Tucano narrando
O sol nem tinha nascido direito quando eu acordei. O corpo ainda pesado, cansado da noite anterior — mas a mente? Leve. Tranquila. Com um sorriso no rosto só de olhar pra ela ali, dormindo… com aquela carinha serena, a boca entreaberta e os cabelos bagunçados no meu travesseiro.
Bruna.
Minha braba, minha marrenta, minha mulher.
Levantei devagar pra não acordar ela, peguei umas flores que já tinha deixado separado no canto do quarto, deixei bem do lado dela na cama. Fui pra cozinha e preparei o café do jeitinho que ela gosta: pão na chapa, suco de laranja natural, café preto forte, e um potinho de fruta. Tudo organizado ali na mesa, com cuidado.
Escrevi uma carta. Rápido, direto, do jeito que eu sou, mas com tudo que eu sentia.
“Precisei sair mais cedo. O morro me cham
