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834 Words
— Eu sei e você provavelmente está certo como sempre. É que eu... eu... acho que posso estar apaixonada pelo Alex... Se alguém tivesse aberto a minha barriga para arrancar as minhas entranhas, não teria doído tanto. — Eu acreditava que não estava segura com ele. A realidade é que eu estava apaixonada. Não admiti porque tinha medo de me machucar. — Que? Eu queria mandar ela ir embora e me deixar em paz para que eu pudesse gritar e destruir tudo como um louco. Embora eu também quisesse beijar ele e contar tudo que eu sinto por essa idi*ota. — Tem certeza disso... Eu perguntei a ela de repente. — Se você sair agora, poderá esquecê-lo. Alguém como Alex não merece você. Você é muito boa, Lena. Eu disse, puxando-a para se deitar ao meu lado novamente. — Você é boa demais para qualquer um. — E se eu sou boa demais para alguém, o que devo fazer? Ficar sozinho para sempre? Eu tremi e a segurei com força contra o peito. — Nem sempre conseguimos o que queremos, mas às vezes podemos chegar bem perto. Ela aproximou as mãos do meu pescoço e, muito lentamente, descansou as palmas na minha pele e depois traçou a curva do meu queixo com os dedos e, finalmente, enterrou-os no meu cabelo. — Psique. ​​Eu disse e ela sorriu, levantando a cabeça para me olhar nos olhos. Era assim que eu a chamava às vezes, apenas quando estávamos sozinhos: não quero correr o risco de perder a minha melhor amiga. Ela não poderia fazer isso comigo, depois de me dizer que amava outra pessoa. Ela não poderia me tocar daquele jeito, cheirando a frutas cítricas e fingir que não sentia nada. Eu não era bom o suficiente para ela. No entanto, tudo que eu conseguia pensar era naquele idi*ota do Alex tocando e beijando a minha melhor amiga. Como se fosse dele, como se pertencesse a ele. Não era assim, Psique me pertencia ou era isso que eu sentia. Quão paradoxal foi isso? Eu a queria para mim, sem dar a ela o relacionamento que esperava. Sem tocá-la, ou beijá-la... Só alguém tão egoísta quanto eu poderia esperar algo assim. — Eu sabia. Ela negou, suspirando desapontada. — Não há um único garoto que seja digno de mim, deixando claro que isso é o que você acha, ou talvez eu não seja bonita o suficiente. Ela sorriu desapontada. — Sou uma menina, Eros, sei que você gosta de me ver apenas como mais um garoto do seu grupo. Mas eu não sou. Embora possa ser difícil para você ver, eu sou uma mulher. Eu queria saber como é ter alguém que se apaixona por você e te quer tanto que decide gastar todas as suas economias num quarto com uma jacuzzi idi*ota. Eu queria tocá-lo sem que ele me mandasse parar... O meu primeiro impulso foi dizer a ela que eu odiava o namorado dela, e que eu não estava disposto a tolerar o fato de que a primeira vez dela foi com alguém que estava simplesmente brincando com ela. Eu queria gritar com ela que ela era perfeita e linda. Embora como eu diria isso sem admitir que a queria. Desejo não é amor. Se eu a beijasse naquela noite, não seria capaz de dar-lhe o amor que esperava, o relacionamento com que ela sonha, e ela me odiaria por isso. Eu perderia a minha melhor amiga por uma fo*da. — Você o viu beijando outra. — Não precisamos concordar em tudo. E eu escolhi perdoá-lo. Ela evitou o meu olhar. — Além disso, ele nunca mais a verá. — Ele disse isso para conseguir o que queria. Ela descansou o rosto no meu braço e suspirou. — Você está esquecendo que sou homem e sei exatamente quais são suas intenções. Ele a verá novamente e você parecerá uma idi*ota. — Ele nunca mais a verá. — Você não pode saber. — Ele me pediu para morar com ele. Senti o meu corpo tenso e tive vontade de vomitar. — Morar juntos? Eu me senti pequeno, covarde. Uma parte de mim exigia que eu agisse, que não a deixasse ir. Por outro lado, eu estava com muito medo. Você não pode morar com ele, ele mora numa residência. Meninas não são permitidas. Ela balançou a cabeça e eu tive um m*au pressentimento. — Alex..., vai deixar a faculdade de direito. Não vou continuar nesta universidade, Eros. Eu irei com ele... — Você vai se casar com Alex? — Não sei, ele me propôs. Embora eu não tenha dado ainda a resposta. Segurei-a com força pelos pulsos, enquanto nos olhávamos nos olhos. Estávamos a apenas alguns centímetros de distância. Bastava me inclinar e quebraria a frágil barreira que nos separava. Então, eu a soltei e me virei, de costas para ela. Eu não queria que ele me visse chorar. Enxuguei as minhas lágrimas e disse: — Não me convide para o seu casamento, Lena.
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