Capítulo-XII. O silêncio de quem sofre. " Existe almas sem corpos e corpos sem alma; Existe corações mortos que pulsam e corações vivos que não batem. A vida é repleta de coisas que não nos é dado o entendimento. " Cadu Abro os olhos e a primeira sensação que invade meu ser é a chuva de vento que se infiltra pelas frestas da janela. O aroma da terra molhada permeia o ambiente, e por um breve momento, sinto que tudo ao meu redor está vibrando, pulsando. Mas é apenas o mundo tentando me arrancar de mim mesmo . Minha pele se arrepia, não por temor, mas por uma lembrança do que sou — ou do que a fera dentro de mim representa. Casar com uma nativa de Igarapé. Essa ideia ainda me arranha por dentro. Não gosto nem um pouco dessa narrativa. Não consigo vislumbrar beleza, encanto ou destino

