Em um dia qualquer de sua infância.

524 Words
Canora era apenas uma menina de 9 anos de idade linda e cheia de timidez. Vivia com os pais e irmãos. Moravam em um bairro simples e próximo de outros familiares. Ela era a única menina daquela rua. A timidez começou a aumentar quando um Jovem, que morava na mesma rua a viu brincando sozinha na calçada e veio se sentar próximo dela. - Hum, seu peitinho já tá crescendo - disse ele já passando a mão de leve sobre a blusa dela. Assustada, Canora imediatamente levantou-se e seu rosto enrubesceu instantaneamente. Ela ficou tão assustada que não conseguia falar nada para se defender. Apenas foi imediatamente para casa, em silêncio porém assustada, pensando o que foi aquilo. A partir daquele dia Canora decidiu que não usaria blusas justas no corpo. Sempre que ela saia de casa, buscava cruzar os braços para que ninguém observasse o crescimento de seus s***s. Certa vez, ao sair da escola, no caminho longo de volta para casa, Canora estava se sentindo cansada e resolveu se sentar numa pedra grande à beira do caminho para comer o que sobrou da merenda. Então, um primo seu, com cerca de uns 13 anos segurou seus braços a força enquanto tentava passar a mão em suas pernas. Canora tentava se soltar e não conseguia então, deu uma mordida na mão do garoto e conseguiu escapar. Diante de várias situações como essa, Canora ia se fechando cada vez mais. Em todo local que ela ia, em seu bairro, tinha alguém vigiando-a e fazendo algum comentário sobre seu corpo. Ela se sentia na obrigação de se esconder cada vez mais, tentando diminuir a vergonha que ela sentia. Assim foram se passando alguns anos da vida de Canora. Presa dentro de si. Ela não entendia por que aquilo estava acontecendo, mas sentia que era errado. E conforme ela ia crescendo, nada ia melhorando, e ela não sabia como resolver tudo isso. E ela se sentia vigiada constantemente. Quando ela já era adolescente, os assédios foram crescendo de diversas formas. A liberdade dela era roubada constantemente por um primo e um tio. Tanto no caminho da escola para casa quanto no momento do banho dela, a situação ia sempre se tornando cada vez mais sufocante. Então, ela entrava em seu quarto, sofria com tudo isso, não conseguia fazer amigos na escola e tinha problemas dentro de casa provenientes de qualquer adolescente. Era nos estudos que ela conseguia se afastar da realidade que era sua vida. Ela tinha que fingir que nada acontecia pois tinha medo da reação de seus pais quando soubessem de tudo que vinha acontecendo. "Será que meus pais vão achar que a culpa é minha? E se meu pai brigar com o irmão dele e acabar em morte? Será que vou ter que casar com ele?" A cabecinha dela era pura confusão. Todos os dias as lágrimas rolavam constantemente em sua face. Seu coração doía e ela não sabia a quem recorrer. Já com 15 anos, Canora sonhava encontrar alguém que pudesses ajudar, foi então, que percebeu que sempre que ela desabafava e chorava, alguém a escutava. Ela percebeu que não estava sozinha.
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