Ser um adolescente religioso com valores ,pensamentos e conceitos cristãos, alguns deles considerados antiquados ao que a sociedade chama de “normal” hoje em dia não é a tarefa das mais fáceis, ainda mais quando se é um forasteiro, em uma terra de desconhecidos onde você é um zé ninguem e é obrigado a se enquadrar em um padrão ideológico para ser aceito e conquistar o seu espaço naquela terra de desconhecifos, mas Carlos não ligava para padrões comportamentais, apenas queria ser respeitado como ele é. No meio dessa geração ao meu ver hipócrita que diz aceitar o diferente, mas quando você expõe sua opinião que saia dos padrões, você se tornará motivos de polêmicas, e até perseguição em alguns casos. Falo isso pois ser um católico temente a Deus, no meio de um mundo tão conturbado é uma verdadeira missão de vida ou morte, mas Carlos defendia com a força de um leão seus ideais e valores. Não se importava sobre o que a sociedade pensaria sobre isso. Embora, como todo adolescente, tinha lá seus problemas pessoais e seus dilemas constantes que o perseguiam mentalmente.
Mesmo sofrendo com crises constantes de ansiedade, e crises de humor, e falta de sono algumas vezes, ele sempre buscava ajudar todo aquele que o pedia e o procurava, mesmo quando a si próprio precisava de ajuda, pois era sua natureza ser altruísta e demonstrava um interesse genuíno e sincero aos problemas alheios e buscava sempre ser empatico e solidario com todos que pediam sua ajuda. Muitas das vezes auxiliava até por demais, e acabava fazendo papel de um coadjuvante, muitas das vezes na vida alheia acabava sobrando em algumas situações ou grupos, m*l tinha tempo de pensar e repensar suas escolhas, fazer sua auto reflexão e tirar um tempo para si.
Às pessoas muitas das vezes se aproveitavam de sua bondade e de sua compaixão, e exauriam o pouco de suas forças, o descartando logo em seguida. Isso já é humilhar se demais por alguém ou por algo, não acha? Acredito que nem Deus quer que sejamos coadjuvantes na vida alheia e sim o personagem principal de nossa própria história e que fiquemos junto Dele até o fim.
Mas, o nosso protagonista ainda não conseguia enxergar esse lado perverso das pessoas, ajudava sem esperar algo em troca, ou a gratidão dessa gente que o pisava, ele acreditava no lado bom das pessoas, no entanto, como todo ser humano era falho nem sempre o trataram com reciprocidade,muitas das vezes nem ao menos gostavam dele e sim da sua utilidade o seus conselhos e sua inteligencia. Será que aí estava sua maior falha? Ou ajudar e se doar sem medidas em favor do próximo era uma de suas maiores virtudes? Sim. Ajudar o próximo é uma virtude, mas também precisamos nos ajudar primeiramente, pois, se não ajudar-nos em primeiro lugar, quem fará isso por nós? Ninguém fará isto por nós a nao ser nós mesmos. Mas, será que Carlos conseguirá se recobrar de suas forças e não ser tão influenciado pela vida dos outros?
Nosso próximo assunto você irá entender melhor meu raciocínio e onde quero chegar com ele.