📓 [NARRADO POR LEONARDO VERANO – O SILÊNCIO EM FORMA DE HOMEM]
Eu não devia estar aqui.
Essa frase já virou meu mantra pessoal. Repito ela toda vez que me permito sair do eixo, desviar do plano, abrir a p***a de um espaço na agenda que não tá em PDF e sem margem de erro.
Mas ali estava eu. No bar.
Um bar que cheira a álcool barato, suor de gente que sente demais e música tocada por um saxofonista que claramente largou o coração no segundo copo.
Sentei num canto. Longe da luz. Longe da possibilidade de ser reconhecido. Longe até de mim mesmo, se possível.
O bar estava cheio. Cheio de vozes altas, risos soltos, gente suada e livre. Um cenário que sempre me incomodou.
Até hoje, quando o incômodo virou... ruído interessante.
E como se o universo tivesse me escutado pensando alto, lá ve
