Capítulo 4 m****o da família

1582 Words
Quando entrei na suíte ele já havia se trancado em um dos quartos. Eu me senti um pouco m*l com tudo. Suspirei frustrada e decidi dormir. Este tinha sido um dia de muitas emoções, mas eu não conseguia tirar o vestido por mais que tentasse e tinha certeza de que com ele não conseguiria dormir. Então não tive escolha a não ser pedir ajuda a Ramsés. Eu tive que bater na porta dele um milhão de vezes para ele abrir. E quando o fez, estava ele franzindo a testa. ― O que você quer, Bree? ― Preciso de ajuda com o zíper do meu vestido. Ele assentiu e me disse para me virar. Ele abriu o meu zíper e segundos depois fechou a porta sem sequer me dar a chance de agradecê-lo ou mesmo me virar. Ele estava obviamente mais do que zangado. No meu quarto tirei o vestido e fui dormir, virei um milhão de vezes antes de conseguir cair no sono. ― Acorde, Bree, é hora do café da manhã. Ouvi a voz de Ramsés. Mas eu estava tão cansada. Tive dificuldade para dormir, então balancei a cabeça sem abrir os olhos. ― Você tem dois minutos para se levantar ou eu te tiro daí. ― Ele disse em uma voz ameaçadora, mas eu recusei e ele manteve a sua palavra. Ramsés me carregou para fora da cama. ― p***a, me coloque no chão, não estou vestida. ― Eu disse batendo em suas costas. ― Desculpe, não percebi ― ele disse me colocando no chão e eu me tranquei no quarto com raiva. Segundos depois, ele bateu na porta. ― Eu não estou vestida, você não pode entrar. ― Eu disse de mau humor. ― Tenho algumas roupas para você. ― Disse abrindo a porta e colocando uma de suas mãos para dentro do quarto com uma peça de roupa. Eu peguei e ele fechou a porta. Eram uma calça de pijama e uma camisa dele, que para mim eram enormes. Eu parecia ridiculamente pequena em suas roupas grandes. Quando saí, ele olhou para mim com os ombros encolhidos. ― Desculpe por não fazer você trazer roupas, eu esqueci completamente. ― Não se preocupe. O que vamos comer no café da manhã? ― Não sei do que você gosta, então pedi um pouco de tudo. Ah, e isso é para você. ― Ele disse segurando um buquê de rosas. ― Eu não vou ser um daqueles maridos que não dão rosas para suas esposas. E eu olhei para ele sorrindo. ― É que se eu contar isso, ninguém vai acreditar. ― Você pode dizer, ninguém vai acreditar. Hades não dá rosas. ― Ele disse com um meio sorriso. Comemos em silêncio, até que ele interrompeu. ― Está bem? Você não disse uma única palavra no café da manhã, estou começando a me preocupar; ― No orfanato, comer em silêncio era uma regra fundamental. Então eu tenho isso como trauma na minha cabeça. — Aqui você pode falar, Bree. Você não está no orfanato. ― Eu sei, mas estou acostumando com isso agora ― suspirei. Ele insistiu em puxar conversa comigo durante todo o café da manhã, mas minhas respostas eram sempre curtas. ― Depois do café da manhã iremos para casa, quero te mostrar tudo. Fico nervosa, nós realmente iriamos morar juntos? Eu não conseguia colocar na minha cabeça que eu era casada agora. Que eu agora tinha um marido. Que desastre. Quando chegamos à casa dele, um cachorro pulou em cima dele animadamente. Era um Doberman, o cachorro era bem assustador, bom, quando dizem que os cachorros se parecem com os seus donos, é totalmente verdade. Depois de cumprimentá-lo, ele veio até mim e me cheirou um pouco. ― Olá ― eu disse um pouco apavorada. Ele começou a abanar o que acho que era o r**o. Então ali perdi o medo e o acariciei. Ele imediatamente se virou para que eu estivesse acariciando a sua barriga. ― Você é lindo ― eu disse para ele, e enquanto acariciava a sua barriga, ele mexia uma das pernas. ― Como se chama? ― Perguntei ao Ramsés que olhou para nós balançando a cabeça. ― Adivinhe ― ele respondeu com um sorriso. ― Não me diga que se chama Cerberus ― falei referindo-me ao cão de Hades na mitologia grega. E ele negou sorrindo. ― Fiquei tentado a chamá-lo assim, mas não. Seu nome e Caronte. E eu não conseguia parar de rir. ― Alguém gosta de mitologia grega. Ele deu de ombros. ― Se já me chamam assim, por que não aproveitar? Vamos Caronte, deixe Bree para que ela se acomode. ― Ele disse estalando os dedos. O cachorro se levantou e obedeceu. O meu quarto era enorme. O maior quarto em comparação ao que eu compartilhei com centenas de irmãos. Tudo era puro luxo. Abri o armário e minhas roupas estavam arrumadas, junto com um monte de roupas novas. Fiquei maravilhada com tantas belezas. Centenas de tênis de todos os modelos e cores. Depois de um tempo, decidi tomar um banho. Preparei a enorme banheira e não saí dela até que os meus dedos estivessem completamente enrugados. Me vesti e comecei a andar pela casa. Caronte me acompanhou durante todo o passeio. A casa era enorme, mas tão vazia e solitária que dava vontade de correr. Então eu fui para o jardim que era mais do que enorme. Alguém poderia se perder nele. Brinquei com Caronte por cerca de meia hora e nos dois entramos satisfeitos. Ramsés estava longe de ser encontrado e eu não sabia por onde começar a procurá-lo. ― Você deve ser a Sra. Knight. Prazer. Eu sou Olive, a cozinheira, e estou à sua disposição. ― Por favor, me chame de Bree. ― Digo, me aproximando dela e dando-lhe um abraço que ela recebeu de bom grado. Fiquei alguns minutos conversando com ela até que me ocorreu perguntar onde estava Ramsés. ― Ele está em seu escritório, senhora, mas aconselho a não se aproximar dele. Ele não gosta que ninguém o incomode quando está lá. ― Não se preocupe, nada vai acontecer. Você pode me dizer onde fica? ― Perguntei sorrindo. E ela olhou para mim não muito convencida. Mas assentiu. Ela me mostrou onde estava e praticamente fugiu. Bati duas vezes na porta e quando ele abriu para mim, estava franzindo a testa. Acho que ele estava preparado para repreender quem quer que fosse. Mas quando ele me viu o seu rosto relaxou. ― E aí, Bree? Está tudo bem? Eu balancei a cabeça. ― Estou entediada, só isso. ― Então você quer me incomodar para acalmar o seu tédio? ― Ele perguntou com um meio sorriso. ― Você já está me conhecendo. ― Eu respondi com orgulho. ― Você quer entrar? Estou no meio de algo, mas serão apenas alguns minutos e eu prestarei atenção em você. ― Eu balancei a cabeça e Caronte entrou comigo. Ramsés olhou para ele estranhamente. ― Uau, alguém se apaixonou por você. ― Ele disse ainda com aquele meio sorriso, então se virou e caminhou até uma mesa enorme, sentando-se atrás dela e pegando o seu telefone. ― Desculpe, minha esposa precisava de mim ― disse ele para quem estava falando. Esse casamento era real para ele. Fiquei em silêncio querendo fugir e fingir que tudo isso era um pesadelo e******o. Ele continuou em sua ligação por mais alguns minutos e depois de desligar ele veio até mim. ― O que você quer fazer? ― Ele perguntou olhando para mim. — Eu não sei — eu respondi encolhendo os ombros. ― Quer sair? Eu neguei. ― Também não estou com vontade de sair. ―Temos piscina em casa, podemos tomar sol e uns drinks; Eu balancei a cabeça não muito convencida. Eu não gostava de piscinas, não sabia nadar, tinha um pouco de medo de água. Mas eu poderia ficar no sol. Contudo, me lembrei que não tinha trajes de banho. ― Eu não tenho um maiô ― eu disse encolhendo os ombros. ― Mandei comprar para você, sabe, para os nossos sábados na praia. ― Ele respondeu olhando para longe de mim. ― Você deveria checar o seu armário. Saímos de seu escritório e Caronte me seguiu o tempo todo. ― Caronte, pare de seguir Bree. ― Ele disse estalando os dedos e o cachorro ficou parado. ― Eu não gosto que você dê ordens a ele com um estalar de dedos. ― Eu disse com os braços cruzados. Ele suspirou. — É assim que ele é adestrado, Bree. — Não gosto. — Bem, você vai ter que se acostumar com isso. Vai mudar. — Vamos Caronte, venha comigo ― falei chamando-o, mas ele não se mexeu. Ramsés me deu aquele meio sorriso. ― Se você quer que ele obedeça, você sabe o que tem que lazer. Cruzo os braços. ― Recuso. ― Como você é teimosa Bree. ― Disse negando com a cabeça. ― Neste um dia eu já tenho cabelos grisalhos. ― Prepare-se, porque em breve você vai ficar parecido com um idoso. ― Falei rindo. Coloquei um dos maiôs que encontrei, não me senti muito confortável, então coloquei algo por cima. Encontrei Ramsés de costas para a escada me esperando. Ele estava descalço sem camisa e de bermuda, que costas ele tinha... E b***a. Eu não pude evitar e olhei para suas nádegas. E eu juro que isso me fez querer espancá-lo. ― Você pode parar de olhar para a minha b***a, Bree?
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