CHEGADA WM BÚZIOS
Capítulo 12
Narrativa de Jimi Bravo
Chegamos na minha casa em Búzios. Entramos e eu já fui logo procurar algo para comer. Tinha comida congelada que a tia deixou pronta porque liguei cedo pra ela. Minha novinha subiu procurando o nosso quarto. Nunca pensei que ela fosse dar o nome na sentada do jeito que ela deu. Caraca, tô todo esfolado, não aguento nada hoje. Vou terminar de comer, tomar banho e dormir, tô morto da estrada. Dirigi sem parar até aqui.
Martinha está bolada comigo e vai ficar mais ainda, porque não vou voltar pro morro. Volto só domingo que vem. Amanhã vou levar minha gata no shopping pra comprar roupa da hora pra ela, só de marca, aquele bagulho de bolsas caras. Vou mimar muito minha novinha. Cheguei no quarto e a bichinha já estava dormindo, chegava a babar. Desci pra fumar um beck e resolvi ligar restrito pra Marta.
Ligação – On
— Fala, meu amor. Tá onde?
— To em casa. Ao contrário de você, que deve tá fudendo horrores com sua novinha.
— Que isso, minha gata, fica bolada não. Na outra semana vou passar um fim de semana com você, minha gata. Tô cheio de vontade de te f***r. Vamos ficar trancados dois dias direto só fudendo. Vou matar essa vontade que eu tô de você.
— Ué, sua novinha não tá dando conta, não é?
— Ela é outra parada. Com você é diferente, já te falei. Ela é minha, eu fui o primeiro dela, e você sabe que sou possessivo pra c*****o. Não quero ninguém tocando no que é meu, não. Isso vale pra você também.
— Vira pra chamada de vídeo aí, pra eu saber se você tá em casa mesmo.
— Palhaçada é essa, Jimi? Eu só vou virar pra vídeo porque quero te ver. Tô com saudade desse corpo gostoso.
— c*****o, mulher, você tá pelada? Vamos fazer um gozofone. Me deu o maior t***o te ver peladinha assim.
— Tá bom, amor. Vai pra algum lugar que eu possa te ver batendo uma punheta e gozando pra mim.
Fui pro quarto de hóspedes, tranquei a porta e fizemos amor à distância. Foi bom pra c****e. Ela parou na hora que viu meu p*u todo esfolado e vermelho, cheio de pomada. Ficou p**a e desligou a chamada na minha cara. Ainda bem que eu já tinha gozado.
Tomei um banho no quarto de hóspedes mesmo e fui deitar do lado da minha gata. Ela virou no automático, me abraçou e se aninhou no meu corpo. Ela é pequena, deu certinho dentro de mim. Peguei no sono rapidinho.
Acordei pela manhã e minha gata não estava mais na cama. Pulei da cama e desci a mil. E lá estava ela, igualzinha uma sereia na praia, só de calcinha e sutiã.
Chamei ela para irmos ao shopping comprar roupas pra ela. Compramos muita roupa: lingerie, biquíni, toalhas, vestidos, calça jeans, shortinhos, camisetas, todo tipo de roupa, perfumes importados… tudo que ela tinha direito. Gastei ali uns R$ 25.000 só com a minha princesa. Paramos no restaurante para almoçar e fomos pra casa. Pegamos ainda o sol, ficamos ali na praia namorando, curtindo, tomando uma cerveja gelada e eu fumando meu beck.
Ela levantou pra ir mergulhar e eu fiquei olhando, admirando a minha mulher. Ela é linda. Não troco ela por nada. Sei que vou ter as minhas escapadas, mas ela eu não troco. Já falei pra Martinha: a minha fiel é a novinha.
Estamos aqui já tem três dias e nada de me dar vontade de subir o morro. Estou pensando em apresentar ela como minha fiel no próximo baile. Sei que Martinha não vai gostar, mas não tô nem aí. Eu tô caído pela minha novinha e não vou deixar ela escapar. Ela ganhou meu coração sem fazer esforço. Se deixar, ela não deixa eu gastar um tostão. É muito econômica, diferente das outras mulheres que eu pego, que sempre querem que eu gaste meu dinheiro, que dê presentes.
Vou ensinar minha preta a dirigir, porque vou dar um carro do ano pra ela. Moto eu sei que ela já pilota. Vou comprar uma moto pra ela enquanto ensino ela a dirigir. Quero ela lado a lado comigo. Espero que ela goste.
Sentada no bar tomando água de coco, ela estava pensativa. Perguntei o que foi.
Ela disse:
— Como vai ser quando voltarmos para o morro? Nós vamos ficar separados mesmo? Eu na minha casa e você na sua
Fiquei sem saber o que responder, porque eu sou pipa avoada, não gosto de ficar agarrado a ninguém. Ela sabe disso. Falei com ela que ela seria minha fiel, mas nada de grude.
Ela me perguntou:
— Então você quer viver como solteiro, é isso?
Fiquei olhando pra ela e respondi:
— Não é isso. Nem tudo você vai poder participar. Vai ter dias que eu vou ter que sair sozinho. Vai ter dia que eu vou ao baile e você não vai.
Ela olhou pra mim e perguntou:
— E por que eu não vou ao baile com você?
E eu… não soube responder também.
Agora tenho que descansar. Tô exausto. Passamos a noite daquele jeito. Ela dá o nome. Pra quem era virgem, tá muito saidinha. Sabe fazer coisas que Martinha, que é uma mulher vivida, não sabe. Mas tudo bem, essas jovens já nascem sabendo.
Já estou há uma semana aqui. Marta está ficando doida. Todos os dias ela me liga pra saber se eu já vou embora. Tô curtindo ficar aqui com a minha novinha. Eu digo que já tô saindo daqui, que vou daqui a dois dias, e já tem uma semana.
Mas hoje eu vou ter que ir. Hoje é sexta-feira. Tenho que preparar o baile pra amanhã. Vou apresentar minha gata como a fiel do morro. Marta vai ficar bolada porque eu disse pra ela que Melina só ia ser minha fiel de boca. Mas eu vou apresentar ela sim, porque senão um candidato a defunto vai querer chegar junto e eu vou ter que matar. Então o morro tem que ficar avisado: a minha gata agora é a patroa.
Nunca pensei em botar uma mulher ao meu lado, mas essa novinha tá me deixando doido. Não vou dar mole pra ninguém segurar o que é meu. Sei que tô com 38 anos e ela só tem 18, mas a diferença de idade não quer dizer nada. Nós dois nos entendemos bem de todos os jeitos.
Vamos ter que voltar pro morro. Vou dar um perdido nela pra encontrar com a Marta. Espero que Marta não explane nosso caso, porque se explanar… vai entrar na porrada. E deixo um mês presa dentro de casa.
— Vamos logo, Melina, pra gente chegar cedo no morro. Tenho um monte de coisas pra fazer e resolver.
Ela me olhou e disse:
— Sei as coisas que você vai resolver. Vou só te avisar: se eu ver você com mulher na sua moto, eu vou embora do morro.
Na hora eu fiquei louco. Segurei ela pelo cabelo, puxei até perto do meu rosto e disse:
— Se você fizer isso, é uma mulher morta. Não aceito essas gracinhas comigo. Se você me ver com alguém, vai ficar calada. Não vai dizer nada. Quando chegar em casa, a gente conversa. Entendeu?
Soltei o cabelo dela e joguei ela longe. Ela me olhou com raiva e disse:
— Você agora vai ficar me batendo todas as vezes que eu for contra o que você quer fazer? Se for assim, a gente termina aqui mesmo. Eu fico no morro, mas não contigo. Não vou aceitar você com outra mulher, já te avisei. Pode me bater, mas eu vou me aborrecer, e vai dar merda.