Capítulo 9

1362 Words
Emma foi de carona com Anaïs para o estágio, naquele dia a morena entrava um pouco mais tarde. Logo na entrada Emma reparou que Adryan estava chegando e aproveitando que Tristan estava do seu lado ela sussurrou: — Só segue minha onda, por favor. — Pode deixar. — ele respondeu em um sussurro. — Sim, eu adoraria sua ajuda para revisar meu artigo, Tristan. E eu adorei sua crítica sobre Corte de Chamas Prateadas, é um livro de uma autora popular, então deve atrair mais leitores para nossa revista. — Sim, foi por isso que pensei nesse livro para essa edição online. E sobre revisar, podemos fazer isso tomando um café depois do expediente, o que acha? — Nem pensar, hoje eu vou jantar na casa dela, faça isso outro dia. — se intrometeu Anaïs que esperava o elevador. Ao perceber que Adryan se aproximava, Tristan colocou Emma contra a parede e apoiou o braço na parede ao lado da cabeça dela, aproximou o próprio rosto do dela enquanto dizia: — Então amanhã você me deve um almoço e um café, sem desculpas. Emma engoliu em seco e ao virar o rosto percebeu que Adryan os encarava, sua expressão era de raiva, dirigida a Tristan e seus punhos estavam fechados. O elevador abriu e Anaïs entrou com Adryan. Assim que a porta se fechou, Emma empurrou com gentileza o peito de Tristan para que ele se afastasse. — Obrigado pela ajuda. — ela agradeceu enquanto pressionava o botão do elevador. — Eu falei sério sobre o almoço e o café. — ele avisou e então sugeriu: — E poderíamos fazer isso algumas vezes. — Por que? — Eu detesto ele, então estaria irritando o Adryan e usar você para irritar ele é legal. — ele respondeu simplesmente. — Uau, obrigado. — o sarcasmo dominava sua voz. — Dois pássaros com uma cajadada, Emma. Eu irrito ele e você consegue afastar o cachorrinho sem precisar dizer não aos convites dele. Pense nisso. — Eu vou pensar.  O elevador chegou e as portas se abriram, ambos entraram e Tristan apertou o décimo segundo andar. Emma cruzou os braços encostada na parede do elevador, tamborilava os dedos no braço enquanto pensava no assunto. — Teríamos que estabelecer algumas regras e isso não quer que eu esteja aceitando, só estou considerando a possibilidade. — Tudo bem, ruivinha. Diga os seus desejos. — Você vai ajudar na festa de Natal e sem tentar sabotar nada. — Nem pensar. — ele retrucou — Estou na lista pelo pagamento, mas não vou ajudar. — Anaïs faz os relatórios e eu ajudo, se você não ajudar, não vai receber. — Tá, próximo item. — Eu realmente quero sua ajuda com meus textos, os leitores adoram suas matérias e resenhas, sei que começou aqui antes que eu e tem mais experiência, por isso, eu iria apreciar a ajuda. — Eu imaginei, o que mais? — Não se envolver de verdade, nem eu e nem você, eu não tenho tempo e energia para me envolver com alguém, há coisas demais na minha vida no momento. Isso tudo é para manter Adryan distante, e, no seu caso, irritá-lo.  — Por mim tudo bem. Mais alguma exigência? — Não. — Certo. Caso isso vá acontecer, temos que determinar alguns detalhes, mas podem ser pensados se você concordar. Ela assentiu e olhou para o visor, décimo primeiro andar, desencostou da parede para se encaminhar à porta. — Mais uma coisa, Em. A ruiva virou o rosto para ele e notou que de repente ele estava bem mais perto que antes. A mão segurou e ergueu o queixo de Emma, ele se inclinou para frente e a beijou. Não com exigência ou paixão, era uma amostra do que Tristan poderia fazer e oferecer.  A porta do elevador se abriu e Tristan soltou Emma vagarosamente enquanto abria um sorriso divertido.  — Um pequeno lembrete para você considerar a proposta com carinho. — ele piscou para a ruiva antes de sair do elevador. Emma ficou atônita enquanto observava Tristan caminhar por entre as mesas, o que tinha acabado de acontecer? Sentia sua face quente e seus pensamentos confusos, mesmo assim deu um passo adiante para fora do elevador, depois outro e outro até chegar em sua mesa.  — Em? Era a voz de Anaïs, ela piscou algumas vezes e se virou para a amiga. — Oi. — Você está com uma cara estranha. — ela apontou. — Eu me sinto estranha, confusa, melhor dizendo, talvez surpresa junto. — ela confessou. — Tristan fez alguma coisa?  Anaïs imediatamente esticou as costas e fechou as mãos em punhos, bateria em Tristan para defender sua melhor amiga, se fosse necessário. — Ele me beijou? — ela soou confusa. — Você está perguntando para mim? — questionou Anaïs. — É que foi tudo tão rápido…  — Em, você não está dizendo nada com nada, volta do início e explica. — Certo. — ela afirmou balancando a cabeca e abaixou a voz para que só Ana  a escutasse — Eu pedi que Tristan seguisse a minha onda da conversa para afastar Adryan. Na conversa eu pedi que ele me ajudasse com o texto e foi quando você avisou que hoje tínhamos compromisso.  — E ainda está de pé, né? — Sim. — ela confirmou — E aí vocês saíram e eu agradeci, ele disse que realmente queria um café comigo e um almoço para me ajudar. E quando perguntei o motivo, ele disse que era para irritar Adryan. — Ouch, mas justo. — Eu disse isso. Ele sugeriu de sairmos algumas vezes, eu disse que iria pensar e coloquei algumas condições. — Como? — Ajudar na festa de Natal, de verdade. Pedi para me ajudar com meus textos. E mais importante: nenhum dos dois pode se envolver de verdade. — E então ele te beijou? — perguntou Anaïs querendo chegar ao ponto importante. — Ele concordou com meus pedidos, disse que se fossemos fazer, deveríamos concordar com algumas regras. E então ele falou que daria um lembrete para pensar na ideia com carinho. Foi aí que ele me beijou. — E como você se sentiu? — Confusa, atônita… Quer dizer, eu não estava esperando por aquilo definitivamente.  — Mas você gostou do beijo ou de ser beijada? — Foi um bom beijo, eu só prefiro estar de acordo com o beijo antes de ele acontecer. E prefiro quando eu tenho sentimentos amorosos por quem vai me beijar.  — Sempre romântica. — Sempre.  — De qualquer forma, se não for levar adiante sair várias vezes com ele, deveria ir ao menos na primeira para que ele possa te ajudar com seu texto, experiência e troca de conhecimento sempre é bom. — aconselhou Anaïs. — Isso eu pretendo fazer.  *** Emma foi com a amiga para sua casa, elas ajudaram o Sr. Whitlock a preparar o jantar e conversavam sobre tudo, especificamente sobre o calendário. Não sobre sua magia, ou o reino escondido sob perigo, mas tentavam descobrir se ele lembrava de algo, como ganhou, quando guardou, qualquer fragmento para ser altamente analisado por elas. — Então papai, você disse que conheceu a mamãe na faculdade e ganhou o calendário do seu pai, mas quando você o guardou? Na foto que você me mandou ele parecia estar bem empoeirado. Ele parou um momento realmente considerando a questão, fazia tanto tempo e as memórias pareciam se confundir em sua mente, como algo borrado e incerto. Uma vaga lembrança da morte de Josephine, sua esposa, e então o calendário guardado e o corte nas comemorações de Natal. — Eu acho que foi depois que sua mãe morreu, eu fiquei tão triste que guardei o calendário e naquele ano só tivemos Natal porque a família de Ana insistiu muito que deveríamos ir à ceia deles. — Sempre achei esses calendários de advento mágicos. — comentou Anaïs querendo parecer despretensiosa.  — Acho que muitos acreditam na magia do Natal, mas para mim, minha magia é ter minha filha. Capítulo 6: O jantar estava pronto, torta de frango. Havia acabado de sair do forno e todos se sentaram ao redor da mesa. Rufus cortou os pedaços colocando nos respectivos pratos. 
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