capítulo 6 Jacque

1049 Words
Meu filho estava chamando pela mãe, e não era a primeira vez, me levanto do sofá e entro em seu quarto para me deparar com ele sorrindo lindamente enquanto dormia. –Emy... Mãe! —Meus olhos se enchem de lagrimas, mas trato de me recompor logo. Começo a acariciar sua bochecha intercalando mexendo em seus cabelos, ele vai despertando aos poucos e quando acorda, aquele sorriso inocente morre sua cara séria, seu olhar gélido sobre mim. –Que foi? –Você estava chamando sua mãe... —Digo num sussurro, dando um sorriso sem graça. Ele não faz as perguntas que eu esperava, ele simplesmente me ignora. –Que hora é? –Sete e meia da manhã. –Meu pai já foi trabalhar? –Sim eu preciso ir mais cedo hoje, tudo bem? Você vai? –Sim senhora, vou tomar um banho vou tomar minha injeção e depois eu vou. —Seu tom rude por um momento me pega desprevenida. –Deixei seu café pronto. —Saio sem me despedir. Como chegou a esse ponto? Melhor quando? Eu amei o Bernardo assim que o vi, ele tinha um sorriso encantador. Miguel era tão atencioso com ele, acabei me apaixonando por eles e queria ter uma família, Bernardo e eu éramos amigos e confidentes, era para mim que ele chegava da escola e contava seu dia, era eu quem ele chamava de mãe e era para mim que ele falava quando sonhava com a mãe dele. Não vou chorar, não vou deixar me a****r. Chego à clinica e minhas funcionarias como sempre já cuidaram de tudo, dou bom dia a elas e sigo para minha sala , eu não precisava vim cedo, mas não queria ficar em casa. Sei o quanto Miguel sofre, eu queria poder ter o poder de curar o coração do Bernardo, às vezes vejo aquele menino doce e carismático, mas que logo some dando lugar a "este novo Bernardo". Queria poder ver os homens da minha vida felizes novamente. –Jana meu filho já chegou? —Pergunto assim que minha secretaria entra colocando uns papeis em minha mesa. –Não o vi Sra. Jacqueline. —Esta atrasado de novo. —Digo encarando os papeis a minha frente. –Desculpa sei que é seu filho mais... —A interrompo, pois sabia exatamente o que falaria. –Eu sei, já pedi que o ignorem, por favor, pode ir. —Ela sai me deixando sozinha. Meus funcionários tem pânico de Bernardo, não ha um que ele já não tenha maltratado, olho para porta e vejo pela janela Bernardo entrando acompanhado de Leila. Sigo até os dois, ele me ignora por completo me deixando ali com Leila. –Que surpresa linda. —Falo dando um abraço nela. –Oi Sra. Jacqueline. —Ela fala meio tímida me fazendo rir –Veio acompanhar o bê? –Aram, hoje o mau humor dele está em dobro. —Ela me da um meio sorriso. –Nem me fale. –Sra. Jacque o Bernardo está de castigo? —Ela pergunta meio desconfiada. –A minha flor, foi porque ele fugiu ontem para pular de Asa delta, o pai dele não gostou muito disso. —Ela suspira, mas logo ri. Ela pega seu celular de dentro de sua bolsa e me mostra uma foto deles no morro, o que me deixa surpresa. –Como conseguiu? –Eu consigo por que tenho Deus, eu vou curar o seu filho. —Seu tom de voz era confiante. O que me fez ter esperanças queria ter a fé dela. –Pode ser minha nora também? —Ela fica tão vermelha tadinha, o que me faz rir. Começamos a gargalhar com aquilo, ela estava sem graça era notável, mas somos interrompidos por Bernardo trazendo sua nuvem n***a junto. –Claro filho vamos. —Digo desconfortável para ele . Fizemos toda sua rotina de sempre, faço sua fisio o mais rápido que consigo por causa do seu atraso já havia chegado o próximo paciente. –Acabou filho, está liberado. –Ta vou tomar um banho. –Filho? –O que? –Por que não leva a Leila para almoçar? –Não too com fome. —Ele fala revirando seus olhos e sai. Vou até a recepção buscar meu paciente seu Eliseu tem seus 75 anos, saio em sua companhia até meus equipamentos mais paro ao me deparar com a cena de Leila cuspindo água na cara de Bernardo, podia ser capaz de ver fumaça saindo da cabeça dele. Ele estava tão bravo isso era visível, mas Leila só ria e ele apenas daquele jeito, ele pergunta a ela algo, mas não ouço, continuo parada no mesmo lugar, mas quando o vejo fechar seus punhos decido interferir. –Calma, ele não vai fazer. —Sou interrompida por seu Eliseu que segurava meu braço. –Você não conhece meu filho. —Digo sem tirar os do meu filho. Leila ria sem parar sua paciência era admirável ,Bernardo faz algo que não achei que faria, joga um copo de água na cara de Leila a pegando de surpresa e a mim. –Meu Deus... —Digo abismada tapando a boca com a mão livre. Bernardo sai pisando firme deixando Leila para trás, a mesma vai atrás dele e ao longe pareciam discutir algo. –Ele não vai machuca-la, olha para ele. —Olho do senhor para meu filho. —Ele está espumando de raiva, está se controlando para não feri-la. Acabo deixando um sorriso escapar, nunca o vi assim de alguma maneira Leila sabia como lidar com ele. Leila pede um abraço a ele que n**a, mais por insistência dela ele acaba dando um abraço não correspondido, não demora muito para ele sumir pro seu banho e depois aparecer novamente. –Too indo! Vou almoçar com a Leila. —O olho espantada, mas acabo rindo o irritando, ele sai em direção a Leila sem me dar tchau. –Também te amo filho, vai com Deus. Digo isto mais para mim já que ele nem sobre minhas vistas estava mais. –Não se preocupe tanto... Deus sabe o que faz, ela é luz na escuridão em que ele vive. Aquilo me incomodou um pouco, mas não quero morrer sem ver meu filho feliz, quero poder ver ele se tornar o homem mais feliz e realizado...
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD