Capítulo 2

1566 Words
Palavras censuradas serão substituídas quando o livro passar pela correção! *** Ao final do exame, todos dos vilarejo conseguiram algum emprego na capital. O que se saiu melhor foi Karl, mas ele estava enraivecido por ter visto o príncipe tratar Victor de uma maneira tão gentil. A freira Emilly precisava levar as cartas dos garotos para entregar ao seus pais, mas como Victor não tinha, ela seria entregue ao padre. Ele falou sobre sua situação e que iria se esforçar para entrar no exército. Agradeceu pelos cuidados na qual recebeu e disse estar com saudades. -Lucas! Ande logo! A caravana dos tutores já vai sair.... _a freira apressou. -E-Eu já pedi para não me chamar assim...! _advertiu. -Isso pouco importa! Foi a merda de nome que o padre colocou em você, então irei lhe chamar assim! _falou ignorante ao puxar a carta da mão do garoto. -Lucas é....? _o príncipe apareceu silenciosamente fazendo Victor arfar com o medo. _Porque você me disse que se chamava Victor? _questionou curioso. -É-É porque... eu fui deixado na porta do orfanato no meu vilarejo. O padre me nomeou como Lucas, mas então ele viu o colar que meus pais deixaram para mim com o nome Victor.  Então eu me chamo Lucas Victor. O príncipe soltou uma gargalhada divertida, deixando Victor envergonhado. -E-Eu sei que meu nome é estranho.... m-mas não precisa rir por causa disso... _bufou irritado. -Não estou rindo por achar estranho, mas é porque você tem dois nomes, assim como eu... Eu me chamo Arthur Matteu III. _explicou. -Seu nome é mais estranho que o meu... _Victor sorriu. -Que falta de respeito com o príncipe! _Karl exclamou ao se aproximar de Victor por trás e lhe dar um forte tapa na cabeça. _Peço perdão por esse imundo e ignorante ser. _Fez reverência diante de Arthur. -Quem é você mesmo? _o príncipe perguntou incomodado com a forma que ele falava de Victor. -Eu sei que não sou digno de estar em sua memória, mas eu me chamo Karl. O senhor me escolheu para fazer parte da guarda real durante o exame. Eu fui o que conseguiu fazer um contrato com um dragão branco. _explicou ainda curvado. -Ah, sim.. me lembro de você. _estalou os dedos. _A minha memória é muito boa, mas acho que a sua não. Eu disse que Victor seria meu braço direito, sendo assim, ele tem total liberdade em falar comigo dessa forma. _explicou segurando Karl pelo pescoço, já que o garoto era mais baixo. _E sobre o tapa, acho bom você tomar mais cuidado... Só eu posso tocar nos meus subordinados. _ameaçou saindo de lá segurando o braço de Victor, que pedia desculpas por meter o amigo de infância em problemas. -Aquele desgraçado! _rosnou. _Se fazendo de vítima.... mas não por muito tempo. Eu irei fazer o príncipe odiar você.... ... Arthur levou Victor até o palácio para lhe preparar roupas. O garoto vestia-se muito m*l, e seria estranho vê-lo ao lado do príncipe. O garoto insistiu que queria vestir-se sozinho, mas o príncipe não se dava por vencido. Ele disse que iria ajudar o garoto a se vestir, pois como plebeu, ele não deveria saber vestir as roupas da realeza. -M-Mas Arthur...eu não quero que você me veja nu... _corou ao perceber o olhar do príncipe se expandir com aquela ideia.  Matteu ficou desejando aquilo de todas as formas, mas sabia que não poderia forçar o garoto.  -Ok. _pigarreou. _Vou deixar você se vestir só. _saiu do quarto com o rosto corado ao receber um abraço inesperado do garoto, que ficou extremamente feliz por ser compreendido pelo príncipe. -Porque você está corado? _James, um amigo de infância do príncipe perguntou. -Nada não. _falou tentando recompor a pose. -Preciso pegar uma caixa que Ray deixou nesse quarto. _falou indo em direção a porta, mas foi parado pelo príncipe que entrou em sua frente. -Não! _falou nervoso. _Q-Quer dizer... não pode entrar agora... -Porquê não? Você pode ser meu amigo e tals, mas isso é uma emergência. _segurou o pulso de Arthur e tentou tirá-lo do meio, mas ele insistia em ficar lá. _O que você está escondendo de mim? _perguntou ao achar estranho o comportamento do amigo. -N-Nada... Porque eu esconderia algo de você? _sorriu forçado. Antes que James falasse algo, a porta foi aberta e de dentro do quarto, saiu um garoto de cabelos castanhos e com roupas folgadas, totalmente corado. -E-Eu acho que elas não ficaram boas. _falou referindo-se as roupas. _Ah, me desculpe. Acho que eu saí em um momento inapropriado... _corou desculpando-se. James olhou de canto de olho para Arthur e viu o amigo com um sorriso bobo no rosto. Mas como não ficar? Aquele garoto diante deles era muito fofo.  -Meu Deus! De quem é essa coisinha mais fofa? _James falou indo abraçar o garoto, mas tropeçou no pé que Arthur colocou na frente para impedi-lo de tocar no menor. -Essa coisinha fofa tem nome e dono. Esse é Victor, meu carregador de armas. -Victor.... Victor... _James ficou fitando o garoto. _De onde você é garoto? _questionou curioso. -Sou de um pequeno vilarejo ao leste da capital. Se chama Cruz da Vida. _explicou corando mais ainda ao ver aquele homem estranho mirando-o. James puxou Arthur pelo braço e se afastou um pouco do garoto. -Esse garoto é o mesmo que salvou seu tio Desmond? _sussurrou. -Acho que sim. O nome dele e do vilarejo são os mesmo. _explicou. _Foi por isso que eu o aceitei na minha equipe particular. Ele não conseguiu um bom dragão, mas ele tem suas particularidades que são ótimas. _explicou sorridente. -Não só por isso, eu acho... _James falou com um sorriso malicioso. _Essa coisinha é muito fofa para ser desperdiçada, certo? _provocou.  O príncipe corou sobre as acusações do amigo.  -Claro que não! Eu só vim ver que ele era fofo agora, pois antes, parecia um escravo fugitivo. _explicou pigarreando. Os dois se aproximaram novamente do garoto e viram como os olhos verdes dele brilhavam em curiosidade. Parecia uma criança. -Victor, esse é James, meu braço direito. _explicou, mas se arrependeu ao ver o olhar de decepção no rosto do garoto por não ser o único braço direito. -Não me diga que você também o nomeou braço direito? _James sussurrou adivinhando sem nem mesmo esperar explicações, pois já conhecia o jeito do amigo. -Sim... _sussurrou.  Victor levantou a cabeça de forma confiante e lançou um sorriso amigável para James, enquanto estendia a mão para ele. -Muito prazer! _falou sorridente deixando Arthur com um sorriso bobo na cara, enquanto James revirava os olhos pela forma que o amigo não sabia esconder o que sentia. -Eu sou o braço direito aqui dentro, você é o braço direito do lado de fora. Acho bom cuidar do Arthur quando eu não estiver por perto, viu? _James falou acariciando de forma inconsciente a mão fina e delicada de Victor.  Ao presenciar aquilo, o príncipe ficou furioso e empurrou James, fazendo com que Victor fosse puxado para a queda também. Arthur segurou na cintura do garoto e o trouxe para perto de si, impedindo-o de cair. O garoto usava roupas largas, mas era incrível o fato de sua cintura ser bem fina. E isso deixou o príncipe com uma vontade louca de ser o único a tocar no garoto. Victor se afastou corado e foi até James oferecendo-lhe a mão para ajudá-lo. -Não precisa. Se eu tocar em você, posso até perder a mão... _falou ao notar os olhos possessivos que Arthur lançava para o garoto.  _Bem, eu preciso ir. Tenho uma caixa super importante para pegar no quarto. _falou levantando-se. Victor correu rapidamente para o quarto, deixando os dois rapazes do lado de fora curiosos. O garoto pegou a bolsa de couro que sempre levava consigo. Dentro da bolsa tinha sua tinta de cabelo e o colar na qual sua família havia deixado para si. -O que aconteceu? _Arthur perguntou preocupado.  -Nada não. Apenas esqueci a minha bolsa. _falou tentando parecer o mais natural possível. O pequeno tentou passar pelos dois, mas tropeçou nos próprios pés e foi segurado por um dos braços musculosos de James que assim que viu o que estava fazendo, colocou o garoto em pé e imediatamente se afastou dele pedindo perdão com os olhos para o príncipe. Mas ele não podia negar que o cheiro de baunilha que saía dos cabelos do garoto, era irresistível. Ele até entendia o que o príncipe sentia. Victor era um garoto que mesmo não querendo, fazia com que todos a sua volta quisessem cuidar e proteger ele, pois ele era muito pequeno, magro e frágil. Ou era isso que James pensava, até ver ele saltando da janela e caindo com total perfeição sobre um dos pilares que tinha no jardim. O garoto foi pulando de coluna em coluna, até chegar em seu dragãozinho que estava preso pela cauda à uma estátua de cabeça para baixo. O garoto pegou-o no colo e saltou da estátua, indo de encontro ao chão sem nem sequer reclamar de dor.  -Você sabe que aquela estátua tem três metros e meio, certo? _James perguntou aflito para Arthur, que respondeu com um acenar de cabeça. _Como aquele garoto pulou de lá e saiu andando como se não tivesse feito nada? _o príncipe e ele permaneceram calados sem terem como explicar. -Esse garoto é um mistério... _Arthur sussurrou correndo para encontrá-lo no pátio. OBRIGADA POR LER! ^3^~
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