Feijão narrando Tô cortando um dobrado com a minha dona, mas também não largo o osso, não. Pode botar fé. Aonde ela vai, eu vou atrás. Tô sempre marcando em cima. Tô igual sombra. Se ela vai pra pensão, tô lá todo dia também. Se vai resolver as coisas dela, dou aquele perdido só pra aparecer “por acaso”. E agora que minha cara já foi esplanada mesmo, que a pista me conhece, que não tem mais disfarce possível… esquece. Ou eu me enfio na vida dela de vez ou perco. E perder essa mulher, parceiro… tá fora de cogitação. Ela me tirou da inércia, me deu norte, me botou na linha — do jeito dela, na marra, mas botou. E eu que já fui o terror do sistema, hoje em dia tô varrendo chão só pra poder dormir de conchinha. Esses dias ela meteu a doida que ia faxinar a casa e que eu tava ocupando espaço

