Capítulo 3

1094 Words
Mateus narrando: — que loucura cara! — Gomes entra falando com Marcos, da contabilidade. — Ei... você nem bateu. — repreendo Gomes. — Desculpa chefão, é que estávamos comentando sobre a postura da novata. É de arrepiar. O marido tem sorte de ter uma mulher tão autêntica em casa. — E bonita... — Marcos completa rindo. — Preciso concordar — aceno com a cabeça, mas isso não significa que vocês vai desrespeita-la. Deixem a canalhice de vocês longe dela. — Calma, Patrão! Não vai deixar ela se tornar intocável como a Bibi, né? — Não, não, nada a ver. — fico sem graça. — olhem, vocês vão demorar aqui? Preciso assinar muitos papéis e revisar documentos. — já tô saindo, só vim perguntar quando você vai na sede com a gente? — Marcos pergunta. — Assim que em terminar aqui. Adiantem as funções de vocês, e quando for a hora eu os chamo. — combinado, tô indo. — Gomes levanta. — falou!! — Marcos diz e sai. Meus amigos eram os piores. Sempre palpiteiros, eu diria que conseguem ser piores que mulheres fofoqueiras! Mas uma coisa eles tinham razão, Bibi foi muito importante na empresa. Bianca foi minha auxiliar aqui por muito tempo. Tinha potencial para muito mais.. uma pena que eu me apaixonei por ela e misturei as coisas. Ela era como uma amiga próxima, conversávamos sobre tudo. Infelizmente ela teve que se mudar, o marido estava desconfiado das minhas intenções e a levou pra longe. Ok, ele foi promovido e ela teve que se mudar, mas a culpa dele ter aceitado um cargo longe daqui foi porque sabia que eu a amava, mesmo sustentando um noivado fracassado com Samara. Já faz um tempo que Samara tenta se casar comigo. Eu sempre a enrolo dizendo que estou sobrecarregado e que ainda não é a hora, mas na verdade eu e ela sabemos que não vai acontecer. Mas eu sigo com ela. Mais tarde fomos na outra sede, eu Marcos e Gomes. Eles me esperavam no hall quando peguei o elevador, a novata correu pra segurar o elevador. — eu seguro. — digo. — obrigada. — ela agradece. — terminando o expediente? — pergunto — foi um ótimo primeiro dia. — é foi sim... obrigada.. Agora vou aproveitar que o tempo ainda esta bom, preciso correr pra estender algumas roupas que ficaram na máquina. — ela diz bem meiga. — olha... que interessante. Trabalhando fora e ainda se virando com os afazeres da casa. — vida real de mulher casada não é moleza, Sr. — ela sorri. — pois é, Sra Claúdia, eu imagino. — sorrio. — bom.. espero você amanhã, temos um projeto em mente e acho que será legal a sua opinião. — pergunto saindo do elevador. — minha? Nossa, mas... eu m*l cheguei e o Sr já confiou em mim? — claro! Eu olhei seu currículo, e se está aqui é justamente pela sua inteligência e versatilidade. Já sei que vive estudando e pretende ir além... se continuar assim logo será promovida. — nossa... que isso! — ela sorri tímida. — pois é... se me permite ainda preciso ir a outra sede resolver alguns assuntos, bom descanso e até amanhã. — ok.. até amanhã, Sr Botelho. — até. — sorrio de leve e saio. Gomes e Marcos estavam me encarando e acompanham Claúdia com o olhar. — Vamos? — digo. — vamos... o que ela tava falando? — nada... eu só disse que vamos precisar dela amanhã. — ah... sei... — Gomes diz. Saio andando e eles um pouco atrás sussurram: — você notou também? Ele tá afim da Claúdia. — não só ele.. — eu tô ouvindo, em! — os repreendo. — não comecem com as teorias. Claúdia narrando: Eu estava cansada. O primeiro dia foi bem produtivo e insano. E eu necessitava viver aquilo de novo. Meus pés ardiam de vontade de tirar os sapatos. Mas a sensação de dever cumprido e utilidade era ótima. Eu estava feliz, e realizada. Fui pra casa bem satisfeita com a decisão de voltar a trabalhar. Cheguei e fui relaxar um pouco no banho. A água caia enquanto eu já trabalhava em mente todas as ideias que eu tinha para o dia seguinte. Eu literalmente estava com a corda toda. Marcela me ligou enquanto eu estava esquentando o jantar, e queria saber como foi o fim do dia, já que não nos vimos depois da reunião. (...) ••• — você estava certa, eu já estou encantada com a empresa e com o pessoal. O vice presidente Mateus é um homem incrível. Me acolheu muito bem. — Eu te disse... ele é ótimo. — Pois é.. mas ele me parecia meio tímido, quando entrei no elevador e comecei a conversar com ele, ele estava corando, acredita? Eu achei estranho... — rio. — O Mateus?! — ela ri. — não deveria corar ele é bem danadinho! — é mesmo? Como assim?! — rio. — faz tempo que ele tá com a Samara, noiva dele. Mas o boato que rola é que ele só enrola ela.. que já foi apaixonado na antiga assistente dele. — Mentira!! Não sabia que você está por dentro das fofocas. — na verdade, nem todo mundo sabe. Nós que somos da área executiva, temos mais acesso a vida dele. Mateus me parecia bem deslumbrado por ela... você sabe, nós mulheres sacamos tudo. — que coisa.. — sim.. ela é casada, e o marido já tinha ciúmes, o Beto que me disse que ela foi embora da cidade por causa do Mateus, se não ia acabar perdendo o marido. — poxa vida.. mas porque o Mateus não fica com a noiva? Que fogo em! — ele não gosta dela, m*l leva ela lá... enfim.. não vai contar nada disso pra ninguém em!! — não, claro que não. — eu vou comer alguma coisa, nos vemos amanhã tá bom? — claro! Até amanhã.. — Boa noite, tchau. — tchau.. ••• Suspirei impactada com a fofoca. O homem me parecia comportado e agora já vejo que as aparências enganam. Mudei de pensamentos e resolvi ligar para Pedro. Contei a ele como foi o primeiro dia de trabalho e ele vibrou por mim. Disse que em dois dias chegaria em casa e iria querer saber de tudo. Eu lamento ele não estar aqui hoje para tagarelarmos até a meia noite. Desliguei o celular para não me destrair e fui descansar. O segundo dia prometia, e eu daria tudo de mim novamente, tudo em prol de afastar a carência e pensamentos negativos.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD