CAPITULO 4

1097 Words
–O que achou? —Lhe pergunto deitado olhando as nuvens passar. –Quase enfartei... Primeira e ultima vez... Bernardo. —Sua voz era fraca e quase um sussurro. Levanto-me para olhar para Leila e quem quase enfarta sou eu, a culpa foi minha... –Leila... Leila! Pra com isso agora. —Eu a puxo pro meu colo... Ela havia desmaiado, seu nariz sangrava muito e eu não sabia o que dizer, seu rosto estava mais pálido que o normal. Preciso levar ela para um hospital, preciso do meu pai, Ligo para ele. –Bernardo olha... –Pai socorro... Minha amiga desmaiou e... E o nariz dela está sangrando muito... —Desesperado, sim eu estava desesperado. –Calma filho, onde vocês estão? —Ele diz aflito, podia escutar a voz da minha madrasta. –Morro das Asas... Por favor, vem logo, por favor, pai. Puxo mais ainda Leila pro meu colo depois de desligar, fico medindo seus batimentos cardíacos, não sou nenhum especialista mais aprendi algo. Passa uns quarenta e cinco minutos e meu pai chega, me liga para saber o local exato e o guio até nós. Me sento no banco de trás com a Leila em meu colo. Sou um imprestável... Nem para socorrer alguém sirvo... Por ser um aleijado nem pude pegar Leila em meus braços. Volto à realidade quando sinto um par de olhos sobre mim. –Bee... —Sua cara era de confusão. –Leila... Meu Deus garota quase enfartei... —Digo com tom de repreensão para ela que revira os olhos. –Pedra... —Começo a acariciar sua bochecha, não queria ser rude com ela, não nesse momento. –Desculpa... Já estamos chegando ao hospital. —Digo a olhando sério. –Eu too bem... Foi por causa do sol beezinho. —Ela fala segurando minha mão e sorri delicadamente Seu rosto estava todo manchado de sangue, seu nariz, seus lábios, seu queixo e minha camisa... Não estava nada bem. –Chegamos filho... Prazer Leila, Miguel pai do Beezinho. —Meu pai fala estacionando o carro e logo depois saindo. Minha madrasta sai do carro e abre a porta ajudando Leila. –Prazer querida sou Jacqueline, madrasta do Beezinho. —Leila se apresenta e abraça-a. Saio do carro e vejo meu pai vindo com uma cadeira de rodas colocando Leila e a levando para dentro do hospital. –Isso é seu... —Minha madrasta me alcança uma bengala. –Por isso tiramos sua muleta. Observo-a por um tempo e lhe dou um beijo na sua testa, saímos caminhando até a entrada encontrando meu pai sozinho. –Cadê a Leila? —Lhe pergunto assim que não a vejo em nenhum lugar –Já foi levada... Precisamos conversar. —Reviro meus olhos e vou para sala de espera seguida por ele e por minha mãe. –Esta de castigo... O que tinha na cabeça? –Pai aqui não, por favor... —Eu queria saber como estava Leila, estava com tanta raiva, olha no que ela me meteu. –Bernardo tem razão Miguel. —Minha madrasta fala séria encarando nos dois, dou de ombros. Olho pro chão, nunca precisei me importar com ninguém a não ser comigo mesmo, e pela primeira vez não quis ficar sozinho. –Oi Bernardo tudo bem? —Encaro aquela mulher com um sorriso amigável no rosto. –Oi... Como ela está? O que houve com ela? —Insolação... Ela também não havia comido de meio dia, Leila é teimosa... Desculpe-me sou Andy, mãe da Leila. –Meu pai Miguel, minha mãe Jacqueline... Posso ir vê lá? –Imaginei isso, mais rápido querido. Uma enfermeira me leva para o quarto quem que Leila estava assim que entro a vejo com a mesma menina do dia que nós conhecemos. –Como não vai falar? —A raiva era nítida na voz dela. –Não falando... E você também não, mamãe concordou. —Sua voz aflita me faz entrar de imediato na sala. –Licença... Ta melhor? A outra menina fica parada como um cão de guarda,decido ignora-la. –To sim não se preocupe... –Não estou preocupado... Me desculpa não devia ter feito você pular de Asa Delta. —Digo arrependido mesmo... –VOCÊ FEZ O QUE? —A menina vira um pimentão na minha frente, parecia enxergar vermelho. –Mel... —Seu tom de repreensão me fez rir. –Vou chamar a mamãe agora... —Essa tal de Mel sai bufando. Se foi só uma insolação porque tanto drama? Só por que ela pulou de asa delta? –Ela é muito protetora só isso. –Estou de boa, eu já vou. Quando digo isso, entram no quarto meus pais a menina louca de antes e a mãe de Leila. –Desculpa o incomodo senhor Miguel e Senhora Jacqueline, não queria conhecer vocês assim. –Não te apresentaria para eles mesmo garota. —Digo sem expressão fazendo Leila revirar os olhos. –Bernardo. —Sou repreendido por minha mãe. Bufo fazendo minha madrasta e Leila rir. –Leila me diz como meu filho deixa você chama ló de Beezinho? —Meu pai pergunta com a mão no queixo, o fuzilo com o olhar . –Ele não deixa seu Miguel... O Bee é muito m*l humorado, mas tem coração... —Ela fala me encarando me fazendo dar um meio sorriso para a mesma que devolve um sorriso. –Ta legal acho que está na hora da Leila descansar agora, não é filha? —A mãe dela fala olhando diretamente para mim . –Claro já vamos... Bom descanso Leila. —Digo segurando sua mão e lhe dou um sorriso. –Me da seu número? —Ela ri me fazendo bufar, não da para ser legal. –Não tenho whatssap, nem face já aviso. —Digo lhe entregando meu celular que a mesma me faz uma careta. Ela liga pro seu celular fazendo que fique marcado meu número no seu e assim vice versa, reviro meus olhos e pego meu Moto G4 dela o guardando novamente. –Tchau garota doida. —Digo sem ligar para nossa plateia. –Tchau coração de pedra. —Ela ri trazendo de volta sua risada de ornitorrinco sendo esfaqueado. Saímos do quarto e seguimos para casa meus pais não paravam de sorrir o que me incomodou de certa maneira e me fez revirar os olhos mais do que uma vez (uma coisa que virou costume). Mal chegamos em casa e antes mesmo de todos estarmos dentro de casa já sou abortado. –Vamos conversar Bernardo. —Meu pai fala se sentando no sofá a minha espera... É hoje...
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD