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HELENA NARRANDO Eu tava na cozinha, encostada na bancada de mármore, vendo as meninas terminarem a louça do almoço quando uma delas, a Jurema veio quase correndo, animadíssima. — Dona Helena… a senhora viu? — ela falou baixinho, mas com o sorriso estampado. — Ele saiu. Ele saiu do quarto. Tá lá fora… na varanda! A Isabela levou! A outra, a Marlene, balançou as mãos no ar como se tivesse visto um milagre do Padre Marcelo. — E saiu sem lençol nas pernas, dona Helena! — ela completou. — Sem lençol! Eu quase chorei de emoção quando ele passou aqui. Eu levei a mão ao peito, respirando fundo, tentando segurar a alegria que veio com força. — Meu Deus… — murmurei, sentindo os olhos até arderem. — Depois de tanto tempo. — E de relógio! — Jurema apontou. — Aquele relógio bonito que tava guard

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