— “Quero que investigue. Mas também… quero que cuide da campanha, Felipe. A pós-produção. A edição. Tudo. Essas fotos não podem cair na mão de qualquer um.” — “Fechou,” ele respondeu. “Vai ser tratado como operação de guerra.” — “E é.” Levantei. Caminhei até meu notebook. O fotógrafo já tinha mandado os arquivos brutos — organizados, nomeados, com tratamento leve e o olhar certo. Aquele olhar que sabia que algo grande tava sendo capturado ali. Abri a pasta: “Final Selection - Marina A.” Meu coração deu uma travada leve no segundo que cliquei. Não era só estética. Era presença. Era história. Era luta virando arte. E então eu vi. A foto. Marina, de biquíni preto, olhando direto pra câmera. Mão no quadril. Boca cerrada. Peito erguido. Corpo real, corpo vivo, corpo inteiro. Uma mulher

