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939 Words
Ele tinha um problema Simon se jogou no sofá em frente a sua mãe, a face esgotada devido às dezenas de mulheres que entrevistara. — Preciso de uma governanta discreta, confiável, com um enorme senso de organização e que possa morar no meu apartamento sem me atacar durante a noite — disse cansado para logo depois se lamentar. - Mas tudo indica que essa pessoa não existe. — Conheço a mulher perfeita, querido. Ignorando o enorme sorriso na face de Mirela, o que normalmente representava uma ideia carregada de segundas intenções, Simon não pensou duas vezes antes de pedir: — Então a contrate. Ela era a solução Com o olhar enviesado para a jovem de cabeça baixa no centro da sala, se condenou por ter deixado Mirela contratar quem quisesse sem ver antes de quem se tratava. — Deveria ter incluído que devia ser uma pessoa menos... Paulina. — Queixou-se como se a jovem fosse um padrão a ser evitado. — Mas qual é o problema? Ela atende todas as suas requisições. — Retrucou Mirela, recordando em seguida tudo o que o filho pedira. — Discreta, organizada, confiável e garanto que não vai tentar te seduzir. Mais fácil o contrário... — Insinuou, causando um forte rubor na face da Perez e um olhar descrente do filho. Simon concordava em parte com Mirela. A Perez tinha todas as qualidades que pontuara e certamente não tentaria seduzi-lo — Tampouco ele a assediaria. Mas levando em conta sua vida desregrada, não pôde deixar de dizer o inevitável: — Ela não vai durar uma semana. E contra todas as probabilidades se tornaram amigos — Não devia agir dessa forma — condenou Paulina após ajudá-lo a se levantar e entrar no apartamento. — E você devia aprender a curtir a vida — recomendou ao beijar a franja que cobria a testa da governanta. Não pôde deixar de sorrir satisfeito ao notar o rubor que cobriu a face alva. Estranhamente, achava aquele sinal de timidez muito sexy. — Trocar de mulher a cada noite e se embebedar não é curtir a vida, é imaturidade — repreendeu a Perez baixinho deitando-o sobre o sofá. — Vou fazer um café bem forte pra você, então não saia daqui. — Tudo bem, mamãezinha. Ela tinha um problema Mesmo que sua atitude fosse contra todas as suas regras, Simon entrou no quarto, se agachou em frente à governanta e segurou o rosto pequeno com ambas as mãos para erguê-lo. Em meio às lágrimas que desciam velozes pelos olhos cor de mel, Simon notou a surpresa com a qual Paulina o fitou. — O que houve? — Perguntou enquanto tentava, sem muito sucesso, apagar com os polegares o rastro que as lágrimas deixavam na face alva. — Nathaniel d-disse que sou b-boa demais pra e-ele, q-que não quer me i-iludir e p-por isso não p-pode c-continuar c-comigo — respondeu Paulina entre soluços, enquanto mais lágrimas caiam de seus olhos. — Traduzindo: Ele te deu um fora — Simon resumiu sem pensar e se arrependeu logo depois quando a Perez se entregou a um choro compulsivo. Ele era a solução. — Ser puritana demais só afasta os homens — argumentou Simon para depois justificar com a voz carregada de cinismo. Não condeno seu sonho de encontrar o príncipe encantado em cima do cavalo branco, que vai te amar e te dar um "viveram felizes para sempre". Mas devo avisá-la de que, mesmo que esse tipo existisse, não ficaria com uma mulher que foge como um rato assustado diante do menor toque. — O que devo fazer então? — Perguntou Paulina se sentindo uma fracassada. — Não sei ser e nem agir diferente. — Posso ensiná-la — propôs quebrando mais uma de suas regras, certo de que ainda se arrependeria dessa iniciativa. — É só pedir. Por um instante, Paulina encarou-o espantada e Simon pensou em dizer que fora uma brincadeira. Mas antes que retirasse a oferta Paulina respirou fundo, juntou coragem e pediu vacilando somente no final: — Simon, por favor, me ensine a ser uma mulher diferente, mais... s-sensual. E contra todas as probabilidades se tornaram amantes Agarrou Paulina pelos pulsos e a puxou enquanto caía sentado no sofá. Com ela em seu colo, separou os joelhos e pôs as mãos nos quadris da Perez para melhor acomodá-la, sua face se aconchegando no pescoço perfumado e seus lábios roçando de leve na pele macia. — Simon, não — Paulina pediu em um sussurro, as mãos espalmadas no peito do Salvatore para afastá-lo, porém seu corpo traidor se negava a lhe dar força suficiente para empurrá-lo e se levantar. — Chega de aulas por hoje. — Não é uma aula — sussurrou Simon mordiscando o lóbulo da orelha da Perez. — Eu quero você e quero agora. — Confessou beijando-a com volúpia e sendo correspondido com a mesma intensidade. Ensina-me Aprender nunca foi tão prazeroso ~ A série Apaixonados, da qual essa história e todas interligadas a ela fazem parte é minha humilde homenagem à escritora que adoçou e salvou minha vida com suas mocinhas delicadas e seus mocinhos que mais parecem vilões, a saudosa Penny Jordan. Não é necessário ler um livro para compreender o outro. Devo muito a ela e essa é a forma que encontrei para agradecer. E agradeço minha amiga Alessandra Galvão (Arê) pela leitura crítica, pela ajuda na revisão e na criação de algumas cenas desse livro. Sem sua amizade chegar ao ponto final seria impossível. Também tenho muito a agradecer aos leitores que sempre me ajudam e incentivam ao longo da trama, sem eles sou um rascunho de autora. Big beijos e boa leitura! 
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