📍 NARRADO POR LEONARDO VERANO O quarto tava com aquele clima de fim de filme e começo de algo indecifrável. Lençol amassado, ar-condicionado sussurrando no canto, meu notebook fechado sobre a poltrona. E eu, largado na cama, de short de moletom e sem camisa, tentando convencer meu cérebro a desligar… sem sucesso. O corpo cansado. A mente em combustão. E então... O trinco da porta girou. Olhei pro lado. Devagar. E o mundo desacelerou. Ela apareceu. Marina. Com uma das camisolas da campanha. A preta. Aquela com recorte profundo, amarração na frente e transparência nos quadris. Exatamente o modelo que eu tinha dito que ia pro Louvre. E agora, ali, andando na minha direção como quem tá prestes a decretar o fim da sanidade masculina no planeta. — “Gostou?” — ela perguntou, colocando a

