OS PENSAMENTOS DE JIMI BRAVO

1142 Words
Capítulo 5 Narrativa de Jimi Bravo Cara, tô aqui sentado nessa cama dura pensando na Melina. c*****o, que mulher. Linda, gostosa… aquela carinha de anjo mexeu comigo. Não consigo parar de pensar nela, cara. Ela preencheu o meu dia. Hoje tô todo dolorido, mas feliz. Não sei nem como ela está. Já mandei o Gino comprar a pílula do dia seguinte, a pomada e o anti-inflamatório pra dor, porque eu sei que ela saiu daqui machucada. Tô esperando um salve do Gino, mas até agora ele não falou nada. Já é meia-noite, já apagaram as luzes. A hora melhor de falar no telefone é essa. Tá acontecendo alguma coisa, meu coração tá apertado, não sei por quê. Quando deu duas horas da manhã, o telefone toca. Vejo na tela o nome do Gino. Atendo rápido. — Aconteceu alguma coisa? — Sim, aconteceu, chefe. Hoje teve uma invasão aqui. Invadiram a casa da mina e mataram o irmão dela. — Quem foi que fez isso? — Não sei. Foi os bota ou alguém cobrando alguma dívida. — E como ela está? — Ela se escondeu no banheiro, atrás do vaso. O irmão dela ficou na sala, e os caras entraram e atiraram nele pelas costas. Ela tá desolada. Estamos ajeitando o enterro do moleque. O padrasto dela quebrou o braço, mas tá bem. E ela vai embora. Disse que não vai ficar com o padrasto, porque o parente dela era o irmão. O irmão morreu, ela não tem parente aqui no Rio. Fiquei logo nervoso. Mandei Gino fortalecer a mina lá. — Aí, Gino… fica de olho na Melina. Faz o seguinte: no sábado manda a Marta vir pra visita. Manda fazer o jumbo, dá um dinheiro a ela. Quero tudo caprichado. Gino perguntou: — Ué, o que aconteceu? Você não disse que a Melina tava no seu nome? Aconteceu alguma coisa? — Não aconteceu nada, Gino. Não quero me apegar a ninguém, e ela pode ser a minha perdição. Mas continua vigiando. Continua botando os vapor na contenção dela. Qualquer coisa passa um fio. Mais tarde eu vou ligar pra ela. Pega um daqueles telefones da caixa e leva pra ela. Primeiro você me passa o número do telefone, depois você entrega pra ela com o meu número gravado. Quero falar com ela e pronto. Só isso. Não tem muito assunto. Vigia o padrasto dela, não quero ele perto dela, não. Morreu alguém aí do morro? — Não. É estranho. Eles entraram no morro, fizeram maior alarde, mataram o irmão da menina, quebraram o braço do padrasto dela e mais nada. Fizeram algum estrago? — Não muito. Só coisa que dá pra consertar. Muito estranho. Parecia que o alvo era ela, mas ela se escondeu bem escondida. Fiquei ali pensando no que o meu parceiro falou. Será que o alvo era ela? Será que alguém já viu ela aqui dentro? Ela só veio uma vez e já visaram a mulher, pô. Por isso vou diversificar. Cada semana eu trago alguém. Ela não vai ser sempre. Mas ela também não precisa saber que tá acontecendo isso. Quero sigilo absoluto sobre isso. Chegou o dia da visita. Fui pra sala da i********e esperar a mina com o jumbo. Marta entrou toda se querendo, já foi tirando a roupa e eu já fui ficando galudão. Botei ela de quatro, encapei o amigo e me enfiei dentro dela. Foi só socadão. Virei ela de frente, gozei gostoso. Botei ela de novo de quatro, enfiei nela por trás. Ela gemeu alto. Mandei ela calar a boca, a voz dela já tava enjoada. Acabei, fui pro banheiro, joguei a camisinha no vaso, tomei banho. Sentei pra comer. Ela também comeu. Comida boa pra c*****o, mas não foi ela que fez. Pediu pra dona Maria do restaurante fazer. Ficamos ali trocando ideia. Ela disse que soube que eu tinha trazido uma novinha pra visita íntima. Não neguei. — É verdade. Mas isso não é da sua conta. Outra coisa: não quero você mexendo com a menina nem debochando dela. Ela não sabe que tá vindo outras pessoas aqui. Ela agora é minha fiel. Ela não sabe, mas ela é minha fiel. Não quero nem você nem as outras marmitas passando na frente da casa dela abusando. Porque daqui uns dias eu tô solto. Aí eu vou cobrar de vocês. E fica sabendo: se mexer com a minha mina, eu vou cobrar de vocês. Se ficar quietinha, você vai sempre vir aqui fazer a visita, certo? E levar o malote de vocês. É isso. Pode bater na porta e chamar o carcereiro. — Pensei que eu ia passar o dia inteiro aqui com você. Você tá muito diferente... mas tudo bem. Já que você quer que eu vá embora, eu vou. Ela juntou tudo que era dela, botou a comida numa vasilha só, botou a mochila nas costas e foi embora. Fiquei ali sentado pensando na Melina, como ela estaria. Mas eu vou ligar pra ela. Ainda não liguei porque o Gino ainda não passou o número dela. Acho que ele ainda não entregou o celular pra ela. Não vou com a cara daquele padrasto dela. Quero ela bem longe dele. Vou conversar com o Gino pra arrumar uma casa pra Melina. O telefone vibrou. Quando olhei, era o Gino mandando o número novo da menina. Disse pra ela que eu vou ligar meia-noite. Não sei por quê, mas eu não paro de pensar na Melina. Essa menina mexeu com alguma coisa aqui dentro de mim. Já falei pro Gino ficar de olho nela. Não quero ninguém mexendo no que é meu. Liguei pra ela. No primeiro toque ela atendeu, parecia que já tava esperando. Era uma chamada de vídeo. Ligação on — Oi, Melina. Tudo bem? Como você tá? Meus pêsames aí… sinto muito pela perda do teu irmão. Depois você me explica o que aconteceu direito. Mas e você, tá tudo bem? Não se feriu? — Não, não me feri. Tô bem. Só tô muito triste com a morte do meu irmão. — Faz o seguinte: falei com o Gino. Ele vai arrumar uma casa pra você morar sozinha. Deixa essa casa aí pro seu padrasto. Não quero saber dele perto de você. Fica ligada que o Gino vai te procurar. — Não precisa. Eu não vou sair daqui agora. Não quero nada da sua mão. O nosso trato já acabou, porque eu tinha que te pagar. Já paguei. Agora meu irmão tá morto e eu não te devo mais nada. — Você tá ficando maluca? Deve sim. Você agora é minha. Tá marcada por mim. Não vou aceitar um não como resposta. O Gino vai te procurar. Depois a gente conversa. revoltado, a mina tirando onda com a minha cara. Já falei: o que é meu ninguém toca. Já vou dar ordem daqui pra ficarem vigiando ela.
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