Filipe Narrando
Quando meus dedos encontraram o calor úmido, molhado, pulsando sob o tecido fino, pensei que fosse perder o controle do carro ali mesmo.
Nove anos. Nove anos de convivência profissional, de reuniões, de prazos, de ver aquela boca séria concentrada em uma apresentação, aqueles olhos inteligentes analisando um gráfico. E em todos esses anos, o que eu mais desejei estava aqui, agora, tremendo sob meu toque, mais real e mais proibido do que qualquer fantasia.
Ela gemeu. Um som abafado, rouco, que foi direto para o meu paü, deixando-o latejante e duro contra a costura da calça. O corpo dela arqueou no banco, um movimento involuntário de entrega que quase me fez encostar o carro naquele instante.
Mas eu não sou um garoto. Sou um estrategista. E a estratégia exigia um local melhor.
— Relaxa — minha voz saiu áspera, dominante, enquanto tirava a mão dela por um momento, apenas para colocar o carro em movimento novamente. — Isso aqui é só a introdução.
Coloquei uma mão no volante, a outra voltou imediatamente para sua coxa, encontrando o caminho de volta sob seu vestido sem hesitar. Desta vez, fui direto. Empurrei o tecido da calcinha para o lado e meu dedo médio encontrou seu c******s inchado e sensível. Ela soltou um gritinho, as mãos agarrando o assento.
Dirigi com o pé no acelerador, desviando do trânsito principal, minha atenção dividida entre a estrada escura e a textura aveludada e quente sob minha ponta dos dedos. A cada curva, eu pressionava. A cada reta, fazia um círculo lento. Ela se contorcia, tentando manter os gemidos baixos, mordendo os lábios. A visão era das mais depravadas e das mais lindas que já vi: Jaqueline, minha gerente impecável, sendo desfeita aos poucos por um único dedo meu, sob as luzes neon da cidade.
— F-Felipe… para… — ela tentou, mas o tom era de súplica, não de ordem.
— Mentira — respondi, acelerando para entrar na garagem subterrânea de um edifício comercial moderno. Tinha reservado o espaço há uma semana, sem saber exatamente por quê. Talvez já soubesse, no fundo, que o Natal me deixaria desesperado o suficiente para isso. — Você não quer que eu pare. Você quer é saber como termina.
A cancela subiu. Desci até o último subsolo, um nível deserto, apenas com luzes de emergência criando poças de sombra. Estacionei longe das câmeras, em um canto escuro onde a única luz vinha do painel do carro. Desliguei o motor. O silêncio foi absoluto, quebrado apenas pela respiração ofegante dela e pelo sangue pulsando em meus ouvidos.
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, apertei o botão no console. O banco do passageiro reclinou-se suavemente, deitando-a para trás. Um suspiro de surpresa escapou de seus lábios.
Sem tirar o dedo dela — agora sentindo sua umidade escorrendo pela minha mão — me virei completamente no banco, meu corpo pairando sobre o dela no espaço apertado. Com a mão livre, agarrei a barra da calcinha dela. Olhei nos seus olhos, enormes e escuros no semi-escuro.
— Essa aqui atrapalha — declarei, e com um puxão seco, o tecido rendado rasgou. O som foi obsceno. Ela arfou.
Joguei o pedaço de tecido no banco de trás. Agora, nada separava minha mão dela. Coloquei meu dedo de volta, mas não no c******s. Desta vez, desci. Encontrei sua entrada, quente, estreita, pulsante. Apertei a ponta do meu dedo contra ela.
Ela gemeu mais alto, seus quadris se levantando do banco.
— É aqui que eu sempre quis estar, Jaqueline — confessei, minha voz um rosnado baixo de possessividade pura. — Nos últimos três anos, toda reunião, todo e-mail, todo “bom trabalho” que te dei… era isso aqui que eu realmente queria te dar.
E então, empurrei meu dedo para dentro dela.
Ela estava apertada. Quente. Um úmido perfeito que envolveu meu dedo como um aperto de veludo. Seu corpo inteiro estremeceu, um longo gemido saindo de sua garganta. Seus olhos se fecharam.
— Abre os olhos — ordenei, começando a mover meu dedo, uma penetração lenta e profunda. — Quero que você me veja te comendo.
Ela obedeceu, os olhos vidrados, a boca entreaberta. Comecei a estabelecer um ritmo, entrando e saindo, sentindo suas paredes internas se contraírem em torno de mim. Com o polegar, encontrei seu c******s novamente, pressionando e circulando em sincronia com os dedos.
— O seu presente de Natal — continuei, observando cada reação em seu rosto — é essa noite. É meu paü, que tá doendo pra te possuir. É essa bøceta linda e escondida, que a partir de agora vai saber que é minha.
Meu ritmo aumentou. Os sons dentro do carro eram primitivos: a respiração ofegante, os gemidos abafados dela, o som úmido e sujo dos meus dedos entrando e saindo. Ela estava perto. Eu via em seus olhos, na tensão de seu corpo, na maneira como seus dedos se enterravam no couro do assento.
— Vai, princesa — incentivei, acelerando o toque do meu polegar. — Gøza na minha mão. Me mostra o presente que você tem pra mim.
Não foi preciso mais. Um tremor violento a percorreu. Seu corpo arqueou, um grito abafado escapou enquanto ela se contraía em torno do meu dedo, uma onda de calor úmido envolvendo minha mão. Foi intenso, longo, quase convulsivo. Eu a sustentei, continuando os movimentos suaves até que o último espasmo a deixasse.
Ela desabou no banco, ofegante, os olhos marejados, totalmente desfeita. Retirei minha mão, lentamente, e levei os dedos à boca, limpando-os sem quebrar o contato visual. O sabor dela era adocicado, salgado, viciante.
Ela assistiu, chocada, excitada.
— Isso — disse eu, a voz rouca de desejo — foi só o aperitivo.
Desabotoei minha calça, aliviando a pressão agonizante. Ela viu o volume, e seus olhos se arregalaram.
— Meu sonho — continuei, me inclinando sobre ela, minha boca a centímetros da dela — é te ver sentada nisso. É ver você por cima de mim, com esse vestido vermelho subindo, seus cabelos escuros caindo sobre os ombros, seus olhos fechando de prazer enquanto você desce, devagar, até me tomar todo. E então… te ver gemendo gostoso enquanto eu seguro seus quadris e meto fundo em você, até você esquecer seu próprio nome.
Passei a mão pela sua boca inchada.
— Esse é o Natal que eu quero. Você. Sua entrega. Seus gemidos. Você tem coragem de me dar esse presente, Jaqueline?
Ela não disse nada. Mas sua mão, trêmula, se moveu. Subiu pelo meu braço, passou pelo meu ombro, e seus dedos se enterraram em meu cabelo, puxando meu rosto para o dela.
A resposta estava no beijo. Selvagem, faminto, desesperado. Cheio de nove anos de tensão não resolvida e do sabor dela que ainda estava na minha boca.
Era tudo o que eu precisava saber. O resto da noite — e talvez, quem sabe, muito mais — tinha acabado de ser decidido nesse banco do carro reclinado, em um estacionamento vazio, na véspera de Natal.
Continua...