Narração de Muralha
Dentro do barraco da 27, o clima parecia pesar mais a cada segundo. O Fênix tava lá, encostado numa mesa, com aquele sorriso irritante que só servia pra alimentar minha raiva. Ele não parecia se abalar com os gritos e tiros que vinham lá de fora.
— Então, Muralha, veio aqui resolver as coisas como homem? Ou vai mandar seus moleques fazerem o trabalho sujo? — ele provocou, cruzando os braços.
Ri de leve, mas foi um riso seco, cheio de desprezo.
— Eu mesmo faço o serviço quando o problema é grande. E você é um problema que passou do limite.
Ele levantou as mãos como se não entendesse.
— Problema? Só porque eu olhei pra sua mulher? Relaxa, parceiro. Tem muita mulher no morro. Eu só quis mostrar que você não é intocável.
Dei um passo na direção dele, a arma ainda na
