📓 NARRADO POR MARINA ALVES – AGORA FUNCIONÁRIA, DEFENSORA DA JUSTIÇA E DO CAFÉ QUENTE Bati na porta. Uma. Duas vezes. Toque seco, firme, com o mesmo nível de coragem que uma pessoa tem quando vai tirar sangue depois de comer pão com mortadela. Eu tava nervosa, mas fingindo que era uma CEO milionária com ações na Bolsa e um fígado de aço inox. Do outro lado, silêncio. Depois, a voz dele: — “Pode entrar.” Empurrei a maçaneta. E entrei. E, minha nossa senhora do blazer molhado… Leonardo Verano tava ali. Sentado. De terno impecável, barba alinhada e um copo de café recém-aberto na mão. A xícara já tava indo pra boca… Até ele me ver. E parar no ato. Congelou. Literalmente. Fez o movimento reverso do café, como se fosse cena de filme rebobinando. — “Bom dia…” — falei, com o tom mai

