Capítulo- XLIII. Fatos frescos 2 " Sou a campina que te convida para deitar na relva fresca." Cadu Ergo-me da cadeira a fim de pegar outra caixa de carvão para desenho. Não sei o que está acontecendo com os meus nervos — eles não me abandonam; nesta noite sequer consegui dormir, rolando na cama de um lado para o outro, cheio de raiva, e com a imagem do rosto dela, enquanto passeávamos no jardim, bombardeando minha cabeça. Não é só essa imagem: também vem à tona o nosso noivado, o beijo, o jeito como ela me olha, o delineado dos seus lábios, os traços delicados do seu rosto, o cabelo comprido, o seu cheiro e a forma como desperta a minha fome masculina. Escuto passos no corredor e não demora muito para alguém bater à minha porta; pelo jeito sutil e polido, sei que se trata da minha mãe.

