Capítulo 2

1221 Words
Flávia narrando: Algunas horas se passaram, já era noite. A moça de quem Henrique falou era Eliza, a sua namorada. Ela veio ao meu quarto me ajudar, como ele disse. (...) — você é linda, menina. Nem precisa de maquiagem. Pelo jeito que o Henrique falou eu não imaginava que seria tão bonita. — obrigada... eu não me acho. E também não acho que seja preciso fazer nada disso, eu nem queria estar aqui. — eu sei, mas olha, segura um tempo. Ele vai acabar te dispensando depois. Ele não fica só com uma por muito tempo não, aliás, eu nunca o vi só com uma... — eu mereço mesmo! Um homem nojento me tocando, mas eu vou fazer da vida dele um inferno!! — me irrito. — Flávia, você precisa ser flexível com ele, olha, vai passar rapidinho. Depois você se acostuma, e ele não vive agarrado com ninguém. — Argh... eu tô muito triste por estar aqui, nessas condições. — eu sei. Tenta relaxar. Olha, esse vestido eu usei uma vez só, o que acha dele? — ela ergue. — é bonito. — vamos, se anime. Se ficar com essa cara pra ele será pior. — eu me levanto triste e ela me ajuda a colocar o vestido. Eliza passa uma maquiagem leve em mim e eu fico me encarando por um tempo no espelho. Ela se foi e eu e lá estava eu, triste, com medo, com raiva. Tudo, menos feliz. A porta se abriu e era Henrique, provavelmente veio me buscar. — Está pronta? — sim... — olho pro chão. — melhore essa cara, nós já vamos sair! — onde vamos? — Felipe está no bar te esperando ansiosamente. — que? Eu não acredito. — sem drama, vamos. — ele era muito bruto comigo, já imaginava como seria o tal Felipe Scott, perigoso, m*l, feio e nojento. Não demoramos a sair. Pelo que entendi estávamos indo a um clube ou danceteria particular. Desci do carro extremamente nervosa com as pernas tremendo. Onde eu estava indo meu Deus? Entramos e pude ver as luzes vermelhas, roxas. Era tudo muito escuro. Algumas mulheres quase nuas dançando e algumas mesas com homens, eu tive que segui-lo e todos me olhavam, deve ser pelo mini vestido que tive que usar. — tá entregue patrão. — fico parada atrás de Henrique temendo se quer descobrir quem era meu futuro "marido temporário". — Cadê a Flávia? — ouço ele dizer e fico nervosa. — Vem, Flávia. — Henrique me puxa de trás dele e fico de cara com o tal Felipe, o agiota e malandro. Mas ele parecia tudo, menos um agiota. — Flávia, que prazer te conhecer. — ele sorri com malícia e sinto medo. Já que ele me comia com os olhos, me senti um pedaço de carne ali. — Como me conhece? — foi o que saiu da minha boca. — querida... eu conheço seu pai, seus vizinhos e toda sua família. — ele pisca — acha mesmo que não conheceria você? É por isso que está aqui hoje. — ele sorri de canto e volta a me encarar. — por.. por... que me escolheu? — pergunto intrigada. — Vaza Henrique, quero conhecer a minha mina. — ele diz o encarando. — com licença. — Henrique se afasta me deixando "sozinha" ali com ele. — vem cá meu amor, senta aqui, quero muito te conhecer melhor. — ele me puxa de uma vez me fazendo sentar colada ao seu lado. Senti medo mas não me movi. Sua fala era bem galanteadora o tempo todo. — você não respondeu minha pergunta. — digo. — o que quer saber? — ele debruça sobre a mesa e me olha de lado. — eu não conseguia enxerga-lo muito bem por conta da luz, mas ele parece ter uma boa aparência, um rosto muito bonito. — que-quero saber porque fez esse tipo de acordo com meu pai, porque eu? — Mas já? m*l chegou e já está me interrogando? — ele solta uma gargalhada — porque seu pai obviamente não me pagaria. Eu estava farto das desculpinhas dele sempre que o procurava. E como sei que ele não tem nada melhor a me oferecer, eu escolhi você. — ele sorri de lado. — Nada melhor?! não acredito que tô ouvindo isso, meu Deus! — resmungo. — ei, eu tô dizendo a verdade menina. Olha, relaxa, vou pedir uma bebida pra você, e aí vamos nos conhecendo melhor. — eu não quero te conhecer melhor. — digo seria. — agora você não quer, depois quem sabe. Mas, que fique claro que aqui não acontecerá nada como você quer, a não ser que nossos desejos sejam mútuos. — ele me encara e fico com mais medo ainda. Fico parada ali com o coração acelerado. Chegou uma bebida e ele me fez tomar, provavelmente iria me embebedar pra conseguir sexo. — você quer que eu fique tonta, só assim pra conseguir t*****r comigo, não é? — olha aqui, menina. Eu não preciso disso. Estou tendo piedade da vida do seu pai. E além do mais, você vai gostar de estar comigo. Mais cedo ou mais tarde. — ele me encara com convicção. — nunca! — dou um tapa na mesa me levanto e saio andando. Vejo algumas pessoas me olhando com olhar de repreensão, e ouço Felipe falar. — Flávia! — ele soca a mesa e grita Henrique. — Henrique!! Trás ela aqui de novo! — Flávia, vem, não dificulte! — Henrique pediu e me pega pelo braço. — ei, tá me machucando!! — resmungo. — prefere que eu machuque seu pai, ou vai ficar aqui comigo? — Felipe pergunta assim que eu volto a força pra mesa. — eu já estou aqui, não estou?! — digo irritada massageando meu braço que já estava dolorido das mãos de Henrique. — e ainda é afrontosa... pensei que soubesse como são as regras. — ele diz. — eu não consigo guardar o que sinto. — faz o seguinte, vamos embora agora! — pra onde?! — pergunto. — pra NOSSA casa... eu queria muito te conhecer antes, mas vejo que não está de bom humor, então vamos. — espera... eu... eu fico... aceito beber com você. — queria adiar o máximo dormir com ele. — ah... muito bem... vou pedir mais uma rodada pra nós, assim você relaxa, e podemos curtir. — ele pisca e alisa minha coxa me fazendo temer. Depois de algumas doses eu estava bem alterada. Só assim mesmo pra não socar a cara de um agiota e levar um tiro. Foi por isso que decidir ficar, estando sobria eu teria muitos traumas depois. No fim da noite Felipe já estava me puxando pra perto dele. Vi ele fumar maconha e ainda bem que não me forçou a fumar aquela merda. Ele ria e falava bobagens. (...) — Agora podemos ir embora, Flavinha. Deu pra aproveitar bastante não é? — ele diz com o braço apoiado em meu pescoço. — eu acho que bebemos demais. — eu bebi pouco hoje — ele ri — quero aproveitar mais agora, sabe. — ele encara meu decote e mesmo bebada eu volto a ficar tensa. — O carro já estava na porta, chefão. — Henrique diz. — então vamos. — Felipe levanta e me puxa, fazendo o seguir até o carro.
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