📓 NARRADO POR LEONARDO VERANO — O CEO EM COLAPSO CONTROLADO Ela se afastou devagar. O beijo ainda quente na minha boca, o toque ainda vivo nos meus dedos, o cheiro dela grudado no ar. Mas Marina… ela não recuou como quem hesita. Recuou como quem convida. Deu dois passos pra trás. Me olhou. E disse: — “Vem. Hoje. Sem se preocupar com amanhã.” Aquela frase bateu em mim como uma sentença doce. O mundo, o cargo, os contratos — tudo ficou pequeno. Tudo virou ruído. Tudo se dissolveu no fundo daquela voz rouca, daquela certeza crua, daquela mulher que não tinha medo de ser inteira. Ela estendeu a mão. E eu, que sempre fui o homem do controle, do protocolo, do planejamento... fui. Deixei ela me guiar. Pelos dedos. Pelo olhar. Pela coragem. A casa era silêncio e calor. O estalar da

