Capítulo 5

1375 Words
Maísa se aproxima da mesa de Renata e comenta - amiga, que expressão boa... tá feliz, é? - ah... Nao, quer dizer, sim.. porque não estaria? - ela debruça os cotovelos sobre a mesa e brinca com uma caneta - ah, é... você tem que estar feliz. Vai viajar para Paris com um homem maravilhoso. - Renata a olha de lado - - aí, Maísa , fala isso como se eu fosse viajar a passeio e para t*****r! Chega amiga... vamos voltar ao trabalho antes que o Sr. Oliveira te xingue. - porque você é tão careta amiga? Relaxa... tava brincando.. - Renata revira os olhos - - brincando... eu sei.. agora vai.. beijos... - dá uma tchauzinho para amiga que volta para sua mesa. Renata continua seu trabalho até que Gustavo a chama em sua sala. - pois não, Sr? - entra na sala. - entre, e feche a porta por favor. - ele indica com as mãos. - Srta. Castro sente-se, preciso acertar com você alguns detalhes da viagem na sexta. - claro... - ela se senta e ajeita a saia. Gustavo da uma olhadinha rápida e disfarça, coisa de homem.. - - preciso que se prepare para levar alguns vestidos e casacos bem reforçados. Estará bem frio nos primeiros dias. E teremos dois eventos a noite para representar a empresa, então tem que estar elegante. - ele debruça na mesa de leve - - tudo bem.. mas eu esqueci de te contar um detalhe - ela serra os dentes - - o que houve? - ele fica rapidamente preocupado - eu tenho poucas roupas.. se lembra daquele incidente que comentei sobre meu passado? - sim.. lembro. - ele expressa - então, eu me mudei e não pude levar tudo que tinha, então preciso ver o que consigo com algumas amigas. - ele da uma leve suspirada - Srta. Castro , preciso que esteja realmente elegante - ele enfatiza - você sabe se vestir.. mas preciso que estejamos a altura dos eventos. Então não se chateie com o que vou dizer. - ele a encara - aí.. não vou poder ir mais? - ela muda a expressão rapidamente com medo - não, pelo contrário. - preciso que compre algumas roupas.. aliás.. compre o que achar necessário para estar à altura do evento. Não se ofenda por favor. Eu te darei a quantia que precisar. - mas... Desculpe Sr. Não posso aceitar isso. Eu devo comprar o que conseguir. Vou me virar.. - ela diz se levantando - - RENATA! - ele se altera um pouco - quer dizer, Srta, Castro... estamos entre amigos.. se lembra, não é? Por favor, não recuse. Estarei vendo isso como uma ofensa e claro, você não quer seu chefe bravo, não é? - bom... mas... - ele a interrompe - se lembre que isso será parte do seu trabalho, então não precisa se sentir m*l, ok? - ele pisca - - ok.. Sr. - ela diz ainda contrariada - se precisar, tire amanhã para fazer suas compras no período da manhã. - como quiser. - ela diz. - mais alguma coisa? - não não, pode ir. Renata Argh.. não acredito que estou me submetendo a ordens tão humilhantes. Eu vou ter que comprar roupas para mim a pedido do meu chefe, e com o dinheiro dele? Eu não acredito nisso. Sempre gostei de batalhar pelo meu. Como podem fazer isso comigo? Argh... e agora pra finalizar ele ainda pisca pra mim de novo. Eu não aguento esse homem gostoso, quer dizer, esse chefe! Preciso dar um jeito nisso. ———————————- Antes de partir, Gustavo deixa com Renata o cartão que ela usaria. Ela ainda não estava contente com essa situação, mas decidiu não contraria-lo, afinal, ela precisa do emprego e ainda estava no período de experiência. Na manhã seguinte, Renata foi comprar o que achava extremamente necessário. Ela demorando econômica, e quando se tratava de dinheiro de outra pessoa, ela era mais ainda. Chegou na empresa, com as sacolas, e foi para o escritório de Gustavo. - com licença, Sr. Já estou de volta. - apontou na porta. - olá, entre por favor. - ele se vira na cadeira. - eu já comprei tudo que precisava. - ela mostra rapidamente as sacolas. - tudo bem. Se quiser, pode deixar aqui mesmo. Depois você pode pegar aqui. - ele aponta para o canto da sala onde ela já deixa as sacolas. Eram 18:00, horário de saída de Renata. Ela caminha até a sala de seu chefe. - Posso entrar? - ela avisa - claro. - ele ergue o rosto atrás do notebook. - só vim pegar as sacolas e me despedir. - ela para de frente a ele. - tudo bem. Pode ir - ela se vira de costas - Renata... quer dizer.. Srta. Castro, se quiser eu te deixo em casa, não vai ser legal pegar ônibus com essas sacolas. - não precisa, eu agradeço. Mas já estou acostumada... - ela sorri de canto e sai. - tudo bem então.. até amanhã.. - Até. - fecha a porta ———————————— Eram 18:30 e o ônibus ainda não havia passado, Renataestava de saco cheio de depender disso. Mas não tínha o que fazer... 18:40 e nada! Já iam dar 19:00 e ela ainda estava lá, cansada e chateada pois começou a chover e o ponto de ônibus não estava 100% coberto. Haviam vários respingos vindo em sua direção. Ela até pensou em pagar um uber.. mas ficaria caro e ela precisava economizar até o primeiro pagamento cair e ela começar a pagar seus pais. De repente um carro luxuoso se aproxima devagar, era o carro de Gustavo. - ele abaixa o vidro e diz - Renata, ainda esta aí, esperando? - sim.. eu perdi o ônibus. E o senhor, não tinha ido embora? - ela o observa. - estava no escritório ainda. Não quer que eu te leve? A chuva vai engrossar... - ele olha para o céu. Ela pensa por alguns segundos, observa o tempo e responde - ahh.. tudo bem.. obrigada. - entra rapidamente no carro e deposita as sacolas um pouco molhadas no chão. - parece estar bem pesadas essas sacolas. - ele diz e a olha de lado. - não estão, não. Eu comprei exatamente o necessário. Mas os casacos pesam, então, não tem escolha. - ele só acena e não responde. Estava se aproximando do apartamento dela. E a chuva se apertou mais ainda.. Gustavo estaciona em frente seu prédio e a encara. - não quer esperar parar um pouco para descer com tudo isso? - vira de frente para ela. - ah, não sei.. acho melhor eu ir, desço correndo. - morde o lábio e ele a observa. - não tem problema, eu posso esperar. Melhor do que se molhar toda e molhar suas coisas. - ele indica com a cabeça. - tá, vou esperar um pouco. Aguardou 5 minutos que foram de total silêncio dentro daquele carro. Vez ou outra se olhavam e mantinham o silêncio. Algo lá dentro parecia estar em chamas. Ambos tentavam dizer algo mas sempre se calavam. Restava só o barulho da chuva para contar a história. Até que... - eu vou descer... - Renata o olha - mas você vai se molhar muito, espere mais um pouco. - ele a toca rapidamente no braço - aquilo já a faz pegar fogo por dentro - - não, eu preciso ir, agora. Não vai adiantar esperar. - ela ajeita as sacolas nas mãos. - espera, deixa que eu levo pra você então, você vai primeiro e me espera no elevador, eu te entrego as sacolas e volto. Estão pesadas e correr com isso será mais difícil - ele a olha nos olhos e a deixa sem resposta por alguns segundos. - tá bem.. eu já vou... - sai correndo e atravessa o portão, deixando o aberto para que ele entre. Ela corre até a entrada do prédio enquanto ele pega as sacolas e desce também correndo. Estava chovendo fortíssimo e obviamente ele se molhou mais.. pois tinha que fechar o portão. Ele entra com todas as sacolas extremamente molhado.
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