Capítulo 7 Leila

1100 Words
CAPÍTULO 7 -LEILA Saio da clinica acompanhada do mau humor em pessoa, não entendo como ele pode não rir, pode ser o mais engraçado, mas ele fica com aquela sua cara fechada. –Vamos aonde Bê? —Pergunto assim que ele chama um taxi. Ele não responde, apenas fica ali quieto observando o taxi se aproximar assim que chega entramos os dois no banco traseiro. –Bom dia crianças. —O motorista fala me fazendo rir. –Ai doeu. —Digo quando Bernardo esmaga meu pé com a sua bengala. –Bem feito, nós leve a Princeton com a West, por favor. O olho incrédulo e rindo ele sabe pedir, por favor, Deus amado me leva pro céu porque presenciei um milagre. –Aonde vamos garoto doido? —Falo um pouco nervosa, nunca se sabe o que se passa na cabeça dele. –Almoçar Leila, não esta com fome? –E-eu too, too sim. —Gaguejo um pouco, e lá esta suas oscilações de humor, aquelas que me dão tanto medo. –Ta com medo de mim? É sério? Vou orar mais por ele, adivinhação e telepatia não vem de Deus não. –Deveria? –Sim deveria... Deveria parar de pensar besteiras. Beezinho é diferente de tantos meninos, ele é diferente, sem dar importância a mulheres e outras coisas é só o seu mau humor, o carro estaciona e descemos. –O que foi? —Bernardo pergunta assim que vê minha cara. –Não vou entrar ai, eu too simples de mais. O restaurante é lindo, todo cheio de detalhes eu usava apenas um vestido floral escuro com alpargatas e uma leve maquiagem. –Eu também too simples, você vai ver não é o bicho, todos são bem simples. Começamos entrar e a cada canto que olho me apaixono, o restaurante é feito todo de vime, seus detalhes, mesas, cadeiras é lindo demais, ele escolhe uma mesa no fundo com vista para um jardim. –Meu pai me trazia aqui quando eu era pequeno. —E ali estava ele sem armaduras calmo e sem sua mascara. –Senti saudades? Digo da sua mãe. —Pergunto receosa. –Sinto em não te lá conhecido, ela morreu na mesa de parto, após sofrer um acidente. –Me perdoa eu não quis... –Tudo bem... —A garçonete chega, anota nossos pedidos e logo sai. –Foi assim que ficou com a perna deste jeito? –Não... Foi com dez anos, meu pai tinha tirado férias pela primeira vez e iria me levar no zoológico, mas no caminho... Um carro bateu em nós. –Deve ser difícil lembrar né? —Digo num sussurro, por que sei que posso estar forçando um pouco. –Todos os dias eu olho para essa cicatriz. —Ele fala encarando um ponto atrás de mim. —Eu me lembro de como foi, eu fiquei acordado o tempo todo. –Sinto muito bee, mas a Jacque entra aonde? –Ela foi minha fisioterapeuta, nós tornamos amigos, logo ela se envolveu com meu pai, mas ela sempre me tratou como filho. –Ela parece ser legal. –Ela é. Nossos pedidos chegaram, eu estava morrendo de fome e começamos a comer, de sobremesa pedimos sorvete com calda de chocolate. –Você esta sujo. —Ele me olha f**o e me seguro para não rir, ele começa a passar sua mão pela cara tentando achar aonde esta sujo. –Deixa eu te ajudar. —Falo passando calda no seu rosto o que faz ele me fuzilar, nesta hora a garçonete chega. –Vocês formam um lindo casal. —Ela sorri gentilmente. –Nunca ficaria com uma criança igual essa. —Suas palavras rudes me acertam em cheio. Mostrando-me a realidade, nas suas palavras havia desprezo e algo mais, aquilo me feriu, ele se levanta e vai pro banheiro. –Perdoe-me não devia ter me metido. —A garçonete me olhava com pena. –Não se preocupe depois do acidente ele ficou ranzinza, eu que não deveria ter brincado com ele. —Falo de cabeça baixa para ela. –Pode... Avisar que eu já fui embora? –Tudo bem... Ela sai e eu me levanto, pego minha bolsa e saio, vou caminhando para casa mesmo, ele me magoou mais com sua atitude do que com suas palavras. –Deus não sei se vou conseguir... Quando acho que consegui algo, ele volta a ser quem era antes. Eu entendo sua dor, não é fácil passar pelo que passou, mas a pessoa tem a escolha de deixar isso lhe afetar de forma boa ou negativa, ele já havia feito sua escolha a muito tempo e a dor também era a minha companheira a mais de 4 anos, compreendi que não iria adiantar ficar remoendo por estar doente, mas sim aproveitar cada minuto como se fosse o último. As lagrimas insistiam em cair, uma rajada de vento vem e com ela quase um alivio, não demoro em chegar em casa e ver uma Mel brava. –Por que demorou? –Eu vou dormir too cansada Melzinha. —Ela vem e coloca a mão em minha testa, ela faz uma careta e nem deixo falar. –Sim comi sorvete, too nem ai. Subo as escadas e me atiro na minha cama, nem vi a hora que dormi. Só sei que acordo num grito, toda suada. –Calma já passou, foi só um pesadelo. —Ela estava sentada em minha cama, minha mãe acariciava meus cabelos enquanto sorria para mim. –Que hora é mãe? —Ela me lança um sorriso e ergue um remédio. –Já é noite você dormiu muito tempo, tome você está com febre. –Estava cansada... Só isso. —Digo engolindo o remédio que a mesma me deu. –Seu amigo ligou já umas três vezes pro seu celular. —A olho intrigada, isso não é feitio dele. –Too falando a verdade, ele queria vim aqui, mas sua irmã não deixou, ela disse que quando você chegou estava com febre. –Acho que sim, vamos ao culto comigo? —Digo lhe lançando um sorriso e o mesmo morre quando vejo sua cara seguida de um sorriso sem graça. –Já é dez da noite meu amor, mas tem gente te esperando lá em baixo. —Dormi demais mesmo. Levanto-me já sorrindo, lavo minha cara, e desço as escadas devagar havia dormido tanto ainda estava meio molenga. Com um sorriso estampado no rosto, pensando que enfim Bernardo havia se tornado um pouco mais humano. –Oi. —Vejo o garoto a minha frente com um lindo buque sorrio sem graça. –Oi...
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