📺 [NARRADO POR MARINA ALVES – EM VINIL, SALTO E DESGRAÇA ANUNCIADA] Já dentro do bar, eu me sentia viva. Viva e perigosamente em processo de derretimento interno, porque o ar-condicionado ali era só decorativo. Rebeca e eu desfilamos até o balcão como quem tava entrando num clipe da Beyoncé feito com orçamento de feira de ciências. Cabelo bagunçado? Sim. Suor sob o peito? Também. Dignidade? Tá vindo de Uber. — “Duas catuabas, por favor. E um copo de autoestima com gelo, se tiver.” — pedi pro barman, que tinha cara de quem largou a faculdade de Filosofia pra abrir uma tabacaria conceitual. Rebeca já tava toda empolgada, mexendo o quadril, olhando pros lados como se tivesse na vitrine de um outlet de boys. — “Marina, hoje vai dar bom.” — “Hoje vai dar tequila e arrependimento, Rebeca. M

