Jessica narrando Quando eu decidi entrar naquela favela, eu sabia exatamente por onde. Não sou burra, c*****o. Não entrei pela principal, nem por beco batido. Entrei por um caminho de mato, quase esquecido, perto da parte baixa. Um acesso por trás da escadaria que corre paralelo a um esgoto aberto — rota de fuga usada só quando a polícia invade com tudo. Quase ninguém sabe daquilo ali, só quem é cria raiz, só os chefes, os monstros. E eu? Eu fui criada aqui. Eu conheço essa p***a como a palma da minha mão. Me infiltrei sorrateira. Vi um morador com o portão meio aberto, disfarcei, fingi que tava só passando, entrei, fiquei uns minutos ali. O cara nem deu ideia. Vi que o movimento tava suave, então saí, com o capuz cobrindo o rosto. Comecei a subir o morro com o passo ligeiro, sem chama

