Capítulo 6

1175 Words
POV Claudia Depois de alguns minutos decidindo, escolhemos o que seria nosso jantar. Bebemos alguns drinks e damos risada. Bem que Marcela me disse, as vezes nem parecia que Mateus era nosso patrão, porque ele era super entrosado, mesmo as vezes parecendo meio misterioso. (...) — E cadê a sua noiva? Marcos disse que você a traria. — Gabriela pergunta a Mateus. — Nao, é... ela tinha um compromisso. — ele ficou meio desconcertado com a pergunta eu diria. — Adoraría conhecê-la. — eu completo. — Ah... claro. — ele responde pouco empolgado. Céus. Ele não a ama pelo jeito. Quem sou eu pra julgar, mas... — O seu esposo nunca anda com você? — Gomes pergunta me encarando. — Quando da sim... porque? — lhe encaro. — Gomes, o marido dela trabalha fora, não seja inconveniente! — Gabriela o repreende. — Me desculpe, eu só achei curioso. Você é uma mulher adorável, e imagino que isso seria desconfortável pra você, não sei... — ele gagueja ao perguntar. — Tudo bem. Se ele pudesse com certeza estaria aqui. Eu... eu vou ao banheiro e já volto. — me levanto e fica um silêncio na mesa, só ouço Gabriela sussurrar o xingando. — Com licença... — ouço Mateus dizer e vem logo atrás de mim. — Claudia. — ele pega em meu braço depois de me afastar das mesas, estava já atrás do biombo, rumo ao banheiro. — Oi. — eu o encaro. Mais um pouco ele entrava no banheiro comigo! — Não fique chateada com eles, peço perdão. Eu sei que agora você os considera como seus amigos também, eu imagino. Mas... eles não compreendem as coisas tão bem. Peço perdão por ele. — Que bobagem... não foi nada. — rio disfarçando. — Eu sei que não. — ele segura na minha mão — você está suando, e esse olhar triste não é o mesmo de quando você chegou. Eu posso não conhecê-la muito bem, mas eu sei quando uma mulher fica triste. — engulo seco. — Mas... o comentário dele não me chateou, o que me deixa assim é o fato dele estar longe, eu só fiz lembrar, só isso. — o encaro. — Ta vendo, eu logo notei. Mas não fica assim não, por favor em! — ele me encara mais uma vez e aperta minha mão que ainda estava segurando a sua. Ele era tão amigo... e tão atraente. Céus! — Eu já volto. — entro no banheiro feminino. — Ok... te espero la. POV Mateus Desde o começo da noite o olhar daquela mulher me intrigava. Sem querer Gomes tocou no assunto que me interessava. Saber da vida dela pra mim naquele momento era algo importante. E ver como seu humor mudou, estava bem claro pra mim. Eu não sei dizer, mas há algo nela que me facina. Além da beleza, claro. Eu sinto que seria errado querer descobrir, porque com isso eu estaria me envolvendo sentimentalmente novamente com alguém que não deveria, e que certamente não iria corresponder. Eu só preciso entender o é essa tristeza em seu olhar. Voltei para mesa e aproveitei para encerrar os burburinhos que rolavam depois que eu e Claudia saímos. (...) — Ela ficou triste com o que falei? — Gomes pergunta. — Claro que ficou! Ela vive longe do marido, e isso é um assunto delicado. A Marcela pode dizer melhor isso. — todos me encaram, porque havia menos de três semanas que Claudia estava na empresa, nós não éramos tão próximos assim para eu a defendê-la. — Bom, é verdade. Evitem falar nisso, ok? — Marcela diz e vejo Claudia voltar. Mais um tempo se passou. Pedimos a sobremesa e todos foram saindo. A conversa se estendeu para a porta do restaurante. Me despedí de todos e vi quando Claudia entrou em seu carro e foi mexer no celular ainda. (...) — Acho que está dando um prato cheio a um ladrão assim. — brinco me aproximando da janela do carro. — como? — ela ri. — nesse beco escuro, nos fundos, mexendo no celular... — ah, eu achei que tinha mais alguém aqui ainda. — E tem, eu! — rio. — Claro... eu quis dizer outro alguém, então aproveitei pra mandar uma mensagem ao meu marido. — Ah... claro. Bom, eu só tava brincando. Foi bom que você sorriu de novo. — acabo lhe encarando demais. — Ah... obrigada por se preocupar. Realmente eu tô bem. — Sendo assim, eu a espero amanhã, com a resposta de preferência. — ah... claro — ela sorri. — Até amanhã Bot-Botelho. — ela corrigi tímida. — Gostei de Bot. Boa noite, Claudia . — Boa noite. — ela me olha uma última vez e da partida no carro. Caminho até o meu e saio logo atrás. Chego em casa e corro para o chuveiro. Estava só o pó, com o mesmo terno desde cedo. Minha irmã Larissa estava com o namorado no quarto ao lado. Podia ouvir a farra. Apesar da casa enorme. Eu ouvia tudo. Samara mandou mensagens e eu ignorei. Não queria que ela fosse me ver hoje. Estava com preguiça até de t*****r. Amanheceu tão rápido que eu nem senti que dormi. Larissa saiu me gritando, como se eu não tivesse despertador. Me senti um adolescente perdendo a hora pra ir pra escola. — Ei... pra que essa gritaria? — arregalo os olhos enquanto ela me encara da porta. — Sua namorada/noiva tá lá na sala. — Argh... que droga. — levanto rápidamente, escovo os dentes, lavo o rosto e abro a porta. Samara já estava na porta me esperando. — Eiii finalmente, a quanto tempo! — ela já vem me beijando. — calma Samara, são sete da manhã, resmungo e Larissa ri de longe. — Você tá me evitando desde ontem, Matt! Poxa, qual a desculpa agora? — ela cruza os braços. — Não tem desculpa, eu só... ando sem cabeça pro que você quer fazer. — suspiro. — você fala de sexo? Ah, isso você sempre gostou. Tô começando a achar que o problema sou eu mesmo. Mas sabe, eu sinto falta de estar contigo. Você me evita. Eu liguei pro Gomes ontem e ele me disse que estavam jantando com o pessoal da empresa. Quase que ele me esconde isso. — O que tem a ver? Estávamos entre funcionarios, não achei adequado. Ninguém levou os parceiros lá. A não ser os que já são da empresa. — digo. Eu ia matar o Gomes por contar a ela. — Não me venha com essa. Eu sei que você como presidente, pode sim, levar quem quiser. — ela me encara e sim, eu podia, tanto é que Claudia estava lá, por escolha minha. — Tá bom, Samara. Na próxima você vai tá bom assim?! — ok. — ela me da um selinho. — mais tarde você aparece lá em casa, vou fazer uma coisinha pra gente. — ela sorri com malícia. Samara ficou para o café da manhã. Terminei de me arrumar e segui para a empresa como de costume.
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