arvore, comecei a riscar seu tronco. —O que você está fazendo, Marquinhos? Você vai acabar se cortando com isso. Dou um sorriso de lado  —Calma, só vou gravar nossos nomes aqui. —Sério? Para de graça, sua letra é feia, vai estragar a pobre árvore. —Olho pra ela com a cara fechada e a mesma solta uma gargalhada. —É brincadeira, bobo! Deixa eu te ajudar! — E assim passamos alguns minutos mais rabiscando o tronco da pobre árvore e no final de nossa arte, olho-a e sinto algo nunca sentido antes daquele momento. —Promete pra mim, Julieta... —Pego suas delicadas mãos nas minhas.— Promete que nunca vamos nos separar e que vamos crescer, nos casar e teremos vários filhos...  Ela me olha como se eu fosse um e.t. e depois solta uma gargalhada. —Somos muito jovens pra pensar nisso, você não acha?  —Eu não acho. —Respondo emburrado, eu já tinha certeza de que casaria com ela, ela era o amor da minha vida, igual eu escutava as pessoas falarem tantas e tantas vezes.— Eu tenho certeza de que você será minha esposa e eu nunca, nunquinha vou te deixar. Eu prometo! —Digo olhando em seus olhos. — Me prometa, Julieta, que nunca vai me deixar, aconteça o que acontecer, por favor! —Tá, tá... Eu prometo. —Ela revira os olhos e depois mostra seu dedo mindinho. — Juro de dedinho que nunca vou te deixar e quando formos grandões, serei sua esposa. Sorrio e selo nossa promessa olhando para nossa arte na grande árvore.     Marcos e Julieta pra sempre ♥️ Atualmente Julieta Passo a mão sobre nossos nomes, aquela árvore significava o centro do universo pra gente, ela era o centro da promessa que havíamos feito ainda crianças, a promessa de que nunca nos separaríamos. Eu seria para sempre sua Julieta e ele seria para sempre meu Marcos. Olho para a estrada de terra e vejo meu menino andando até onde estou, seu semblante não é dos melhores e isso me faz pular do galho onde estou e correr até ele. —Marcos, o que houve, meu amor? Porque está com essa cara? —Pergunto preocupada, ele não diz nada, só me abraça e me dá um beijo terno na testa. —Minha mãe... —Ele diz passando a manga da camiseta nos olhos, na vã tentativa de enxugar as lágrimas que escorriam por sua face. —Ela... Passou mau, de novo... E pelo que o médico falou, o caso dela não é dos mais facies, seu coração esta fraco... Ele... Ele... —Ele não consegue terminar de falar, eu só o abraço mais forte.  Eu não gosto da Dona Cassandra, ela é uma megera de marca maior, a pior pessoa que eu conheci na minha curta vida, ela tinha o prazer de humilhar as pessoas e seu passatempo favorito era me humilhar. Porém, isso não quer dizer que eu desejo seu m*l. —Sinto muito, querido. —Abraço-o mais forte. —Ela ainda está no hospital?  Ele se afasta do meu abraço e me puxa de volta para onde eu estava sentada e se senta na minha frente, pega minhas mãos e começa a brincar com meus dedos nervoso. —Sim... Meu pai ficou com ela, eu só vim rapidinho conversar contigo... —Ele me olha nos olhos, sinto um arrepio na espinha, eu não sei muito sobre "conversas tensas", mas essa bem que me parece tensa.— Você sabe que o sonho da minha mãe sempre foi me ver formado em medicina, certo? Olho-o confusa —Sei sim, mas você nunca quis largar a fazenda e ir morar na cidade grande... —Isso mudou, Julieta. —Eu não estava entendendo bulhufas do que ele estava querendo dizer com isso.— Vendo minha mãe naquela cama de hospital, me fez refletir... Eu estou sendo egoísta, Julieta, eu só estou pensando em mim, no que eu quero, eu nunca parei para pensar no que a minha mãe desejava, que o que ela desejava seria somente o melhor para mim, para todos nós. —Meus olhos começaram a encher de lágrimas, onde diabos ele queria chegar com essa conversa sem pé nem cabeça? —Eu tomei uma decisão e espero que você entenda e me perdoe. —Ele levanta e vira de costas. —Vou morar no Rio de Janeiro e cursar medicina. As lágrimas até então contidas rolam livremente por meu rosto, eu deveria estar feliz por ele está indo até a capital e estudar, mas eu não estava, ele estava indo fazer o que a egoísta da mãe dele queria, ele me deixaria, ele nem ao menos pensou em nós! —E eu? —Não consigo conter a pergunta. —Vai me deixar? Nossa promessa não valeu de nada? —Pergunto destruída.  Ele me olha e me abraça, afundo minha cabeça em seu peito, sentindo, talvez, pela última vez seu cheiro, o único cheiro capaz de me acalmar em dias ruins. —Calma, meu amor, eu vou, mas eu volto. —Ele me abraça mais apertado. —Volto para sentir teu cheiro, vê seus lindos olhos iluminando meus dias novamente e principalmente para cumprir minha promessa, eu nunca vou te deixar, meu amor!— Eu queria acreditar em suas palavras, queria confiar cegamente no que ele estava prometendo, mas o medo e a insegurança me corroíam por dentro.  —Eu vou estar aqui te esperando. —Digo em um fio de voz  —Pode esperar, meu amor, eu voltarei, eu te terei novamente em meus braços.  Nós nos beijamos como nunca havíamos feito antes. —Eu te amo, meu menino! —Digo enquanto ele me puxa por entre as árvores e me deita sobre o gramado. Marcos Dispo-a com todo cuidado e carinho, ela era minha e de mais ninguém. Olho no fundo de seus olhos pedindo por sua permissão, era nossa primeira vez e eu não queria machuca-lá seu seria o cavalheiro de armaduras douradas que ela tanto sonhava . —Se você não quiser continuar, eu posso parar e,... — E antes que eu possa continuar ela me tasca um beijo de tirar o fôlego e eu entendo perfeitamente o que aquilo significava. —Me ame, leve esse momento como uma forma de lembrar-se de mim. — Sem mais nenhuma palavra, tiro o preservativo da minha carteira, coloco e começo a penetra-la devagar e com cuidado  —Se estiver doendo ou quiser parar, me fale! —Digo parado.— Você quem manda, ao seu sinal paro tudo... —Está um pouco incomodo, mas, esta tudo bem, continue. —Ela diz com os olhos fechados. Empurro mais um pouco dentro dela. —Ah... Ah... Eu te amo... Te amo tanto que chega a doer... —Ela falava meio gemendo e meio chorando. —Eu te amo, minha doce Julieta! —Grito chegando ao ápice do prazer Deito ao seu lado, nosso momento de prazer passado e a agora eu a olhava dormindo em meus braços, essa seria a visão que eu levaria comigo o tempo em que eu estivesse na tortura que era a cidade grande, eu levaria a visão do meu porto seguro comigo, a menina que deixei meu coração. —Eu vou voltar, minha vida, vou voltar para seus braços.— Digo beijando sua testa. Laura Mais uma vez eu olhava o relógio, não saber onde ela estava me deixava angustiada, eu tenho medo de onde isso tudo pode acabar, a história não pode se repetir, não com minha filha, eu não suportaria vê-la sofrer como eu sofri, não é justo com minha pequena. Ouço o trinco da port virar e vejo-a entrar  —Até que enfim você chegou!— Digo olhando-a tirar as botas de montaria e coloca-las no cantinho. —Onde você andava? E porque está toda descabelada? —Ela me olha assustada, apesar das botas de montaria, eu sabia que ela não estava cavalgando, Julieta era ótima em cavalgada e nunca chegava nesse estado em casa.— Fala, Julieta.  —Eu... —Ela trava por alguns segundos. —Bom , eu estava cavalgando. —Sei... —Olho-a desconfiada. —Estava com ele, não estava?  —Claro que não! —Responde rápido demais, assim como sempre vazia quando estava nervosa e mentindo, ela estava com ele.  —Não minta pra mim, Julieta, sou sua mãe, sei quando mente pra mim! —Ela abaixa a cabeça. —Filha. —Puxo-a para mim. —Quantas vezes num já te avisei, ele não é o garoto certo pra você. Ele só está se divertindo, ele só quer saber a sensação de pegar a empregada, é aquele velho clichê, patrão e empregada, isso nunca irá acabar bem, ele só quer brincar com seus sentimentos, meu bem.—Tudo que eu mais temia estava acontecendo, o passado estava se repetindo, era como ver o passado batendo na minha porta para me assombrar. —Ele me ama, mamãe e eu também o amo. —Ela diz se afastando. — Isso ninguém conseguirá mudar. — Era perda de tempo discutir com ela, ela já estava apaixonada e a única coisa que eu podia fazer era rezar, rezar para que o desfecho dessa história não ser tão r**m quanto a de anos atrás.
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