Desço do carro e vou direto pra boca, meu coração ainda acelerado da visita. Meu pensamento tá nele, no jeito que me olhou antes de eu sair, na saudade que já bate pesado. Mas agora eu tenho que resolver as coisas como ele pediu. Entro na boca e vejo Lucas encostado, falando com um vapor. Assim que me vê, ele já sabe que tem coisa séria. Ele manda o vapor sair e cruza os braços, me analisando. — E aí, Bruna? Como é que ele tá? Suspiro, ainda sentindo o cheiro dele na minha pele. — Tá segurando, mas tá puto de tá lá. Ele mandou passar um papo contigo. Lucas assente, esperando. — Primeiro, ele quer que ajeitem a casa dele, vou morar lá, Laércio vai me entregar a chave e tem carro, tem moto, tem tudo lá. Ele vai dar um toque pra ele quando entrar na cela. Lucas concorda com um aceno de

