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Antônio Narrando Eu sempre fui um homem de poucas palavras e muitas atitudes. Nunca precisei levantar a voz pra ser ouvido, nunca precisei de discurso bonito pra impor respeito. O mundo sabe quem eu sou, o que construí e o preço que paguei por tudo que tenho. Mas nenhuma conquista da minha vida inteira me preparou pra ver meu filho daquele jeito. Quando a Helena me ligou mais cedo, eu senti na voz dela que algo tinha quebrado de vez. Não era desespero comum. Não era preocupação rotineira. Era o tipo de dor que só mãe tem quando vê o filho desistindo de viver. E eu saí de casa na mesma hora. Assim que entrei na mansão, encontrei a Helena na sala, descabelada, com os olhos inchados e a respiração curta. Minha mulher sempre teve postura, sempre foi elegante, sempre segurou o mundo com um

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