cap6- Fernanda

1165 Words
Desde pequena, eu sempre sonhei com um príncipe encantado, alguém que me amasse e estivesse do meu lado. Mas, nunca tive coragem de me envolver com uma pessoa, pois achava que nunca seria possível conhecer alguém que fosse capaz de me salvar de algum problema. Ontem a minha vida deu um giro de 360graus. Perdi a minha mãezinha, meu pai e isso parece um pesadelo daqueles horríveis. A dor de está sozinha nesse mundo exposta a um mundo perigoso que não conheço. No mesmo dia que conheci o d***o, o inferno. Eu também conheci um príncipe. Ele me salvou, me trouxe para essa casa e eu não sei o que eu devo fazer agora. Ele ordenou que eu deveria ficar nesse quarto, mas eu estou com tanta fome. “Será que teria problema se eu saísse para comer? Tenho tanto presa aqui e ele não veio me ver, não apareceu. Deve estar fazendo alguma coisa e eu preciso esperar.” Sento-me na cama e escuto o som da minha barriga que estava conversando comigo. Levanto-me novamente e abro a porta. Surpreendo-me ao ver que ela estava aberta e com cuidado vou caminhando pelo longo corredor azul, sigo na direção da escada e vou descendo. Escuto vozes e paraliso quando um homem olha para mim cheio de desejo e diz. — p**a que pariu, quem é essa delicinha. — Ele morde os lábios e eu fico completamente vermelha. Rafael vira-se de vez e ao me ver fecha a cara. Vem na minha direção e puxa-me pelo braço. — O que pensa que está fazendo? — Pergunta bravo. — De-desculpa, mas eu estou com fome. — Digo abaixando a cabeça. — c*****o, vai para a p***a do seu quarto e me espera lá. — Fala e eu saiu dali apresada para ir ao meu quarto. Subo as escadas e escuto a discussão deles. — Sai daqui p***a! — Ele rosna. — Qual é? Quem é essa gatinha, ela é uma princesa, que p***a de cabelo é aquele? Bate na raba. Que delícia de mulher. — O homem diz. — Saia da minha casa agora e esqueça o que viu, se quiser permanecer vivo. — Rosna e meu coração acelera. Corro na direção do meu quarto e me deito encolhida na cama. Depois de uns 5 minutos ele aparece nervoso e me puxa pelo braço me forçando a ficar de pé. — Desculpa, por favor, não briga comigo. Eu estou com fome. Você me deixou abandonada por muito tempo. — Digo chorando. — Você não tem roupa, c*****o. Não viu como ele te olhou? Eu não gostei dessa p***a! — Diz. — Infelizmente, eu só tenho essa camisa e ela é sua. — Abaixo a cabeça. — c*****o, eu esqueci que quando te encontrei você estava peladona. — Fala tocando meu rosto. — Desculpa, eu não sabia que tinha gente. Eu não posso sair do quarto? Eu estou com fome. — Falo baixinho. — Você pode sair, mas tem que ver se tem gente ou não. Eu não quero que ninguém saiba de você. É melhor que o Malvadão tenha em mente que você está morta. — Diz. — Sim, eu faço qualquer coisa para não voltar para as mãos daquele monstro. Não se preocupa, não sairei do quarto e tomarei cuidado para que ninguém saiba que estou aqui. — Falo sorrindo. — p**a que pariu, Rapunzel. Você é a mulher mais linda que eu já vir na minha vida. — Diz me pegando de surpresa. — Obrigada! — Falo e ele se aproxima. — Fica vermelha igual uma pimenta quando eu falo que você é linda. — Toca meu rosto. — Não estou acostumada com esses elogios. — Mordo os lábios e ele sorrir. — Se quiser, pode tomar um banho, tem um vestido da Debora aqui, você pode vestir. Eu acho que é o mesmo número. — Fala. — Debora é sua namorada? — Pergunto frustrada. — Ela pode não gostar de saber que você está ajudo uma mulher. — Digo me afastando dele. — Não tenho namorada, Pimentinha! — Fala tocando meu rosto. — Não sou homem para namorar, não acredito no amor! — Fala friamente. — Eu acredito, na verdade, eu sempre pensei que um dia encontraria o meu verdadeiro amor, que ele viria me salvar. — Ele abre um lindo sorriso. — Você é bem iludida, o amor não existi, Fernanda! Não seja trouxa, você é linda e muitas pessoas podem se aproveitar de você. — Diz sério. — Você deixaria alguém se aproveitar de mim? — Pergunto e coloco a mão no rosto. — Você não estará aqui para sempre, eu não sou um príncipe. — Diz e eu fecho os olhos. — Sim, você é a pessoa que está me ajudando, mas quando achar o Malvadão, eu estarei livre, né? — Pergunto. — Isso mesmo, quando eu o achar, você estará livre. — Diz e eu engulo em seco. — Tudo bem! Eu posso ir comer algo? Se quiser, posso fazer o café para nós dois. — Falo. — Eu estou com fome. Aceito! — Diz sorrindo. — Posso descer com essa roupa, ou preciso trocar? — Para nosso bem, melhor você se vestir, pois eu sou homem, posso não me controlar. — Fala sexy e sai deixando-me sozinha. — Fernanda, não se apaixone. Quando tudo isso passar ele vai te libertar e você terá que seguir seu rumo. Um homem como ele, não vai se apaixonar por uma bobona como você que não sabe nem beijar direito. — Olho-me no espelho e passo a mão no cabelo tentando parecer mais bela. Abro um sorriso e fecho os olhos. Imagino o rosto ligo dele. — Para com isso Fernanda, organiza seu pensamento e não se apaixona. — Digo para mim mesma e saiu do quarto. Na cozinha tenho dificuldade para achar as coisas, mas com cuidado eu encontro tudo o que preciso para fazer o nosso café. Arrumo a mesa, com frutas, pães, café, suco, queijo, presunto, ovos mexidos. Coloco um arranjo bonito e depois de alguns minutos pego uma flor e coloco no meu cabelo. Rafael aparece e senta-se em silencio. Tento chamar sua atenção para que ele me elogie, mas ele não presta muita atenção e inicia um diálogo sobre outro assunto. — Olha, se quiser, pode ir ao meu quarto, lá tem roupas masculinas, mas acho que pode vestir algo e tomar um banho. — Diz e eu começo a disfarçadamente a me cheirar. Eu devo estar fedendo. Tenho 24 horas sem tomar banho. — Sim, eu vou tomar banho, não se preocupa. — Falo. — Eu vou na boca, vou resolver uns b.os. Pode caminhar pela casa, não abra a porta para ninguém. Você entendeu? — Pergunta. — Não se preocupa, vou ficar aqui e preparar o nosso almoço, arrumar a casa. Quando você chegar, tudo está limpo. — Digo sorrindo. — Não abra para ninguém. Eu volto para o almoço. — Diz e sai deixando-me sozinha.
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