Avery Fiquei sentado no pub, esperando a Ali aparecer. Fazia tempo que eu não ficava tão nervoso por causa de uma mulher — e eu nem sabia exatamente o porquê. Tê-la visto por alguns minutos no café havia sido o suficiente para transformá-la em uma espécie de figura mítica na minha mente. Eu me perguntava se a mulher real estaria à altura da imagem que construí. Ou se a minha imaginação tinha ido longe demais a ponto de ninguém conseguir se comparar. Mas não precisei esperar muito. Ela entrou rapidamente pela porta, com o cabelo preso em um coque bagunçado e as bochechas coradas pelo frio. Do lado de fora, o vento assobiava pelas ruas, naquele jeito peculiarmente irlandês. O pub ficava um pouco abaixo do nível da calçada, então ela precisou descer dois degraus curtos. Era um lugar antigo

